Nossos Vídeos

sábado, 29 de agosto de 2020

Governo de SP acompanha possível primeiro caso de reinfecção no Brasil



Após o primeiro registro mundial de reinfecção pela covid-19, em Hong Kong, o governo de São Paulo investiga o que poderia ser o primeiro caso no Brasil de paciente reinfectado pela doença. O coordenador do Centro de Contingência para o coronavírus do estado, José Medina, garantiu que o caso está sob análise e que não há motivos para preocupação.

O Hospital das Clínicas de São Paulo investiga casos de sete pacientes com suspeita de reinfecção pelo coronavírus. Segundo Medina, são pessoas que tiveram a doença e por alguma razão mantiveram o esqueleto do vírus. Quando amplificado no exame, ainda aparece positivo.

Pesquisadores do hospital estão fazendo sequenciamento genético para avaliar se são vírus diferentes, se houve mutação ou se o mesmo vírus da primeira infecção voltou a se manifestar. Outros pacientes também estão sendo monitorados pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.

A possibilidade de reinfecção assustou pessoas em todo o mundo, já que cientistas conseguiram comprovar um paciente infectado duas vezes pela covid-19, em Hong Kong. Nessa semana, cientistas europeus afirmaram que existem mais dois casos desse tipo: um na Holanda e um na Bélgica, mas ainda não divulgaram informações. 


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Bruxismo: como a pandemia pode afetar nossos dentes




Condição é uma das primeiras manifestações clínicas do estresse


Ansiedade e estresse são problemas do cotidiano moderno. Porém, durante a pandemia, com a apreensão do momento e com o isolamento social, eles estão em mais evidência do que nunca. Isso pode ser visto pelo aumento dos casos de dentes quebrados, que ocorrem, na maioria das vezes, por causa do bruxismo.

O bruxismo acontece quando começamos a ranger ou apertar os dentes involuntariamente, no decorrer do dia ou durante o sono, e é uma das primeiras manifestações clínicas do estresse. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 40% dos brasileiros sofrem com a condição.

Pode parecer um problema simples, ou trivial, mas a pressão recorrente nos dentes pode ter diversas consequências.

“O bruxismo pode resultar em dores na mandíbula, ouvidos, pescoço e cabeça, ou em casos mais extremos, na quebra de dentes e até em problemas nas articulações do rosto”, destaca Rosely Cordon, professora e pesquisadora no projeto Mapas de Evidências Clínica de Saúde Integrativa BIREME/OPAS/OMS.

Segundo Cordon, o hábito de pressionar os dentes é uma espécie de válvula de escape para aliviarmos a tensão que se acumula no dia a dia. “Em momentos que geram medo e apreensão, como o que estamos vivendo desde o início da pandemia, ele pode se desenvolver, mesmo sem um histórico de ansiedade”, continua a especialista.

Para o doutor Willian Ortega, cirurgião dentista especialista em ortodontia e professor da Facial Academy, além das causas já citadas há fatores genéticos que também podem contribuir com o agravamento do bruxismo.

“É impossível saber o que acontece com nosso corpo quando dormimos, por isso muitas pessoas nem sabem que sofrem deste mal e só acabam tomando conhecimento quando alguém comenta que elas rangem ou fazem algum barulho com os dentes enquanto dormem”, alerta Ortega.

O bruxismo é um ótimo exemplo de como uma condição, que aparentemente afeta apenas a região da boca, envolve, na verdade, o organismo como um todo e como isso reflete no tratamento da odontologia integrativa.

A recomendação dos profissionais é de que sejam feitas sessões de laserterapia que atuam contra a dor e investigar o motivo que levou ao desenvolvimento do bruxismo, tratando a causa, como o estresse por exemplo.

“A laserterapia pode acontecer em conjunto com a Medicina Integrativa e Complementar, por meio de métodos que relaxem a mente e corpo, como mindfullness, meditação, aromaterapia, yoga, biodança, musicoterapia, ou qualquer outra prática que seja eficaz para o paciente”, diz Rosely Cordon.

Outro método que pode contribuir para o controle do bruxismo é o uso das placas de acrílico. “Elas são indicadas na maioria dos casos. O dispositivo para dormir é feito sob medida para encaixar entre os dentes protegendo-os do impacto. Apesar de não ser a cura, as placas auxiliam muito na melhora dos sintomas”, complementa o doutor Willian.

Por isso é importante sempre consultar um especialista para que após a conclusão do diagnóstico a melhor forma de tratamento seja indicada



Rosely Cordon - CRO SP 31.445. Membro do Centro de Excelência em Prótese e Implante da Faculdade de Odontologia da USP e pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. E-mail: rcordon@usp.br (11) 9.7150-5609


Willian Ortega – CRO PR 23.627. Graduado pela UNIPAR (Universidade Paranaense), especialista em Ortodontia e Pós- Graduado em Harmonização Orofacial. Diretor professor da Facial Academy. Especialista em Implantodontia pela Uningá. Consultório Cascavel/Pr (45) 9.9809-3334 - Consultório/SP(11) 4329-7854 e Consultório Campinas (19) 3308-3330 Site: www.facialacademy.com.br Instagram: @drwillianortega







*****

domingo, 23 de agosto de 2020

FÓRUM DISCUTE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA



Com o intuito de debater e buscar soluções para se atingir uma economia rica e sustentável, representantes da indústria e do governo federal participaram, nesta quarta-feira (19), do primeiro evento do Fórum Amazônia +21. A iniciativa tem como objetivo promover o mapeamento de perspectivas e buscar soluções para temas como biociência, tecnologia, meio ambiente, inovação e  sustentabilidade.

O encontro foi transmitido em uma live nas redes sociais. Na ocasião, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que o Brasil tem capacidade de possuir uma economia próspera e alcançar a liderança mundial a partir de projetos que reduzam a emissão de carbono e promovam trabalhos voltados para a bioeconomia.

