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terça-feira, 6 de abril de 2010

PARIBAR REABRE NO CENTRO DE SÃO PAULO

Antiga Fachada
Famoso ponto de encontro da noite paulistana retorna em seu endereço original

...O Paribar, atrás da Biblioteca Pública Municipal, foi um dos nossos bares mais frequentados. Cheguei a acreditá-lo eterno, um postal da cidade. Lá se servia de tudo, até o papo inteligente de Sérgio Milliet, então o mais refinado dos intelectuais paulistas. Era delicioso sentar-se no Paribar e ver o povo passar.

(Marcos Rey, “Bares da saudade”, publicado na “Veja São Paulo” em 1998).

Marco da história boêmia de São Paulo, o bar e restaurante Paribar será reaberto no dia 6 de abril no mesmo endereço em que a casa funcionou de 1942 a 1980 - a praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo, logo atrás da Biblioteca Mário de Andrade. Comandado pelo empresário e chef Luiz Campiglia e com o famoso barman Kascão Oliveira como responsável pelo bar, o Paribar aposta na revitalização do Centro, trazendo de volta a boemia paulistana para seu berço e lugar de direito, representando tudo o que acontece de mais legal e mais agitado na cidade.
Campiglia, que tinha um restaurante no mesmo ponto onde funcionava o bar (o extinto Santa Fé), pesquisou a história do Paribar por meio de fotos, registros e memórias dos frequentadores que sempre paravam em frente de seu restaurante para contar histórias sobre o local, ponto de encontro de jornalistas e intelectuais por 40 anos. Porém, a nova casa não pretende ser um mero reduto nostálgico: a ideia é trazer novas gerações para o Centro, compartilhando a história do local e ajudando a escrever mais um capítulo da história da noite de São Paulo.

Do Bar

O barman Kascão Oliveira, que já trabalhou em casas como o Dry e Shaker Club, comanda as coqueteleiras do Paribar. O projeto da casa investiu em um balcão com banquetas de metal que estimulam a interação dos clientes com o barman. Entre as especialidades da casa, então drinques como o Kasato Maru (xarope de chá verde, suco de limão, saquê e wasabi, R$ 16,90), o Hennessy City SP (conhaque, suco de cranberry, xarope de romã e suco de limão, R$ 26,40) e o Marconi (suco de pêssego, licor Curaçao Blue, suco de abacaxi e rum prata, R$ 13,18).

Não poderiam faltar também na carta do bar alguns clássicos de todos os tempos, como o Negroni (gim, Campari e vermute, R$ 18,70), Brandy Alexander (brandy, creme de cacau, creme de leite e canela em pó, R$ 14,10) e Kir (vinho branco seco, creme de cassis e cereja, R$ 13,10). O cardápio também conta com uma boa seleção de caipirinhas, cachaças e cervejas.

Para acompanhar as bebidas, o cardápio traz uma seção chamada Petiscos do Mercadão, com o melhor dos acepipes encontrados no Mercado Municipal de São Paulo, um dos símbolos da revitalização do centro. Entre os pratos servidos em louças criadas exclusivamente para a casa, estão as ervilhas ao wasabi (R$ 9,90), as cebolinhas no aceto balsâmico (R$ 8,10), o Viagra (misto de amendoins, R$ 5,90) e os Frios do Mercado Municipal (pastrami, picanha cozida defumada, presunto tipo alemão e lombo condimentado, R$ 17,60).

Quem preferir pode escolher uma das várias porções do menu, todas com nomes de bares que fizeram a história da noite paulistana, como o Nick Bar (croquetes de calabresa, R$ 19,80 por dez unidades), o London Tavern (filé mignon com molho rôti da casa, R$ 41,80) e o Dom Casmurro (pedaços de frango empanado servidos com molho tártaro, R$ 22,10).

Do Restaurante

Luiz Campiglia montou pessoalmente o cardápio de almoço da casa, com base italiana e massas fabricadas no próprio local. Como destaques, o fettuccine Alfredo (R$ 23,40), cujo molho era considerado pelos visitantes do Paribar um dos melhores de São Paulo em sua época, e o nhoque de mandioquinha (servido como molho pomodoro, tiras de filé mignon, manjericão e champignon, R$ 23,10), servido no antigo restaurante de Campiglia e mantido no cardápio da nova casa a pedido dos clientes. Outras boas escolhas do menu são a salada Misto de Mare (alface americana, rúcula, endívia, radicchio, camarão, lula, polvo e linguado grelhados ao molho de aceto balsâmico, R$ 31,10), e o brasato com purê de batatas (corte de carne assado com molho de vinho tinto e leve toque de canela, R$ 29,90).
Durante a semana, o restaurante oferece duas boas opções para quem deseja almoçar, mas está com o tempo curto: o prato do dia e os Combinados, pratos rápidos como o frango grelhado com salada caprese (R$ 20,60) e o paillard à milanesa (acompanhado de rúcula e brunoise de tomate, R$ 26,10). Já aos sábados, a estrela da casa é a feijoada (R$ 21,80 a porção pequena e R$ 35,40 a porção grande), servida o dia todo.

Ambiente

O projeto da arquiteta Paula Nicolini, criado a partir das pesquisas de Luiz Campiglia sobre o bar, agregou vários elementos das diversas fases do Paribar em 40 anos de existência. O balcão iluminado, com suas banquetas de madeira com braços, e todo o projeto de iluminação, por exemplo, vieram dos anos 1940, quando o bar abriu suas portas pela primeira vez. A fachada original, de mármore italiano, foi totalmente recuperada. Sofás confortáveis em tons de verde completam a decoração sóbria e aconchegante, com piso e móveis de madeira clara e algumas fotos da casa.

Um toldo verde e bege na frente do bar abre espaço para outra marca tradicional: as mesas e cadeiras de vime na calçada, para que os convivas possam aproveitar seus drinques vendo o tempo e as pessoas passarem nas ruas movimentadas do centro da cidade.

O Paribar tem música ao vivo todas as quintas, sextas e sábados. Às quintas-feiras, bandas de R&B e blues animam a happy hour, enquanto as sextas-feiras são reservadas para grupos de todos os estilos. Aos sábados, a feijoada é animada com o som do Projeto Vinagrete (www.projetovinagrete.com.br), um grupo de dez músicos que une o melhor da MPB com samba e jazz para agitar os ânimos do Centro no melhor dia da semana.

Paribar

Praça Dom José Gaspar, 42, República.
Tel. (11) 3237-0771
http://www.paribar.com.br/