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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O Troféu HQMIX chega à sua 32ª edição com força total, mesmo enfrentando a pandemia da Covid-19


Após passar pela banca do júri oficial, que trabalhou por quatro meses para analisar os inscritos nas diversas categorias, e pelo júri nacional de mais de dois mil profissionais da área de quadrinhos entre autores e editores, a organização do Troféu HQMIX divulga a lista dos ganhadores com os melhores de 2019.

A cerimônia deste ano será virtual e acontecerá no canal do YouTube da unidade do Centro de Pesquisa e Formação e nas redes sociais do Sesc SP, no dia 12 de dezembro, às 18h, com apresentação de Serginho Groisman, padrinho do evento, e da dupla Gual e Jal, criadores do troféu.

O desenhista homenageado como Grande Mestre é Miguel Paiva. Sua personagem "Radical Chic" foi a escolhida para a escultura do troféu deste ano. A cada ano um personagem brasileiro é homenageado. A escultura é do artista Wilson Iguti.

A novidade desta edição é que as categorias de "Novo Talento Desenhista” e “Novo Talento Roteirista" só serão reveladas durante a transmissão.


Serviço

Cerimônia de premiação do 32º Troféu HQMIX
Onde: Redes sociais do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP - YouTube
Quando: 18h
Grátis
Livre
youtube.com/cpfsesc
instagram.com/cpfsesc
facebook.com/cpfsesc



Lista dos ganhadores:

ADAPTAÇÃO PARA OS QUADRINHOS

- Travesti (Veneta)

ARTE-FINALISTA NACIONAL

- Shiko (Três Buracos)

COLORISTA NACIONAL

- Wagner William (Silvestre)

DESENHISTA NACIONAL

- Jefferson Costa (Roseira, Medalha e Engenho)

EDIÇÃO ESPECIAL ESTRANGEIRA

- O Eternauta 1969 (Comixzone!)

EDIÇÃO ESPECIAL NACIONAL

- Roseira, Medalha e Engenho (Pipoca & Nanquim)

EDITORA DO ANO

- Pipoca & Nanquim

EVENTO

- Butantã Gibicon

EXPOSIÇÃO

- Angola Janga de Marcelo D´Salete em Angola/Moçambique

LIVRO TEÓRICO

- Mulheres & Quadrinhos por Dani Marino e Laluña Machado

NOVO TALENTO – DESENHISTA (Será revelado na hora da premiação)

- Andre Luis da Silva Pereira (Tuhu e o Andarilho do Tempo)
- Brendda Maria (Cais do Porto)
- Deborah Salles (Viagem em volta de uma ervilha)
- Fabio Quill (Amálgama)
- Gio Guimarães (Hologramas)
- Gleisson Cipriano (Caçada Azul)
- Greg (O obscuro fichário dos artistas mundanos)
- Gustavo Novaes (A Cabana)
- Juliana Fiorese (Lenora)
- Natália Vulpes (A Casa da Lua Cheia)
- Renato Dalmaso (O Elísio: Uma Jornada ao Inferno)
- Victor Harmatiuk (Shimra)

NOVO TALENTO – ROTEIRISTA (Será revelado na hora da premiação)

- Al Stefano (Salseirada)
- Amanda Miranda (Tabu)
- Caru Moutsopoulos e Caroline Favret (A Cabana)
- Gabriela Antonia Rosa (Shimra)
- Guilherme Match (Kophee)
- Jefferson Costa (Roseira, Medalha e Engenho)
- Marília Marz (Indivisível)
- Mille Silva (Doce Jazz)
- Rafael Marçal (Filhote de Mandrião)
- Renato Dalmaso (O Elísio)
- Silva João (HQ de Briga)
- Eliane Bonadio (Hologramas)

PRODUÇÃO PARA OUTRAS LINGUAGENS

- Turma da Mônica: Laços - O Filme (Cinema)

PUBLICAÇÃO DE AVENTURA/TERROR/FANTASIA

- Gibi de Menininha 2 (Zarabatana)

PUBLICAÇÃO DE CLÁSSICO

- AKIRA 6 (JBC)

PUBLICAÇÃO DE HUMOR

- Hell, No! Bem-vindo ao inferno (Balão)

PUBLICAÇÃO DE TIRAS

- Batatinha Fantasma (Independente)

PUBLICAÇÃO EM MINISSÉRIE

- AKIRA 6 (JBC)

PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE DE AUTOR

- São Francisco

PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE DE GRUPO

- VHS - Vídeo Horror Show

PUBLICAÇÃO INDEPENDENTE EDIÇÃO ÚNICA

- Último Assalto

PUBLICAÇÃO INFANTIL

- Como fazer amigos e enfrentar fantasmas (Independente)

PUBLICAÇÃO JUVENIL

- Tina – Respeito (Panini)

PUBLICAÇÃO MIX

- Mulheres & Quadrinhos (Skript)

ROTEIRISTA NACIONAL

- Daniel Esteves (Último assalto e Sobre o tempo em que estive morta)
- Fefê Torquato (Tina: Respeito)

WEB QUADRINHOS

- Bendita Cura

WEB TIRA

- Tirinhas do Silva João

PROJETO EDITORIAL

- Coleção Batman Noir (Panini)

PROJETO GRÁFICO

- Cartas para Ninguém (Padê)

RELEVÂNCIA INTERNACIONAL

- Sirlene Barbosa e João Pinheiro

MESTRE

- Miguel Paiva

GRANDE CONTRIBUIÇÃO DO ANO

- Exposição: O Pasquim 50anos

GRANDE CONTRIBUIÇÃO DO ANO

- Site “O Pasquim” Da Biblioteca Nacional

HOMENAGEM

- Cada Passo Importa

HOMENAGEM

- Ivan Freitas da Costa

HOMENAGEM

- 20 anos do Universo HQ

TCC

Leandro Carlos Blum. “Quadrinhos e matemática: algumas possíveis construções usando a imaginação”.

MESTRADO

Cátia Ana Baldoíno da Silva - “O tempo multidimensional nos quadrinhos: um estudo das estratégias narrativas em Here, de Richard McGuire”

DOUTORADO

Vinícius Rodrigues da Silva “Quadrinhos no Rio Grande do Sul: um momento decisivo – o humor gráfico em debate & as produções de Sampaulo, Santiago e Edgar Vasques na formação de um polissistema.”