“A indústria brasileira está entre as menos poluentes do mundo. Somos responsáveis e queremos contribuir para a criação de um modelo de desenvolvimento, que considere o potencial dos recursos existentes, garanta o desenvolvimento econômico e social a longo prazo e atenda às metas e compromissos assumidos pelo Brasil em diversos acordos, como o de Paris, por exemplo”, pontuou Robson.

O primeiro evento também contou com a participação do vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, general Hamilton Mourão. Na avaliação dele, a ideia é que os esforços não sejam voltados apenas para a repressão de crimes ambientais na Amazônia.

Apesar de isso ser fundamental, Mourão destaca que também é necessário criar um novo modelo de desenvolvimento pra região, baseado em pesquisa e inovação, e na bioeconomia. “Isso precisa ser baseado na rica biodiversidade, fazendo com que a bioeconomia efetivamente funcione, pare em pé e produza para a Amazônia, utilizando para isso as parcerias público-privadas”, destacou Mourão.

Repercussão no Congresso Nacional

A ideia da proteção, preservação e desenvolvimento da Amazônia também foi defendida pelo deputado federal Delegado Pablo (PSL-AM). O parlamentar entende que o desenvolvimento não está atrelado ao desmatamento, pois esta é considerada uma técnica antiga e rudimentar que não garante mais retorno financeiro.

Nesse sentido, Pablo defendeu a manutenção da Zona Franca de Manaus, que tem gerado emprego e renda para a população, de forma permanente e responsável. “Hoje em dia existem milhões de alternativas que podem ser aplicadas sem que a gente precise derrubar nossa floresta”, disse.

“O nosso Congresso Nacional tem que garantir que iniciativas como a Zona Franca de Manaus, por exemplo, que distribuem renda e garantem emprego para milhares de pessoas, sejam defendidas por parlamentares com unhas e dentes. Se a gente mantiver a Zona Franca de Manaus viva e competitiva, com certeza nós vamos garantir que a floresta fique de pé”, pontua o deputado.

Agenda

Na próxima quarta-feira (26), o Fórum Mundial Amazônia + 21 vai discutir o financiamento do desenvolvimento da região. O evento vai contar com a participação de representantes do Rio Terra, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do BNDES, do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros.  

A agenda do Fórum deve se estender até o mês de novembro. Nesse período, outros debates serão realizados levando em conta os quatro eixos temáticos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia: negócios sustentáveis, cultura, financiamento dos programas (funding) e ciência, tecnologia e inovação.  


***

sábado, 22 de agosto de 2020

"Mobile documentário" propõe direito a eutanásia e acesso universal a morfina

 



Lançado no YouTube, "Câncer Sem Censura" mostra a história, o dia a dia e as opiniões contundentes de um jovem com um tumor ao redor do coração


Omar Alexandre Gimenes tem 38 anos. Jovem, bonito e inteligente, ele está no corredor da morte.

Em 2018, depois de algumas sessões de quimioterapia, o ex-barman passou por uma cirurgia de peito aberto para a extração de um câncer do tamanho de uma bola de futebol americano, que envolvia seu coração e pressionava os dois pulmões, deixando-o sem fôlego até para as atividades banais do dia a dia. A operação foi malsucedida: o tumor estava tão intimamente ligado ao coração que os médicos pouco puderam fazer – rasparam o que foi possível e fecharam o imenso corte que ia do abdômen quase à altura do pescoço, transferindo para as sessões radioterapia a esperança de que o câncer pudesse ser derrotado. Mas elas também não funcionaram.

Desde então, Omar convive com a dor física do câncer e a angústia de saber que tem os dias contados – a rigor, todos temos, apenas não nos damos conta disso. Ele tem essa noção de forma muito clara, tão clara que mudou sua forma de enxergar o mundo e as relações humanas. E é assim que o tema é tratado no documentário “Câncer Sem Censura”, que expõe visceralmente a história e o dia a dia deste maranhucho (maranhense criado no Rio Grande do Sul) sem papas na língua e sem frescura para abrir o coração – neste caso, literalmente.

“A morte, para mim, é uma coisa muito natural. Viver e morrer são dois lados da mesma moeda, como o dia e a noite, o sol e a chuva, o nascer e o pôr-do-sol”, filosofa Omar, um jovem de mente aberta, adepto de filosofias orientais, que desistiu o curso de Engenharia de Minas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul depois de, segundo ele, descobrir que não era “tão inteligente quanto pensava”. “Ter a consciência verdadeira da morte é muito libertador. Estudo, carreira, fica tudo tão pequeno”, diz Omar, em um trecho do documentário.

As angústias, as alegrias, as dores, os desejos, as conquistas, as preocupações, enfim, tudo o que você sempre quis perguntar a um paciente oncológico mas nunca teve oportunidade – ou coragem para fazê-lo – são temas de dezenas de horas de gravação com o ex-barman, que não se esquiva de nenhum assunto. Morte, eutanásia, os efeitos devastadores da quimioterapia, as limitações físicas na hora do sexo, a dependência de medicação para dormir, a falta de apetite, todos esses – e outros inúmeros temas tão reais quanto pesados – são abordados com clareza e crueza, sem meias palavras, mais ou menos como fazem os médicos quando precisam dar uma notícia triste.

Ao expor as entranhas físicas e psicológicas deste fã da banda punk Ramones, que dedicou parte dos dois últimos anos a realizar um sonho dos tempos de adolescente – ter o corpo todo tatuado –, o documentário levanta o debate sobre o acesso universal à morfina no controle da dor. “Por que as pessoas precisam passar dias sem dormir, em posição fetal, praticamente inúteis, se existe morfina? Isso é muito desumano. Acho que nem em um presídio se sofre tanto”, afirma o jovem, que não mede palavras ao defender que pacientes oncológicos tenham direito a “uma eutanásia assistida”. “É a minha vida. Eu acho que tenho o direito de fazer essa escolha.”