Sobre o Troféu HQMIX

O Troféu HQMIX foi criado em 1988, pela dupla JAL e Gualberto Costa, no programa TV MIX, da TV Gazeta. O prêmio logo foi apadrinhado pelo então apresentador do programa, Serginho Groisman. A votação nacional é feita pela categoria dos desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil (IMAG). No Blog https://blog.hqmix.com.br é possível conferir outras informações.



Sobre o Sesc São Paulo

Com 74 anos de atuação no estado e 40 unidades operacionais, o Sesc São Paulo (Serviço Social do Comércio) desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nos âmbitos da cultura, esporte, saúde, alimentação, desenvolvimento infanto-juvenil, idosos, turismo social, entre outras frentes de ação. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas.


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domingo, 8 de novembro de 2020

Pacientes compartilham experiências do diagnóstico e do tratamento do câncer de boca no SUS

Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção e da detecção precoce da doença, mais comum entre homens


Adotar hábitos saudáveis como não fumar, ter uma alimentação equilibrada e rica em frutas e hortaliças, ir ao dentista regularmente e estar atento a feridas que não cicatrizam em 15 dias e a lesões suspeitas na boca. Essas são algumas das ações que fazem a diferença na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca, quinto tipo de câncer mais comum entre os homens no país, principalmente acima dos 40 anos.

Na Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal, que acontece no início de novembro, o Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce, que pode ser feito no Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, na Atenção Primária à Saúde (APS).

Valdecir de Aguiar Silva, de 51 anos, teve sua vida salva ao procurar atendimento em uma unidade de saúde de São José do Rio Preto (SP). O motivo foi uma ferida na boca que não doía e não cicatrizava. Durante o acompanhamento, recebeu diagnóstico positivo para câncer de boca.

“Eu acredito que demorei muito para poder procurar o dentista, porque eu pensei que fosse uma afta. Se você vir alguma coisa diferente na sua boca, ou na sua língua, mesmo que até possa ser uma afta, dê mais atenção. Procure um profissional da área. Essa é a lição que eu tiro da doença”, conta Valdecir, destacando que realizou tratamento de radioterapia e quimioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Relato semelhante tem Carla Claudia de Rezende, de 47 anos. Ao perceber uma ferida na língua, buscou atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Após a confirmação do câncer de boca, precisou realizar procedimentos como a extração de alguns dentes, antes de passar por uma cirurgia e sessões de radioterapia.

“Os profissionais que me atenderam, médicos, enfermeiros, técnicos em radiologia, fizeram toda a diferença na minha recuperação. A agilidade que eles tiveram no meu caso foi essencial para que eu pudesse ter uma vida hoje”, relata sobre o atendimento.

Carla conta a lição que tirou após vencer a doença: “A gente nunca deve protelar, por menor que seja o que você esteja sentindo. Procure auxílio, procure orientação, procure ajuda, porque isso pode fazer diferença na sua vida”.

Tanto Valdecir como Carla foram encaminhados para o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) Centro de São José do Rio Preto, que realiza o diagnóstico e encaminha para o tratamento adequado.

De acordo com a gerente do CEO de São José do Rio Preto, Heloísa Amélia Aparecida Garcia Amaral, “a Atenção Básica deve observar se o paciente, independentemente da idade, mas principalmente acima de 40 anos, tem manchas brancas, avermelhadas, feridas que não cicatrizam e nódulos irregulares, por exemplo. No CEO, em casos graves, a biópsia é feita no mesmo dia”, explica.

SAIBA MAIS

O câncer de boca pode aparecer nos lábios, língua, bochechas, céu da boca, entre outros locais da boca. No estágio inicial, pode ser confundido com aftas. Os sintomas começam a se manifestar com a evolução da doença, como úlceras que não cicatrizam, dor, crescimento da lesão e sangramento. A depender do curso e estágio da doença, as pessoas afetadas podem ter comprometimento de áreas da face, necessidade de cirurgia mais invasiva, eventual perda de dentes, rouquidão, dificuldade para engolir, entre outras consequências.

Os casos de câncer de boca são mais comuns em homens a partir dos 40 anos. Os principais fatores de risco envolvem o consumo de tabaco (cigarro, narguilé, cachimbos, charutos), de bebidas alcoólicas em excesso, exposição ao sol na região dos lábios sem proteção e infecção por HPV.

Os sinais mais evidentes de alerta são feridas nos lábios e na boca que não cicatrizaram após 15 dias, manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na boca e sangramentos sem causa conhecida na cavidade oral. Caso o paciente identifique qualquer sintoma da doença, deve procurar atendimento médico-odontológico.

Mais de 80 mil dentistas atendem hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo mais de 53 mil na Atenção Primária à Saúde, atuantes nas equipes de Saúde da Família e Atenção Primária. Os profissionais estão preparados para fazer o diagnóstico correto e orientar a população sobre o tratamento.

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Saúde investe mais de R$ 61 milhões para reorganização dos atendimentos em saúde bucal no SUS

O Ministério da Saúde está liberando mais de R$ 61 milhões para apoiar a reorganização e adequação dos ambientes voltados à assistência odontológica na Atenção Primária e na Atenção Especializada à Saúde. O investimento, em caráter excepcional e temporário, foi estabelecido na Portaria n° 3.008, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (05/11), para fortalecer a retomada segura dos atendimentos odontológicos que ficaram limitados durante a pandemia da Covid-19.

No total, 27.339 equipes de saúde bucal da Estratégia Saúde da Família serão beneficiadas em 4.929 municípios brasileiros. Cada equipe receberá R$ 1.931,00. O investimento total é de R$ 52.791.609,00.

Na Atenção Especializada, serão destinados R$ 8.840.118,00 para a reorganização da ambiência e dos processos de trabalho de 1.157 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) localizados em 934 cidades. Cada unidade receberá de acordo com a sua modalidade: 

R$ 5.793,00 para cada Centro de Especialidades Odontológicas Tipo I credenciado;
R$ 7.724,00 para cada Centro de Especialidades Odontológicas Tipo II credenciado;
R$ 13.517,00 para cada Centro de Especialidades Odontológicas Tipo III credenciado.

As transferências dos recursos serão realizadas em parcela única para municípios e Distrito Federal por meio do Fundo Nacional de Saúde, com o objetivo de atender necessidades de adaptação, reparos e aquisição de itens de consumo para atendimentos odontológicos no Sistema Único de Saúde (SUS). A Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde publicará Nota Técnica com orientações para apoiar os gestores na utilização dos recursos, recomendando as medidas a serem priorizadas para garantia da segurança nos atendimentos.

A publicação da portaria faz parte das estratégias do Ministério da Saúde para apoiar a manutenção e retomada gradual dos atendimentos odontológicos no contexto da pandemia do coronavírus. O Ministério da Saúde espera induzir a reorganização e ampliação do acesso aos cuidados de saúde bucal.

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sábado, 7 de novembro de 2020

Especialista avalia impacto da eleição americana na economia brasileira




O discurso do presidente Donald Trump, na noite de quinta-feira passada, tumultuou o mercado financeiro e o reflexo foi sentido nesta sexta-feira, com a queda das bolsas norte-americanas e intensa movimentação no mercado brasileiro. O clima de instabilidade aumentou a oscilação das bolsas de valores e a cotação do dólar mundo afora. “A fala de Trump afeta diretamente a economia mundial e isso reflete no Brasil. O discurso de ontem, baseado em denúncias sem qualquer comprovação, levou três grandes canais de televisão a interromperem a transmissão. Isso, somado à judicialização da eleição, teve reflexo direto na movimentação nas bolsas e no mercado financeiro”, explica o gestor de riscos Yuri Utida.

No final da manhã, no entanto, a virada de Joe Biden na Pensilvânia e o desenho mais nítido de uma vitória democrata amenizaram as incertezas. “Quando o cenário fica mais definido, o mercado sabe como deve se comportar e isso reduz as oscilações e pavimenta o caminho para a retomada dos investimentos. No Brasil, a Ibovespa e as ações já reagiram”, acrescenta Utida.

O especialista afirma que a vitória democrata que se desenha no horizonte pode trazer benefícios para o Brasil. “Um perfil mais equilibrado como o de Biden deixa muita gente otimista e esse é o justamente caminho mais rápido para a retomada dos investimentos”, completa.

Diferente do governo Trump, o democrata já deu indicativos de que vai pressionar o governo brasileiro com a questão ambiental. “Isso pode afetar diretamente a forma como o agronegócio é tratado aqui no Brasil, certamente esse setor será impactado pela provável eleição do democrata, mas ainda é cedo para definir como acontecerá”, diz o gestor.

Em outra frente, é esperado que um governo Biden permita ao governo norte-americano ter uma relação melhor com a China. “Essa proximidade maior, caso ocorra, pode abrir o mercado também para o Brasil, que tende a acompanhar a movimentação dos Estados Unidos e isso é extremamente positivo para a nossa economia”, finaliza o especialista.


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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Instituto Magnus realiza doação de mais seis cães-guias


O Brasil tem em média 200 cães-guias em atividade, diante de 7 milhões de pessoas com deficiência


Em cerimônias com muita emoção, o Instituto Magnus – iniciativa sem fins lucrativos, especializada no treinamento de futuros cães-guias – gerido pela Adimax, uma das maiores fabricantes de alimentos para cães e gatos do Brasil, entregou nos últimos dias 05 e 26 de outubro, mais seis cães-guias às pessoas com deficiência visual que estavam cadastradas no programa da instituição.

O planejamento e comprometimento da equipe do Instituto Magnus resultou no sucesso dessas entregas, mesmo com os obstáculos e dificuldades impostas pela pandemia. “A fase vermelha em que o Estado de São Paulo estava atrasou a entrega dos cães, mas graças aos esforços dos nossos colaboradores, estamos cumprindo com a estratégia e metas traçadas no começo da pandemia. Em dezembro, teremos ainda mais uma classe de cães-guias formados” afirma Thiago Pereira, gerente geral do Instituto Magnus.

A prioridade da instituição é a excelência, tanto pela qualidade do treinamento, quanto pelo bem-estar do animal. Hoje, o Brasil tem em média 200 cães-guias em atividade, diante de 7 milhões de pessoas com deficiência. A cada novo cão entregue, o Instituto e voluntários contribuem para diminuir aos poucos essa diferença.

Para que mais pessoas possam ter acesso ao cão-guia, é de suma importância a disseminação da informação, além do apoio de empresas e da comunidade. A família socializadora tem um papel essencial no primeiro ano de vida dos filhotes, pois tem o compromisso de expor os cães a uma rotina diária que conta com tarefas como: andar em transporte coletivo, passear em espaços públicos, conviver com outros animais e pessoas, entre outras atividades. Todos os custos, desde alimentação, medicamentos, acompanhamento veterinário e treinamento são de responsabilidade do Instituto Magnus.

“Estamos sempre em busca dessas famílias, pois sem elas, nosso trabalho não é possível. Algumas pessoas têm um pouco de receio de se apegarem ao animal, mas é preciso lembrar que é tudo por uma causa maior: esses cães serão os olhos daqueles que não podem, hoje, enxergar. A todos que se sentirem sensibilizados pela causa, estamos de portas abertas para que venham à sede e conheçam um pouco mais do nosso trabalho.”, declara Thiago Pereira.

Além de ensinar ao filhote muito do que ele precisa saber para sua futura profissão, a família colabora com uma mudança social ensinando a todos que cruzam seu caminho sobre direitos e deveres de uma pessoa com deficiência visual e cão-guia. O processo todo dura cerca de 18 meses, até que o animal possa ser entregue à pessoa com deficiência visual, que participa da última etapa de treinamento para se adaptar ao novo companheiro. Nesta etapa, os usuários ficam hospedados em média 15 dias na instituição, em um hotel construído exclusivamente para isso.

Ter um cão-guia sempre foi o sonho da Jady Lima. A manauara, contemplada pelo Instituto, possui apenas resquícios visão e enxerga somente vultos próximos. “A sensação de receber meu cão guia, o Wally, foi indescritível. A emoção é próxima do nascimento de um filho. Nunca vou esquecer o dia da entrega, eu só chorava de emoção. Agora, além de ter mais liberdade e independência, tenho um parceiro para a vida”, completa Jady.

Quem tiver interesse em fazer parte do programa pode tirar todas as dúvidas e se inscrever pelo site do Instituto: www.institutomagnus.org.