Mas engana-se quem imagina um documentário repleto de chororôs e lamentações. O tema é pesado, sim, mas tratado com franqueza e sem lamúrias. É claro que há a emoção dos pais e da irmã, que sofrem com a possibilidade da perda de “um jovem com um futuro inteiro pela frente”, nas palavras de seu José, hoje morando em Teresina.

O documentário é um bate-papo aberto, sem censura. Ao final, o espectador sai com a impressão de que já conhecia Omar de algum lugar. Pudera: além de indicar alimentos a quem faz quimioterapia – “pasta de amendoim tem alto valor calórico e a gordura é de fácil digestão” –, o jovem mostra sua rotina de treinos na academia do bairro e, em algumas passagens, chega a contar suas aventuras sexuais durante o período de radioterapia. “Quando acabei, eu só pensava: que ganância! Pra quê? Só pra exibir pras visitas!”, diz, entre gargalhadas.

Quase inteiramente filmado com um celular e uma câmera semiprofissional – equipamentos profissionais só entraram na fase final de produção, em algumas imagens de apoio –, o documentário produzido, dirigido e roteirizado pelo jornalista Marcelo Monteiro em parceria com a publicitária Renata Mendonça preocupa-se pouco com a forma e muito com o conteúdo. Sem grandes recursos para começar as gravações e sob a incerteza de quanto tempo teriam para filmar – o caso de Omar é grave, e todos sabem desde o começo –, o trio decidiu iniciar com o que tinha em mãos, em maio de 2019: uma câmera semiprofissional Panasonic FZ-40 e um celular Samsung J7 Prime.

Em razão da definição das imagens – nem sempre com a qualidade que se esperaria de um documentário lançado em 2020 –, Monteiro brinca que o trabalho foi “pensado” para ser visto no celular. “Podemos classificá-lo como um mobile doc. Até porque, na tela pequena do celular, é mais difícil perceber as inúmeras vezes em que aparecem o tripé da câmera ou o fio do microfone de lapela”, afirma o jornalista, autor de dois livros-reportagem e com 27 anos de carreira preponderantemente na imprensa escrita.

No fim das contas, diante de conteúdos tão polêmicos e sensíveis – abordando, afinal, vida e morte –, por que se daria tanta relevância à forma? Ou, como diria Omar em outro trecho do documentário: “Tu passa a não te preocupar mais com a opinião dos outros. Na verdade, tá cagando pra opinião dos outros.”

Como se espera de um documentário, o enredo trata da vida real e, como tal, está longe de prometer ao espectador um final feliz. De toda forma, os últimos minutos do documentário são impactantes, com inesperadas reviravoltas, capazes de inspirar – como se fosse possível – ainda mais reflexões.

“As conversas com o Omar relembram que o melhor que se pode fazer na vida é estar presente. Sempre vou lembrar dele dizendo que pessoas mais velhas e doentes têm mais propensão ao que ele chama de ‘foda-se’ ativado. Ou seja, aquela liberdade/individualidade que o tempo em que vivemos insiste em diminuir”, comenta Renata. “Quase posso ouvi-lo falando que às vezes a gente pode identificar isso em pessoas tipo o cara que faz malabares no sinal, em quem rema contra a corrente, em gente de diversos locais e posições que consegue se descolar da lógica competitiva e meritocrática tão imposta atualmente.”

Na opinião do protagonista, o documentário “foi a melhor terapia que podia ter feito”. “Pra mim, o vídeo tá perfeito. Me emocionei muito. Por mais simples que tenha sido a produção, o documentário tá com muita verdade.”

LISTAS COM POSSÍVEIS 'FICHAS SUJAS' CHEGAM À JUSTIÇA ELEITORAL


Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) de todo o país já começaram a enviar à Justiça Eleitoral as listas com os nomes de prefeitos e gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas pelos órgãos de controle nos últimos oito anos. O envio das informações aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) está previsto na Lei nº 9.504/97. 

Segundo Marina Morais, especialista em direito eleitoral, os agentes públicos que tiveram as contas consideradas irregulares pelo TCE e que não têm mais a possibilidade de recorrer junto ao Tribunal devem constar no documento. É a partir dessa lista que a Justiça Eleitoral, baseada na leis da Inelegibilidade e da Ficha Limpa, define quem vai ficar de fora das eleições municipais, marcadas para novembro deste ano, explica. 

“Pela Lei da Ficha Limpa, quem tiver as contas rejeitadas, fica inelegível para as eleições que se realizarem nos oito anos seguintes contados da data da decisão que rejeitou as contas. Essa pessoa, assim que registrar o pedido de candidatura junto à Justiça Eleitoral, vai ter o pedido de registro negado”, afirma. 

Em Pernambuco

No estado de Pernambuco, o TCE entregou à Justiça Eleitoral local, na última sexta-feira (14), a lista com os nomes de quem teve as contas rejeitadas nos últimos oito anos. O documento traz o nome de 1.145 prefeitos e gestores e um total de 1.440 contas consideradas irregulares. 

Agora, cabe ao TRE de Pernambuco apreciar cada caso e dizer se essas pessoas vão ficar inelegíveis. Já o TCE prometeu divulgar na segunda quinzena de setembro informações detalhadas dos processos que constam na lista entregue à Justiça Eleitoral. Os cidadãos vão poder consultar, por exemplo, quais foram as irregularidades que levaram o órgão de controle a rejeitar as contas. 

O presidente do TCE de Pernambuco, conselheiro Dirceu Rodolfo de Melo Júnior, acredita que a lista serve para alertar aos cidadãos sobre quem não soube lidar corretamente com o dinheiro público, o que pode pesar na hora do voto. “Ao meu ver essa lista é aquela que mais responde à pergunta: ‘o candidato foi um bom gestor?’. Se a pessoa está nela, é porque não agiu muito bem como gestor, seja por uma questão de ilegalidade, ilegitimidade e, às vezes, por questões até mais graves”, aponta. 