Sobre o Instituto Magnus

Localizado em Salto de Pirapora (SP), o Instituto Magnus, gerido pela fabricante de alimentos para cães e gatos Adimax, é uma iniciativa sem fins lucrativos especializada no treinamento de futuros cães-guia e que oferece gratuitamente assistência às pessoas com deficiência visual. A sede possui uma área de 15 mil m², canil para 48 cães, maternidade canina, hotel para hospedagem dos usuários durante sua adaptação e amplo espaço para o treinamento desses animais.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Especialista recomenda 7 hábitos diários de combate ao estresse




Saiba quais são as atitudes que podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e da depressão


Tremores, aumento da pressão arterial, insônia, dor de cabeça, irritabilidade e aceleração do ritmo cardíaco. Esses são alguns dos sintomas mais frequentes de um episódio de estresse, problema que afeta mais de 90% da população no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Neste mês de setembro, em que é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Estresse, Natália Reis Morandi, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, reforça a importância de inserir hábitos mais saudáveis na rotina diária para evitar problemas graves, como doenças cardiovasculares e depressão, entre outros transtornos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o estresse é um dos responsáveis por mais de 130 milhões de infartos no Brasil.

“Apesar de ser uma resposta natural do corpo diante de uma situação de perigo ou de tensão, a manutenção deste estado por longos períodos pode causar danos sérios à saúde, à produtividade e, consequentemente, à qualidade de vida das pessoas”, alerta a especialista.

Como evitar o estresse?


Segundo Natália, é aí que está o problema. “Atualmente, com os estímulos da vida moderna e a rotina acelerada, é muito difícil conseguir escapar de situações que nos deixam estressados. Vale lembrar que a situação atual de pandemia tem ampliado esse estresse e desgaste emocional”, destaca.

O que as pessoas podem fazer, de acordo com a especialista do Hospital São Camilo, é avaliar o que pode ser modificado em suas rotinas para reduzir o problema e fortalecer seu organismo e seus recursos emocionais para enfrentar as situações estressoras que não podem ser alteradas.

Quando a pessoa identificar dificuldade de manejo do estresse, deve procurar ajuda profissional.

A seguir, a psicóloga destaca sete hábitos simples que ajudam a combater o estresse:
Evite se manter em uma situação estressora

Natália explica que sentir raiva é normal, mas a frequência desta emoção pode ser um sintoma negativo e gerar desgaste emocional intenso.

Podemos evitar que ela atinja picos e que nos coloquem em níveis elevados de estresse, mudando o cenário quando isso acontecer para não potencializar e alimentar o sofrimento causado por determinada situação indesejável.

“Procure se acalmar e, após refletir sobre o ocorrido, volte novamente a tentar solucionar e/ou enfrentar determinada situação”, sugere.

Faça exercícios de respiração


A especialista comenta que, sobretudo para quem vive nas áreas urbanas, a poluição sonora associada a momentos de acúmulos de atividades a serem realizadas pode ser um gatilho para o estresse.

“O som dos carros, máquinas e equipamentos eletrônicos, entre outros, que mal percebemos no nosso dia a dia, nos mantêm em alerta permanente, a ponto que fica difícil relaxar”, frisa.

A dica neste caso é reservar alguns minutos para ficar em silêncio. “Feche os olhos, sente-se em uma posição confortável, longe de qualquer barulho, e concentre-se apenas na sua respiração. Inspirar profundamente contando até cinco e expirar, ou realizar uma respiração diafragmática antes de retomar as tarefas diárias pode ser uma solução e promover o relaxamento e alívio do estresse. É importante tentar esvaziar a sua mente e os pensamentos que poderão surgir”, destaca Natália.
Proporcione situações prazerosas

A psicóloga reforça que, diante de uma rotina exaustiva, uma dica para aliviar o estresse é fazer algo que desperte sensações de prazer e relaxamento, Além de manter bons hábitos com a alimentação e a qualidade de sono.

“Ler, se divertir, se distrair, receber uma massagem de 15 minutos, almoçar com um amigo, se presentear, comer algo que goste ou sair da rotina no meio da semana são atividades simples que mantem seu autocuidado físico e emocional, contribuindo para a qualidade da nossa saúde mental”, ressalta.

Repense a regra do “agora”

Avalie suas atividades e responsabilidades diárias e pense: tudo precisa ser resolvido agora? A especialista do Hospital São Camilo lembra que é saudável estabelecer prioridades na realização das tarefas, sejam elas pessoais ou profissionais. A recomendação é avaliar o que é necessário e o que é desejável.

“Negocie prazos possíveis, que você consiga atender com qualidade, ou deixe claro o impacto da pressa na sua entrega. Quando não tentamos refletir e negociar acerca das expectativas dos outros e de si mesmo, as chances de desenvolver um quadro de estresse aumentam.”
Valorize ambientes saudáveis para o trabalho

Se o seu trabalho é entendido como a sua fonte de sofrimento, a profissional recomenda fazer uma sincera avaliação dos motivos pelos quais você continua nele.

“A crise econômica e a falta de emprego não devem tirar a expectativa das pessoas de procurar um ambiente profissional melhor para elas”, diz Natália, fazendo referência à Síndrome de Burnout, que atinge mais de 30% dos brasileiros segundo dados da International Stress Management Association (Isma).

“Especialmente porque as empresas já estão atentas à necessidade de desenvolver boas políticas internas de Recursos Humanos para reter os seus talentos e, primordialmente, precisamos pensar no nosso bem-estar físico, emocional e social para viver com qualidade”, lembra a psicóloga.

Peça ajuda

“Nós somos seres coletivos, não precisamos fazer tudo sozinhos”, afirma. Ela explica que o hábito de pedir ajuda reduz a pressão, amplia o olhar sobre determinada situação, auxilia na promoção de soluções mais assertivas e minimiza o sofrimento. Traz sensações de conforto e aumenta o bem-estar.

Tanto em situações de estresse diárias quanto de crises intensas (doenças, mortes, separações, acidentes, entre outras), a rede de apoio de uma pessoa é fator importante para o enfrentamento do problema. Isso também inclui buscar ajuda profissional.

“Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, precisamos estar atentos aos sentimentos de fracasso e impotência diante destas situações.”

Pratique atividades físicas e ou artísticas

O nosso cérebro é estimulado em áreas diferentes quando estamos praticando esportes, caminhadas (curtas ou longas) e realizando atividades artísticas.

Ao movimentar o corpo, reduzimos os hormônios causadores do estresse, como o cortisol, e liberamos endorfina. Dessa forma, promovemos melhora do humor e da qualidade do sono.

Portanto, a psicóloga recomenda caminhar, praticar esportes ou realizar alguma atividade que gere prazer e bem-estar para criar um hábito saudável que ajude a reduzir sintomas de estresse, irritabilidade, cansaço e ansiedade.

Cantar, dançar, fotografar, cozinhar ou pintar podem ser boas opções. “Descubra o seu talento e explore coisas que goste de fazer”, finaliza.

Rede de Hospitais São Camilo

A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo é composta por três hospitais modernos na capital, nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, e um em Cotia, acreditados pela Joint Commission International (JCI), Himss e Qmentum Diamante.

As unidades prestam atendimentos de emergência e eletivos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea, além de oferecerem cerca de 800 leitos e um quadro clínico de mais de 4,3 mil médicos qualificados.

Os quatro hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de outras 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 estados brasileiros. No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, fundada por Camilo de Lellis, conta ainda com 25 centros de educação, dois colégios e três centros universitários.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Saúde mental em jogo: a pandemia e o excesso de trabalho


* Marcia Glomb

Quem não está se sentindo cansado em virtude da pandemia, independentemente de qual seja o campo que ela está afetando particularmente a cada um, que atire a primeira pedra. 

A saudade das pessoas, do contato e até de momentos de descontração no trabalho, por exemplo, tem afetado a vida de pessoas ao redor do mundo, desde quando o coronavírus se tornou parte do dia a dia.

No início, diversos profissionais dos mais variados setores tiveram de aderir ao trabalho remoto, à distância, longe das dependências do escritório ou empresa, o que pode ter sido benéfico para quem soube se adaptar e administrar o tempo para cumprir suas funções profissionais e o tempo para descansar. Em abril deste ano, uma pesquisa realizada pelo LinkedIn com dois mil profissionais em home office apontou que 68% dos entrevistados têm trabalhado pelo menos uma hora a mais por dia (21% até quatro horas a mais). O estudo ainda revelou que 62% estão mais estressados e ansiosos com o trabalho do que antes da pandemia.

Isto desperta um alerta! Trabalhar excessivamente pode aumentar o risco de diversas doenças, como hipertensão e diabetes, e inúmeras síndromes e transtornos, como Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Síndrome de Burnout. A saúde mental é bastante impactada por uma rotina frenética. Longas jornadas de trabalho com poucas pausas para descanso, turnos alternados e ritmos intensos fazem com que os funcionários sintam-se ansiosos, estressados, exaustos e desanimados, o que pode desencadear casos graves de depressão.

Novamente o alerta se acende!

A campanha Setembro Amarelo, criada em conjunto pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV) e que tem por objetivo a conscientização da população em relação à prevenção do suicídio, também é voltada ao mundo corporativo. Além dos abalos psicológicos, um ambiente de trabalho desfavorável causa falta de produtividade, de motivação e de engajamento nas atribuições.

Como era de se esperar, as empresas têm papel crucial na saúde mental do trabalhador. A lei define, no artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, que a duração da jornada dos trabalhadores urbanos e rurais não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, inclusive a dos trabalhadores domésticos. Quando o período supera esses limites, observada uma variação de até dez minutos diários, é caracterizado o direito ao pagamento de horas extras ou compensação equivalente ao funcionário.

É imprescindível que se respeite, mesmo em home office, o tempo de intervalo para alimentação e descanso, o que é garantido ao empregado pela lei. Quando os sintomas das doenças psíquicas e dos transtornos mentais/comportamentais forem atestados por um médico como incapacitantes, sendo recomendado ao empregado um afastamento superior ao período de 15 dias, ele deve ser encaminhado ao INSS para avaliação da concessão de benefício previdenciário.

Resumidamente, a empresa tem o dever de proteger e garantir um ambiente de trabalho sadio e seguro, assim como promover a valorização social do trabalho e da dignidade do trabalhador. Ações como incentivo e reconhecimento são importantes, bem como respeitar os limites individuais e diminuir a intensidade do trabalho quando necessário. Ao perceber sinais ou sintomas que possam estar relacionados ao excesso de trabalho, é de extrema importância procurar um profissional de saúde.



Dra. Marcia Glomb
Marcia Glomb é advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados, também formada em Administração de Empresas.

Sobre o Glomb & Advogados Associados

O escritório Glomb & Advogados Associados, fundado há mais de 40 anos pelo titular José Lucio Glomb, atua em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário. Selecionado em 2018 e em 2019 como um dos 500 melhores escritórios de advocacia do País, ocupando a posição de quinto mais admirado nacionalmente na categoria trabalhista e o quarto mais admirado no Paraná, de modo geral em 2019, tem em sua história milhares de clientes atendidos com eficiência e resultados positivos. 


Para saber mais, acesse: https://glomb.com.br/

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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Mães negras e indígenas e o parto prematuro no Brasil




Vulnerabilidade social aumenta propensão de partos prematuros, impactando especialmente mulheres negras e indígenas

Condição financeira e social dificulta acesso à saúde, à informação e a um pré-natal adequado, expondo mulheres mais pobres aos riscos da prematuridade

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, ocorrem cerca de 15 milhões de nascimentos prematuros, ou seja, um em cada dez bebês nascem nessas condições por ano. No Brasil, são aproximadamente 340 mil nascimentos, levando o país ao décimo lugar com mais partos prematuros no mundo.

Apesar de não haver um estudo único que relacione diretamente a prematuridade à condição social e a cor da pele das mulheres, não é difícil identificar essa relação quando se contextualiza diversas pesquisas. Nesse sentido, é preciso avaliar com profundidade e sensibilidade a questão.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os 10% mais pobres do país, 75,2% são negros, sendo que há mais de 7,8 milhões de pessoas vivendo em casas chefiadas por mulheres negras.

Abaixo da linha da pobreza, estão 63% das casas comandadas por mulheres negras com filhos de até 14 anos, com US$ 5,5 per capita ao dia, cerca de R$ 420 mensais, o que evidencia sua condição de maior vulnerabilidade. Para mulheres brancas e com filhos, a proporção de casas abaixo da linha da pobreza é de 39,6%. Portanto, elas também estão expostas ao problema, vale ressaltar.

Considerado este dado, um segundo estudo - realizado pela Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz) - aponta que grávidas negras realizam menos consultas do que o indicado pelo Ministério da Saúde e, quando conseguem cumprir com todo o protocolo do pré-natal, as consultas são mais rápidas e recebem menos orientação sobre o início do trabalho de parto e sobre possíveis complicações na gravidez.