Panorama

Levantamento parcial da Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) aponta que mais de 11 mil gestores públicos, incluídos prefeitos, vereadores e servidores, poderão ficar inelegíveis, se enquadrados na Lei da Ficha Limpa, por constarem nas listas enviadas pelos TCEs à Justiça Eleitoral. 

Entre as principais irregularidades estão não terem atingido o gasto mínimo com Saúde e Educação, recolhimento indevido de contribuições previdenciárias e atos de improbidade administrativa.  


***

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Mudanças fáceis ajudam a deixar o banheiro quentinho durante o inverno



Por ser revestido em cerâmica ou azulejo, o banheiro costuma ser o ambiente mais úmido e frio da casa, principalmente durante o inverno. Essa sensação gelada muitas vezes causa desconforto ao entrar no espaço, principalmente na hora do banho. Mas, com alguns simples ajustes, é possível deixar o cômodo mais quentinho. Nesse contexto, a Telhanorte apresenta dicas práticas para tornar o ambiente mais agradável durante os dias mais frios do ano.

Invista na decoração

Além de trazer um ar mais moderno, o kit de tapete ajuda a deixar as áreas mais usadas do banheiro com uma sensação térmica mais aconchegante, comenta Lívia Chervezan, coordenadora de mercado de organização da casa na Telhanorte. “O modelo felpudo é muito procurado, pois traz a sensação de aquecimento. Neste caso, é ideal verificar se o verso é antiderrapante para evitar acidentes”.



Outra opção de tapetes são os destinados ao box, que evitam o contato direto com o azulejo na hora do banho.


O uso de velas também ajuda a aquecer o ambiente, além de trazer uma sensação relaxante. Há diversos formatos, tamanhos e modelos disponíveis e, para os que preferirem, vale buscar pelas aromáticas que, além de aquecer, ainda perfumam o espaço.

Aquecedores

Uma mudança fácil e econômica para banheiros é investir em um aquecedor de ar portátil. É uma forma de deixar o espaço aquecido e também, caso seja necessário, utilizar em outros cômodos da casa. Só não se esqueça de checar previamente as informações de uso do aparelho.

Outra opção de aquecedores são os elétricos, que podem ser instalados em pias ou lavatórios. A maioria dos modelos possui as opções de água fria ou quente, o que permite a troca quando a estação mudar. Dessa forma, será muito mais agradável lavar o rosto ou fazer a barba nos dias frios.

Para a hora do banho

Os chuveiros elétricos são os mais utilizados no Brasil. O país é pioneiro nesse modelo de chuveiro e, por isso, é possível encontrar no mercado opções com valores mais acessíveis até os mais caros, com design arrojado. Seja qual modelo escolher - ducha, slim, ou oval - a maioria possui sistema de aquecimento eficaz, multitemperatura e fácil manuseio na instalação, o que possibilita deixar a hora do banho mais prazerosa.

Além disso, os chuveiros elétricos também se destacam pela ecoeficiência, devido a tecnologia aplicada para o aquecimento, sendo possível encontrar no mercado modelos que utilizam energia renovável. Dessa forma, o banho não será só quente, mas também econômico.

Precisa comprar algum produto para completar seu lar? Acesse telhanorte.com.br e garanta um preço justo e rápida entrega.


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

DIA NACIONAL DA HABITAÇÃO | Artemisia promove debate online



DIA NACIONAL DA HABITAÇÃO | Artemisia promove debate online para discutir habitação de interesse social e empreendedorismo de impacto

Alusivo ao Dia Nacional da Habitação, o evento online e gratuito Habitação de Interesse Social e Empreendedorismo de Impacto contará com painéis nos quais serão debatidos os principais problemas de moradia do país enfrentados, sobretudo, pela população em situação de vulnerabilidade social e como a readequação de uma casa insalubre pode ser uma faísca para a transformação social da vida de milhões de brasileiros. O evento acontece na sexta-feira, 21 de agosto, das 9 horas às 12 horas; e das 14 horas às 17 horas. Mais informações e inscrições: 

https://impactosocial.artemisia.org.br/eventohabitacao


Habitação de Interesse Social e Empreendedorismo de Impacto é correalizado

pela Artemisia, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), Vivenda, Gerdau, Tigre, Instituto Vedacit,

Votorantim Cimentos, CAIXA e Habitat para a Humanidade Brasil.

A urgência em olhar para a habitação como um elemento que impacta na saúde do cidadão e na possibilidade de acesso equânime a serviços e a políticas públicas foi confrontada pela pandemia. O aumento do risco de contrair a covid-19 se tornou realidade na vida de brasileiros que vivem em habitações inadequadas. Muitos não têm acesso à água encanada; outros, precisam dividir poucos metros quadrados com toda a família. No cotidiano dessas pessoas, as recomendações para conter a disseminação do vírus como manter os ambientes arejados ou adotar o afastamento de um membro da família com sintomas não é exequível pela alta densidade domiciliar. Em outras palavras, a qualidade das moradias e a concentração de muitos habitantes dentro e fora das casas se tornaram fatores de risco. Para debater a temática que envolve a moradia, seus impactos na preservação dos direitos humanos, o papel das grandes empresas e dos novos empreendedores no setor, a Artemisia correalizará o evento online Habitação de Interesse Social e Empreendedorismo de Impacto em 21 de agosto, das 9 horas às 17 horas. Informações e inscrições: https://impactosocial.artemisia.org.br/eventohabitacao

Na programação, o evento – alusivo ao Dia Nacional da Habitação – opta por um viés propositivo para falar da moradia e suas dimensões. Direito humano fundamental, o morar vai além do simples acesso a uma casa. Nessa ótica, a residência tem uma abrangência maior do que um teto e quatro paredes; interfere no acesso a serviços básicos e na relação com a cidade. As dimensões que envolvem a residência estão relacionadas tanto aos aspectos estruturais, jurídicos e financeiros, quanto aos emocionais e mais subjetivos, que abarcam valores afetivos e culturais. Ao transformar positivamente o morar em um espaço dotado de segurança, dignidade e conforto, vemos um impacto transversal e positivo na vida das famílias e da sociedade. Readequar uma casa insalubre pode ser uma faísca para a transformação social.