Segundo pesquisadora Maria do Carmo Leal, as chances de uma mulher negra não receber analgesia chega a ser o dobro de uma mulher branca. Além disso, do grupo de mulheres que recebem o corte no períneo, em 10,7% das mulheres pretas não foi aplicada a anestesia local para a realização do procedimento, enquanto no grupo das mulheres brancas a taxa de não recebimento de anestesia foi de 8%.

Entre outras constatações ouvidas em salas de maternidades pela pesquisadoras, premissas racistas e sem base científica como “Mulheres pretas têm quadris mais largos e, por isso, são parideiras por excelência”, “negras são fortes e mais resistentes à dor” direcionavam as decisões no centro médico. A matéria completa sobre essa pesquisa, que inclusive conta com a participação de diversos personagens, foi realizada pela Agência Pública e pode ser conferida neste link.

Por fim, um terceiro estudo, conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com outras 12 universidades do país, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e com o Ministério da Saúde, as mães negras apresentaram o segundo maior percentual de bebês prematuros (7,7%), atrás apenas das indígenas (8,1%). Esse dado é referente ao ano de 2010 e revisa para cima os números do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Sistema Único de Saúde (SUS), que apontava uma taxa de prematuridade de 7,2%.

“Compilando todos essas pesquisas, fica claro que mulheres negras e indígenas são mais expostas à pobreza e a pobreza dificulta acesso à saúde, à informação e a um pré-natal adequado, expondo mulheres mais pobres aos riscos prematuridade. Soma-se a este fato as fortes percepções racistas trazidas pela pesquisa da Fiocruz. Queremos mostrar a importância e a urgência que essa pauta merece. Todas as mães precisam ter acesso a um pré-natal de qualidade e informações sobre a gravidez”, explica Denise Leão Suguitani, fundadora e Diretora Executiva da ONG Prematuridade.com.

Para Denise, a prematuridade é uma questão que pode ser evitada com um acompanhamento adequado e, ainda que haja o parto prematuro, certamente podemos intervir para diminuir os danos à saúde desses bebês. “Um parto é considerado prematuro quando acontece antes de 37 semanas de gestação. São várias as causas que podem levar à prematuridade, mas o principal passo para evitar esse problema é a prevenção. Nesse sentido, o pré-natal é uma das medidas mais eficazes para uma gestação saudável e completa. O resumo é que podemos interferir positivamente nesse quadro e vidas podem ser salvas”, finaliza.

Novembro Roxo

O debate envolvendo a relação da vulnerabilidade social à propensão de prematuridade é mais uma das ações envolvendo o Novembro Roxo, mês de sensibilização global para a causa, conduzidas no Brasil pela ONG Prematuridade.com, única instituição do País de apoio aos bebês prematuros e suas famílias. Durante todo o mês está previsto uma série de iniciativas e atividades sob o slogan “Juntos pelos prematuros, cuidando do futuro”.

Sobre a ONG Prematuridade.com

A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com – nasceu em 2011 a partir de um blog de experiência de mães e profissionais com a prematuridade e suas consequências. Em pouco tempo, os conteúdos se tornaram cada vez mais relevantes, ganharam espaço e surgiu o desejo de que o assunto fosse debatido com urgência. Em novembro de 2014 foi fundada, por Denise Leão Suguitani, a ONG Prematuridade.com, com sede em Porto Alegre (RS), a única organização a atuar na causa em âmbito nacional.

O trabalho da ONG se baseia em ações dedicadas à prevenção do parto prematuro, à capacidade de educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas ao interesses das famílias de bebês prematuros e dos profissionais que cuidam deles. Atualmente são cerca de 4 mil famílias cadastradas, mais de 100 voluntários em 19 estados brasileiros e um Conselho Científico Interdisciplinar de excelência. Mais informações: https://www.prematuridade.com/

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App gratuito ajuda no combate à depressão nas empresas

Além de dar indícios sobre eventual distúrbio entre os funcionários, ferramenta indica ações para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores

Lançado no começo do mês, no chamado Setembro Amarelo – mês mundial de prevenção ao suicídio –, o aplicativo Método S.I.M. – A Ciência da Felicidade será mantido em operação de forma permanente. Idealizada pelo empresário e mestre em Ciência da Educação Renner Silva, que também é professor de Ciência da Felicidade e Bem-Estar na PUC Minas Gerais, a ferramenta visa ajudar os gestores a medirem o índice de felicidade em suas organizações.

O programa é o mesmo que o empresário utiliza em suas consultorias de gestão de felicidade corporativa. “Cientificamente falando, o oposto da depressão e do suicido é a felicidade”, diz Renner. “As empresas estão passando por problemas invisíveis ao mercado. Os tornamos visíveis, para assim combatê-los, antes que seja tarde demais”.

O diagnóstico elaborado pelo Método S.I.M. analisa as respostas dos colaboradores em referência a três esferas direta ou indiretamente relacionadas ao trabalho – qualidade de vida, produtividade e clima organizacional. Por meio de uma série de perguntas com respostas de múltipla escolha e respondidas de forma anônima pelos trabalhadores, o app fornece à empresa um raio x geral sobre o estado mental da equipe como um todo. Da mesma forma, dá aos trabalhadores um diagnóstico completo sobre os pontos que devem receber atenção.

A partir do diagnóstico elaborado pela ferramenta, os gestores podem adotar as ações indicadas para restabelecer o equilíbrio e a saúde mental dos trabalhadores. “Muitas empresas não têm potencial para a contratação da nossa solução presencial e, por isso, resolvi criar essa versão automatizada e gratuita.”

Para realizar o teste entre os colaboradores, os gestores preenchem um breve formulário no link http://empresa.metodosim.com. Depois disso, a ferramenta gera um link com o questionário a ser aplicado entre os funcionários. Todo o restante do processo é feito de forma automática e sem custos para a empresa ou o trabalhador.

Considerada a doença do século pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a principal causa de suicídios no planeta – a cada ano, estima-se um total de 800 mil pessoas tirem a própria vida. Conforme estimativa da OMS, mais de 300 milhões de pessoas sofrem com a doença em todo o mundo.