Segundo Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia e uma das coordenadoras do evento – promovido por uma coalizão formada pela Gerdau, Instituto Vedacit, Tigre e Votorantim Cimentos; e apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), da instituição financeira CAIXA, da Habitat para a Humanidade Brasil e do negócio de impacto social Vivenda –, a proposta é debater os reais desafios da habitação no país e avaliar os possíveis caminhos para endereçá-los, envolvendo especialistas de diferentes frentes do setor. “É urgente lançarmos um olhar sistêmico para esse contingente de seres humanos vivendo em condições inadequadas; situação que atinge milhares de famílias brasileiras em questões não apenas de saúde, mas em outras como autoestima, segurança, qualidade de vida, educação e empregabilidade”. A executiva salienta que os desafios que tangem as habitações de pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica no Brasil foram evidenciados pela pandemia, mas que estes são problemas complexos e históricos, que demandam ações conjuntas. “Para enfrentar problemas dessa magnitude, é preciso agir em colaboração, unir expertises de diferentes organizações e empresas que olham para os temas habitacionais. Apenas dessa forma é possível avançarmos na transformação necessária dentro desse setor”.

O evento Habitação de Interesse Social e Empreendedorismo de Impacto é correalizado pela Artemisia, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), Vivenda, Gerdau, Tigre, Instituto Vedacit, Votorantim Cimentos, CAIXA e Habitat para a Humanidade Brasil.

AGENDA | DIA NACIONAL DA HABITAÇÃO

9 HORAS | Inovação e Moradia: a visão da coalizão para o impacto social do setor

Painelistas: Paulo Boneff, head de Responsabilidade Social Corporativa da Gerdau, e Priscila Martins, diretora de Projetos e Programas da Artemisia.



10 HORAS | Empreendedorismo e pesquisa para impacto social em habitação

Mediador: Orlando Nastri Neto, consultor de Sustentabilidade do Instituto Votorantim.

Painelistas: Thomas Frischkenecht, manager da Kearney, Maurício de Almeida Prado

Diretor Executivo da Plano CDE e Edgard Barki, Coordenador do FGVcenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios).



11 HORAS | Arquitetura, engenharia e empreendedorismo de impacto social

Mediadora: Patricia Luz, conselheira Federal (pelo Estado do Rio Grande do Norte) do CAU-BR.

Painelistas: Guivaldo Baptista, conselheiro Federal do CAU-BR e professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mariana Estêvão, presidente da ONG Soluções Urbanas, Luciana Oliveira, engenhara civil e pesquisadora no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).



14 HORAS | A indústria da construção e os desafios da habitação

Mediadora: Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemisia

Painelistas: Marcos Campos Bicudo, presidente da Vedacit; Álvaro Lorenz, diretor-global de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Desenvolvimento de Produto e Engenharia da Votorantim Cimentos; Marcos Faraco, vice-presidente da Gerdau Aços Brasil, Argentina e Uruguai; e Otto von Sothen, CEO da Tigre.



15 HORAS | Colaboração e tecnologia para escalar o impacto em habitação

Mediador: Marcelo Coelho, empreendedor e CEO da Vivenda

Painelistas: Bruno Baldinot, fundador da Ambar; Mário Vieira, diretor-executivo da Habitat para a Humanidade Brasil; Samile Germana, empreendedora e diretora-geral da Abra Arquitetura; e Eline Letícia, empreendedora e diretora de operações da Abra Arquitetura.



16 HORAS | Alternativos de crédito para a moradia e fechamento
Mediador: Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit.
Painelistas: Morenno de Macedo, gerente executivo de Sustentabilidade e RSA da CAIXA, Marco Gorini, cofundador e CEO da Din4mo, Fernando Assad, empreendedor e cofundador da Vivenda e Rafael Salomão, gerente de Inovação e Relacionamento Corporativo do Grupo Tigre.

Mais informações e inscrições pelo site: https://impactosocial.artemisia.org.br/eventohabitacao

ARTEMISIA. Organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil. A Artemisia apoia negócios voltados à população de baixa renda, que criam soluções para problemas socioambientais e provocam impacto social positivo por meio de sua atividade principal. Sua missão é identificar e potencializar empreendedores, empreendedoras e negócios de impacto social que sejam referência na construção de um Brasil mais ético e justo. A organização já apoiou mais de 500 iniciativas em todo o Brasil em seus diferentes programas, tendo acelerado intensamente mais de 180 negócios de impacto social. Fundada em 2005 pela Potencia Ventures, possui atuação nacional. www.artemisia.org.br

GERDAU. Com 119 anos de história, a Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Com o propósito de empoderar pessoas que constroem o futuro, a companhia está presente em 10 países e conta com mais de 30 mil colaboradores diretos e indiretos em todas as suas operações. Maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: 73% do aço que produz é feito a partir desse material. Todo ano, são 11 milhões de toneladas de sucata que são transformadas em diversos produtos de aço. As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova Iorque (NYSE) e Madrid (Latibex).

INSTITUTO VEDACIT faz a conexão entre os negócios da Vedacit e os investimentos sociais. O intuito é contribuir para a construção de Cidades do Futuro, incentivando o empoderamento da sociedade, a melhoria na qualidade de vida da população e a integração entre pessoas, moradias e espaços urbanos. Suas linhas de atuação estão divididas em: Cidades Criativas - com projetos culturais que proporcionem maior ocupação e interação com os espaços públicos, estimulando a reflexão e o protagonismo da população na solução dos problemas locais; Cidades Inteligentes – contribuindo na formação de jovens com alternativas de trabalho e empreendedorismo; e Cidades Sustentáveis – com investimentos em negócios sociais e projetos esportivos que promovam a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar. O Instituto Vedacit é responsável pelo Portal Futuro das Cidades, criado para informar e estimular uma discussão diversa e construtiva sobre o amplo universo contemplado pelo conceito Cidade. www.futurodascidades.com.br.

VOTORANTIM CIMENTOS. Fundada em 1933, a Votorantim Cimentos é, hoje, uma das maiores empresas globais do setor. O portfólio de materiais de construção vai além dos cimentos e inclui concretos, argamassas e agregados. A companhia também atua nas áreas de insumos agrícolas, gestão de resíduos e coprocessamento. São quase 12 mil empregados e uma receita líquida de R$ 13 bilhões em 2019. As unidades da Votorantim Cimentos estão estrategicamente próximas aos mais importantes mercados consumidores em crescimento e presentes em dez países, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Luxemburgo, Marrocos, Tunísia, Turquia e Uruguai. Se no passado a Votorantim Cimentos tinha orgulho de ter contribuído para o desenvolvimento e a industrialização do país, hoje a empresa constrói o futuro com parcerias, diversidade, inovação e sustentabilidade, sempre focada em seu propósito: a vida é feita para durar. Mais informações em www.votorantimcimentos.com.br

TIGRE. Com uma história de quase 80 anos, o Grupo Tigre é o maior fabricante de materiais plásticos para construção e líder no Brasil em tubos e conexões de PVC. Sinônimo de pioneirismo e inovação, a Tigre oferece produtos que atendem os mercados predial, de infraestrutura, de irrigação e industrial. Presente em cerca de 40 países, possui aproximadamente 5,5 mil funcionários e 10 plantas no Brasil e 12 no exterior: Argentina (2), Bolívia (2), Chile (2), Colômbia, Equador, Peru, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai. Além de tubos e conexões, também fazem parte do portfólio as marcas Tigre Metais, Tigre Ferramentas para Pintura, Fabrimar (Metais sanitários) e Tigre-ADS (tubulações de PEAD para saneamento e drenagem).

CAU-BR. Autarquia federal que possui a função de “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo”. Também é obrigação do Conselho “zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo” (§ 1º do art. 24 da Lei nº 12.378/2010).

CAIXA. Empresa 100% pública e que exerce um papel fundamental no desenvolvimento urbano e da justiça social do país, uma vez que prioriza setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, contribuindo significativamente para melhorar a vida das pessoas, principalmente as de baixa renda. Além disso, apoia inúmeras atividades artístico-culturais, educacionais e desportivas, garantindo um lugar de destaque no dia a dia das pessoas, pois acredita que pode fazer o melhor pelo país e por cada um de seus habitantes. Para seus correntistas, a Caixa busca sempre oferecer os melhores serviços e as melhores opções de crédito, ajudando-os a concretizar seus sonhos, acumulando conquistas e sucessos em parceria com o povo brasileiro. Só um banco com a tradição e o conhecimento da Caixa para ser a poupança dos brasileiros há mais de 150 anos, e com muitos ainda por vir.

VIVENDA. Negócio de impacto social focado em realizar o sonho da casa linda na periferia de São Paulo. Para isso, oferece soluções como o Crédito Casa Linda (concessão de microcrédito e reformas para moradores e empreendedores da periferia); loja Vivenda (focada em materiais de construção; produtos de baixo custo e soluções de reforma na comunidade); e GeneroCidadeSP (doação de reformas para famílias em situação de risco). https://programavivenda.com.br/

HABITAT PARA A HUMANIDADE BRASIL. Organização global não governamental, sem fins lucrativos, que tem como causa a promoção da moradia digna como um direito humano fundamental. No Brasil há 28 anos, a Habitat Brasil já desenvolveu projetos em 11 Estados e transformou a vida de mais de 83 mil pessoas. https://habitatbrasil.org.br/

***

Carmen Ferrão assume presidência da Bienal do Mercosul


Marcello Dantas é anunciado como novo curador da mostra


Nesta quarta-feira, dia 19, em uma cerimônia virtual, a empresária Carmen Ferrão assumiu a presidência da 13ª Bienal do Mercosul. “Sempre fui encantada pelo projeto da Bienal, desde a primeira edição. Por isso, sou uma entusiasta e sempre busquei apoiar a mostra. Aliás, o apoio à cultura faz parte da minha trajetória. Acredito na cultura como um valor e por isso, hoje, estou muito feliz em assumir esse desafio”, declara.

Na cerimônia, realizada em estúdio e transmitida pelas redes sociais da Bienal, Carmen Ferrão apresentou a diretoria da sua gestão e anunciou Marcello Dantas como curador.

Segundo a empresária, o ano de 2022 será de muitos acontecimentos no Brasil, como os 100 Anos da Semana de Arte Moderna e 200 anos da Independência do Brasil. “A nossa Bienal 13 acontece em meio a todos esses acontecimentos e penso em uma mostra muito atrativa, disruptiva e que ao mesmo tempo seja inclusiva. Uma Bienal em que teremos o Poder Público, patrocinadores, galeristas e comunidade artísticas, todos juntos e com um pensamento integrado”, afirma. A respeito do apoio, a presidente completa: “eu gostaria que as pessoas entendessem o valor e a honra que é investir em uma Bienal. É muito significativo, é uma construção de imagem”, conclui.

Curador: Marcello Dantas

Depois de analisar uma extensa lista e realizar um amplo estudo sobre curadores do mundo inteiro, Carmen Ferrão escolheu o brasileiro Marcello Dantas para curador da Bienal 13. “O Dantas tem uma experiência internacional muito grande e tenho a certeza de que vai entender tudo que queremos transmitir”, fala.

Após uma ampla discussão a respeito dos conceitos de arte e do momento desafiador que mundo enfrenta, a presidente da Bienal e o curador construíram juntos o conceito para a 13ª edição da mostra: Trauma, Sonho e Fuga.