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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Doenças do Home Office

Depressão, transtornos de ansiedade e bournout tem aumentando no home office e acomete mais as mulheres

Dra. Edwiges Parra
Depois de mais de 6 meses do início da quarenta vivemos o reflexo do isolamento social, provocado pela crise epidemiologia, econômica e social profunda sem precedentes – e dificilmente alguém sairá ileso dos impactos. Resultado: aumento de diagnósticos de depressão, estresse, esgotamento mental, pânico, transtornos de ansiedade. Além das dores na coluna, tendinites, agravamento de problemas circulatórios (varizes), obesidade e o próprio sedentarismo pode vir agravar a saúde como um todo.

A Dra. Edwiges Parra, psicóloga, instrutora de Mindfulness MBCT-D, especialista em Recursos Humanos, nos últimos meses vivenciou o aumento por ajuda no seu consultório, com queixas de medo, ansiedade, depressão e muitas dores físicas, excesso de telas causadas pela pressão do trabalho e isso leva a um espiral de exaustão mental e o isolamento e/ou distanciamento acabam sendo agentes de gatilhos emocionais.

De acordo com os trabalhos desenvolvidos pela Dra. Parra em empresas, o público feminino vem apresentado aumentados níveis de estresse, na tentativa de equilibrar a vida pessoal (afazeres domésticos, cuidados com os filhos e relação conjugal) e vida profissional. Os líderes relatam sobrecarga de trabalho, maior esforço e mais tempo dedicado a realizar as tarefas da empresa. E a geração Z (nascidos após 1997) demonstra mais tédio, desânimo e insegurança com o futuro, o que é representado pelo impacto financeiro e ameaça ao desemprego.

“O medo pode se tornar um problema quando é excessivo, frequente ou quando surge em situações nas quais a maior parte das pessoas não o manifestaria. Nessas situações, ele pode se tornar exagerado ou irracional e, até patológico (desequilibrado), transformando-se em um transtorno de ansiedade ou uma ansiedade aguda, explica Parra.

Segundo a psicóloga os agentes estressores como desemprego, mudanças bruscas de condições financeiras, medo, excesso de telas, e jornadas extensivas de trabalho estão mexendo com o bem-estar mental acarretando:

Síndrome de Burnout - Causado pelo excesso de trabalho. Trata-se do estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.

Transtorno de ansiedade - pode surgir como uma angústia e desencadear para crise de pânico ou depressão e interferem na vida da pessoa a ponto de paralisar a realização de tarefas e interações e relacionamentos. Provocam sintomas como sudorese, medo, aumento da frequência cardíaca e tremores.

O que as pessoas podem fazer para manter a boa saúde mental no home office:

Estratégias funcionais e adaptativas:
Exercícios de Relaxamento
Distração temporária durantes as crises
Exercício Físico
Conectar emoções e valores maiores
Substituir uma emoção por outra agradável ou apropriada.
Consciência plena (Mindfulness)
Aceitação
Atividades prazerosas
Momentos íntimos compartilhados
Alimentar-se de bons nutrientes

Adotar uma psicologia do estilo de vida que considere a respiração, consciência, movimento e a transcendência (senso de valor e propósito de vida) como norteadores integrados para uma vida com melhor longevidade, produtividade e bem-estar.

O que as empresas podem fazer para ajudar seus colaboradores:

É recomendável que empresas adotem medidas preventivas e de apoio para o próximo ciclo que vamos enfrentar, (a quarta onda), que exigirá adaptabilidade para a retomada aos postos de trabalho.

Medidas básicas que podem ser adotadas:

  • Pesquisa Interna de monitoramento do nível de estresse
  • Webinars ministrados por profissionais da saúde debatendo temas de saúde mental para todos os funcionários (esta é uma boa forma de psicoeducação)
  • Webinars voltados especificamente para líderes para discutir temas específicos de gestão e explicitar a importância do autocuidado.
  • Rodas de conversas internas (com a devida segurança)
  • Programas de meditação Mindfulness
  • Incentivo a terapia online (para prevenção e apoio)
  • Protocolos de intervenção nos casos em que houver um prejuízo ao bem-estar mental do colaborador.

Fonte: Dra. Edwiges Parra Psicóloga Organizacional, Terapeuta Cognitiva-Comportamental, Instrutora de Mindfulness MBCT-D e Colunista Você RH

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NOTA DE PESAR POR TOM VEIGA - "LOURO JOSÉ"




NOTA DE PESAR

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) lamenta, com profundo pesar, a morte do ator Tom Veiga, ocorrida neste domingo (1º), no Rio de Janeiro (RJ).

Como intérprete do papagaio Louro José, Tom Veiga atuou por mais de 20 anos na TV, dando vida ao personagem com bom humor, inteligência e alegria.

A maneira divertida e improvisada de interagir com a apresentadora Ana Maria Braga fez de Tom Veiga, no papel de Louro José, um grande comunicador da programação matutina.

Neste momento de luto para a radiodifusão, a ABERT presta solidariedade aos familiares, amigos e à apresentadora Ana Maria Braga.


Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão

A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) lamenta, com profundo pesar, a morte do ator Tom Veiga, ocorrida neste domingo (1º), no Rio de Janeiro (RJ).

Como intérprete do papagaio Louro José, Tom Veiga atuou por mais de 20 anos na TV, dando vida ao personagem com bom humor, inteligência e alegria.

A maneira divertida e improvisada de interagir com a apresentadora Ana Maria Braga fez de Tom Veiga, no papel de Louro José, um grande comunicador da programação matutina.

Neste momento de luto para a radiodifusão, a ABERT presta solidariedade aos familiares, amigos e à apresentadora Ana Maria Braga.

Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão

A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa mais de três mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas


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domingo, 1 de novembro de 2020

Autismo Em Adultos: Quando o Diagnóstico é Tardio





Para a Maioria, Dar Nome às Dores Causadas Pelos Comportamentos Diferentes Durante Toda a Vida, Traz Alívio Imediato Tanto Para o Autista, Quanto Para A Família.

Hoje graças a facilidade e a rapidez das informações, muitos casos de autismo que não foram diagnosticados quando deveriam, estão chegando com muito mais frequência nos consultórios de profissionais que trabalham com o tratamento integral do autismo.

São jovens e adultos; desde os casos mais leves, como os asperges, até os casos muito graves, que por falta de tratamento adequado, de informação e de acesso aos diversos tratamentos multidisciplinares que temos hoje, acabaram crescendo sem desenvolver progressos significativos E o pior: Sem alcançarem independência, inclusive dos pais, o que causa para estes, uma terrível angústia, por que o desgaste e a preocupação são muito grandes e a pergunta é uma só: O que fazer agora?

Bem, para os portadores da Síndrome de Asperger e os autistas de inteligência mediana e acima, acabam levando uma vida normal, até que aconteça algo que traz à tona o autismo e não é raro, que até mesmo um dos pais possa acabar sendo identificado também como dentro do espectro.



DIAGNÓSTICO NA ADOLESCÊNCIA


 
A forma mais comum de identificar o autismo no adolescente dos 12 aos 18 anos, por exemplo, é o comportamento dele nesta fase. Geralmente ele não sabe se relacionar, não consegue lidar com coisas simples como uma mudança de casa, cidade ou escola, além de problemas frequentes nos relacionamentos com colegas e com sua própria sexualidade.

Tudo isso, juntamente com a forma deste adolescente não se comportar como os demais, começa a causar uma angústia nele e nos pais, que não entendem o que pode estar acontecendo. Neste caso, acabam por apresentar um quadro de ansiedade extrema, que não consegue ser solucionado com a terapia tradicional.

Quando isso acontece, exames mais extensos podem confirmar um diagnóstico de autismo. É importante saber que o diagnóstico preciso e minucioso, devem ser conduzidos por psiquiatras, neuropsiquiatras e neuropsicopedagogos, que deverão ter total acesso a todas as informações de como foi a infância deste paciente.

Somente assim, depois de um diagnóstico correto, ou seja, depois de dar nome ao que eles sentem, eles e a família encontram respostas para perguntas que vinham fazendo durante todas suas vidas. E isso traz para o autista e para a família, um alívio imenso.



E QUANDO EU NÃO ESTIVER MAIS AQUI? O QUE VAI SER DO MEU FILHO AUTISTA?

Quanto mais cedo a descoberta do espectro, melhor pode ser a evolução do tratamento e da independência do autista.

É muito comum, ao realizar o diagnóstico de TEA em crianças, ver que a primeira preocupação dos pais é como será a vida acadêmica o filho em questão, a preocupação com a fala e como ele vai se relacionar para seguir com o fluxo normal da vida. Passados isto, um pouco mais tarde, já frente a realidade do dia a dia, a preocupação da grande maioria dos pais, principalmente os pais de autistas com grau severo, é: E quando eu não estiver mais aqui? O que será do meu filho autista?

A Neuropsiquiatra, especialista em Tratamento Integral do autismo, Neurodesenvolvimento e Saúde Mental, Dra. Gesika Amorim, lida com estas situações todos os dias e diz: “- Sabemos que não é fácil e que muitos pais abandonam suas vidas para cuidar de seus filhos, que em graus mais severos do autismo, acabam sendo absolutamente dependentes. Dito isto, gostaria de enfatizar algumas coisas:

1- Quanto mais cedo seu filho for diagnosticado, mais chances e melhores elas serão de ele ter INDEPENDÊNCIA, que de fato, é o que mais vai importar e o que realmente ele e vocês, pais, por mais que no primeiro momento possam achar que não, vão precisar que ele tenha.

2- Jamais deixe de contar ao seu filho que ele é um autista. Proteção demais pode trazer grandes prejuízos no futuro, justo quando ele precisará ter o máximo possível de independência para lidar de fato com o mundo. No mais, autistas sem grandes comprometimentos cognitivos, que sabem seu diagnóstico desde cedo, conseguem lidar mais facilmente com todas estas questões mais difíceis, como por exemplo: relacionamento, sexualidade e mudanças – diz a especialista.

Dra. Gesika Amorim diz que, infelizmente, ao menos até agora, desconhece programas de governo que sejam dedicados a cuidar de autistas adultos com graus mais severos, tanto na ausência dos pais, quanto na falta de recursos, condições físicas, estruturais e emocionais de lhes oferecer estes cuidados. Então, ela ressalta a importância das Ongs neste momento.

“ É muito necessário que ONGs, ativistas, profissionais envolvidos com a causa e famílias, se movam e comecem a buscar este tipo de suporte, porque todos tem  direito a vida com dignidade e sabemos que no autismo, principalmente em casos do adulto com grau severo, esta não é uma realidade, ressalta a médica.”

Mas existe uma luz no fim do túnel. Em 2012, foi sancionada a Lei Berenice Piana, (12.764, 2012), que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Em 2020, foi sancionada a Lei 13.977, de 2020, que cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), que assegura aos portadores, atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Segundo a própria Berenice Piana, a próxima luta será para conseguir através do governo, uma casa de apoio para os autistas que por algum motivo perdem os seus cuidadores. Vamos acreditar e lutar para isso!

Uma outra solução muito sábia e prática a ser tomada pelas famílias que podem contar com outros parentes ou conhecidos, é deixar acordado, através de um advogado, um documento de tutela de seu filho autista, no caso de um dos pais faltarem.


E SOBRE A SEXUALIDADE?

A Sexualidade é inerente ao ser humano. Todos temos. Quando vamos falar da sexualidade no autista, existem muitas nuances envolvidas, pois o autista pode não ter controle sobre suas emoções e por conseguinte, sobre os seus instintos sexuais, explica a Neuropsiquiatra, Dra. Gesika Amorim: “Isso pode causar situações constrangedoras, pois o paciente dentro do espectro, não tem filtro para falar o que deseja fazer, e em

situações extremas, no caso de pacientes não verbais, pode ocorrer masturbações em públicos ou mesmo o toque dos órgãos genitais de pessoas ao seu redor, o que causa intenso constrangimento.”


E O QUE FAZER?


Dra Gesika Amorim orienta: “Eles podem não conseguir se controlar ou ter postura frente ao certo e errado que é imposto dentro de uma sociedade. Então, é necessário que os cuidadores, terapeutas com experiência em autismo, os profissionais e a família, sejam uma espécie de córtex pré-frontal desse paciente, fazendo-o entender como lidar com essas emoções e sensações; explicando o que é correto ou incorreto e o que pode o que não pode, exatamente como explicamos para uma criança as regras sociais da vida. É importante que eles tenham absoluta confiança em seus pais.”

Nos casos extremos, de autistas adultos não verbais e sem terapia, pode ser necessário intervir com medicações para contenção de libido.


Dra Gesika Amorim é Médica Pediatra e Neuropsiquiatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. É pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa.

www.dragesikaamorim.com.br - Instagram: @dragesikaautismo

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