“Estamos vivendo um dos maiores processos de alcance global que a humanidade já viveu. É quase inevitável que os artistas respondam criativamente ao imenso impacto da pandemia. Tudo será questionado e tudo está em transformação”, explica Dantas. “O mundo nos mostra que em grandes tragédias da humanidade, a arte veio depois com todo seu vigor, como um acalento, como um turbilhão de criatividade. Os artistas estão realmente vivendo um momento de inúmeras possibilidades e uma oportunidade ímpar no nosso momento de vida”, completa Carmen.

Diretoria Bienal do Mercosul – Gestão 2020/2022

Presidente: Carmen Ferrão
Vice-presidente: Alexandre Brandão Skowronsky
Diretora de Eventos e Relacionamentos: Ana Sondermann Espíndola
Diretor Jurídico: André Jobim de Azevedo
Diretor de Arte: Carlos Carrion de Brito Velho
Diretora de Planejamento: Fernanda Geyer Ehlers
Diretor de Intervenção Urbana: Jonathan de Leon Peres
Diretor de Espaços Culturais: Mário Englert
Diretor Administrativo e Financeiro: Rafael da Costa Pizzato
Curador: Marcello Dantas

***



quarta-feira, 19 de agosto de 2020

10 DICAS RÁPIDAS PARA A CRIANÇA PERDER MEDO DE DENTISTA

 



O medo do dentista, pode atrapalhar a qualidade bucal de crianças e também de adultos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 15% da população de um país sofre desse medo. O medo sentido pela maioria das crianças, pode se tornar um ainda maior se não existir um tratamento correto e uma boa adaptação entre o odontopediatra e o paciente.

Por isso, a Dentista Musical (Dra Simone Cesar- CRO-SP:75.070), separou 10 dicas simples e fáceis para seguir com os filhos e evitar maiores problemas com a higiene bucal:

1) Um dos primeiros passos, para que esse medo não exista é levar a criança o quanto antes ao dentista. Após o primeiro dentinho, por exemplo, dessa forma a criança criará uma sensação de aproximação com o lugar que cuidará bem dela. Quando as crianças passam a frequentar o dentista mais velhas, podem já criar uma opinião devido ao que já escutaram em relação as consultas.

2) Fale apenas o necessário, nunca use frases negativas, principalmente se o contato for inicial. Muitas vezes, o medo não passa na cabeça da criança e quando são usadas frases como: não vai doer, isso pode gerar um medo desnecessário.

3) Aproveite o momento em família para ensinar a rotina de cuidados com os dentes, desde pequenos os filhos criam os mesmos hábitos que seus pais. Portanto, a criança gostará de copiar o que os pais fizeram. Durante o ato de escovar os dentes, usa artifícios lúdicos como contar uma história ou brincadeira que envolva a escova e o creme dental.

4) Escolha um dos personagens favoritos do seu filho, como um urso de pelúcia por exemplo e leve ele para a consulta. Dessa forma, o odontopediatra conseguirá examinar o brinquedo, passando segurança e confiança para a criança.

5) Evite levar os filhos em suas consultas, procedimentos como extração de dentes ou canal podem deixar a criança com medo.

6) Nunca use o dentista como forma de ameaça ou recompensa. Não associe uma bronca, com a ida ao dentista. Nada de dizer: “Se você não comer direito, vou te levar ao dentista” ou “Se você se comportar bem na consulta hoje, vai ganhar um presente”. É importante que a criança entenda a importância da ida ao dentista, sem precisar receber algo em troca.

7)Se a criança tiver um irmão(ã) mais velho, leve a criança para observar a maneira como o outro se comporta. Assim, perceberá que a ida ao dentista é algo de rotina e que não acontecerá nada de ruim.

8) Não faça ameaças para a criança e nem comente que precisará tomar injeção se não se comportar, todos os profissionais são capacitados para usar a melhor abordagem psicóloga de acordo com a necessidade de cada procedimento.

9) Escolha um profissional especializado em crianças, é importante que além do cuidado do profissional com o paciente, o ambiente também possa fazer parte da imagem que a criança criará do dentista. Por isso, procure sempre opções que proporcionem uma experiência e não só uma consulta.

10)Fale sempre a verdade. Diga que é preciso ir ao dentista para cuidar dos dentinhos, com calma e sinceridade. Não tente enganar a criança.

Sobre a Dentista Musical

Uma dentista modificando o atendimento a pacientes infanto juvenis por meio da música. Dra. Simone Cesar I CRO-SP: 75.070 é especializada em odontopediatria pela Universidade de São Paulo (USP) e ortodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). A especialista usa mídias sociais para se conectar aos pacientes e tornar as consultas leves e divertidas. Simone Cesar, odontopediatra com quase vinte anos de atuação, reinventou sua carreira há dois anos utilizando música e mídias sociais para fazer crianças e adolescentes perderem o medo de ir ao dentista. Conhecida como Dentista Musical, a profissional reúne mais de 1,1 milhões de seguidores no TikTok e 88,1 mil no Instagram, além dos 11,1 mil inscritos em seu canal no Youtube.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

MAIORIA DOS INFECTADOS POR COVID-19 JÁ ESTÁ RECUPERADA


Mais de 73% das pessoas contaminadas pela Covid-19 no Brasil já estão recuperadas






O Ministério da Saúde divulgou os números relativos à pandemia da Covid-19 no Brasil. Nesta quinta-feira (13), o Brasil registrou 105.463 mortes por causa do coronavírus, o que representa um aumento de 1.262 óbitos nas últimas 24h. Entre a quantidade de pessoas infectadas pela doença, o país chegou à marca de 3.224.876 casos.

SUS vai adotar vacina para a Covid-19 que estiver pronta primeiro, diz MS

Orçamento de Guerra contra Covid-19 poderá contar com 224 milhões, segundo IPEA

O número de pacientes recuperados está em 2.356.640 e já representa pouco mais de 73% das pessoas que estiveram doentes. Permanecem em investigação, 3.411 casos suspeitos de Covid-19. Esses são dados baseados nas informações enviadas por estados e municípios.

Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul e Tocantins são as Unidades da Federação onde a doença atingiu menos pessoas e causou menor número de mortes. Enquanto isso, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará são os estados com maior quantidade de casos registrados no país.

Fonte: Brasil 61

Galinha Pintadinha participa da primeira campanha do Spotify para a TV





Vídeo sobre vantagens do plano Premium Família da plataforma de streaming mostra uma família viciada nos hits da artista


A Galinha Pintadinha, fenômeno da internet e uma das marcas infantis mais queridas pelos pequenos, é uma das “estrelas” da primeira campanha na televisão aberta feita pela plataforma de streaming de música Spotify a respeito dos benefícios de utilizar o plano Premium Família. Em um dos filmes, a campanha retrata uma família fantasiada de Popó e viciada no hit “A Galinha Pintadinha e o Galo Carijó”.

O plano divulgado na campanha, que ficará no ar até 8 de setembro, dá acesso a até seis usuários que morem no mesmo endereço e oferece uma playlist exclusiva com as músicas mais escutadas por toda a família, além de conceder acesso ao aplicativo Spotify Kids.

A Galinha Pintadinha marca presença em diversos serviços de streaming, como Netflix e também Spotify. Na plataforma, o perfil da Popó conta com mais de 350 mil ouvintes mensais e possui 5 álbuns disponíveis.

A Popó e sua turminha têm quatro vídeos que ultrapassaram 1 bilhão de views no YouTube: Pollito Amarillito (Pintinho Amarelinho) e Mariposita (Borboletinha) no canal em espanhol, e Upa Cavalinho e Dona Aranha no canal em português.



Sobre a Galinha Pintadinha

Fenômeno da internet brasileira, a Galinha Pintadinha é hoje uma das marcas infantis mais queridas do mundo. Presente na vida dos pequenos desde cedo, ela é considerada o “primeiro personagem do bebê”, sendo uma das franquias mais fortes junto ao público pré-escolar de até cinco anos, com 100% de aprovação dos pais, das mães e das próprias crianças. Surgida de um vídeo no YouTube, em 2006, esse projeto musical viralizou na rede. Depois disso, toda a trajetória da Galinha está registrada em recordes de visualizações e parcerias de sucesso: cerca de 3 milhões de DVDs vendidos, centenas de produtos oficiais licenciados e mais de 17 bilhões de views dos canais em português e internacionais. Disponível nos principais serviços de streaming como a Netflix, a personagem também está na televisão, na TV Cultura, no SBT e no canal Nat Geo Kids, com episódios especiais da série “Galinha Pintadinha Mini”, que traz novas historinhas, atividades educativas e conteúdos inéditos.

 Para mais informações, acesse www.galinhapintadinha.com.br.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Agosto Dourado: amamentação é método de medicina preventiva para doenças cardiovasculares futuras

Dr. Francisco Simi - Foto: Samantha Ciuffa / Divulgação
Estudos mostram que a prática traz inúmeros benefícios ao bebê e também à mãe


No mês de agosto, em que se celebra e se incentiva o aleitamento materno, é importante trazer o conhecimento dos seus benefícios e os motivos pelos quais essa prática deve ser encorajada e difundida. Um deles é a prevenção e a redução de chances desta nova vida desenvolver doenças cardiovasculares no futuro, de acordo com pesquisa recente publicada na Obstetrics and Gynaecology (leia mais abaixo).

O leite materno é chamado “alimento de ouro” devido à sua riqueza única em proteínas, açúcares, gorduras, vitaminas, água e glóbulos brancos, prevenindo infecções, alergias e doenças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele deve ser a única fonte de alimentação do bebê em seus primeiros seis meses de vida. Cumprindo essa recomendação, diversos estudos indicam que a amamentação traz, além de muita saúde para o bebê, benefícios também à mãe. "O leite materno é o melhor e único alimento que é completo em todos esses aspectos", destaca o médico cirurgião vascular, Francisco Simi.

Saúde cardiovascular

Uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, publicada na Obstetrics and Gynaecology, mostra que das 140 mil mulheres que participaram do estudo, as que amamentaram durante o período de um ano mostraram 10% menos riscos de apresentar enfermidades cardíacas e AVC (acidente vascular cerebral), em comparação às mulheres que nunca amamentaram.

Outra pesquisa publicada na American Heart Association (AHA), evidencia a redução de riscos de infarto a longo prazo, bem como menores incidências de AVC. Segundo os estudos, isso acontece porque a amamentação "emagrece", ou seja, diminui a gordura do corpo, auxiliando para uma melhor saúde cardiovascular.

Banco de Leite Humano de Bauru

Para as mães que não podem amamentar, em Bauru existe o Banco de Leite Humano, onde a doação do leite materno é feita de maneira segura e, em tempos de pandemia, a coleta pode ser agendada através do telefone (14) 3226-3227. "Essa é uma questão também muito importante. As mães que puderem fazer as doações com frequência podem se sentir seguras, que terão essa coleta em suas casas. Assim, o Banco de Leite Humano de Bauru terá sempre estoques cheios", finaliza Simi.

Toda mulher lactante é elegível para ser doadora, desde que não esteja fazendo uso de algum medicamento que interfira na amamentação.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Como o SAMU atua em meio à crise do Covid-19



“Quando a USA chega, é para brilhar. Ela chega como estrela.” As palavras da enfermeira Ana Paula Yung, 49 anos, definem o que o trabalho dentro da Unidade de Serviço Avançado (USA) representa para ela. Nascida mineira, a profissional da saúde mora hoje no entorno do Distrito Federal (Valparaíso de Goiás) e atua na região administrativa do Gama, distante 34 km do Plano Piloto, sede do poder local e federal. São 11 anos dedicados a correr contra o tempo para salvar vidas e contar histórias – e isso ela tem de sobra. “Aqui é minha primeira casa”, decreta.


A unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) à qual Ana Paula se refere é considerada avançada por ter um médico compondo a equipe e para atender pacientes em casos mais graves. As demais são consideradas básicas, usadas em atendimentos de menor complexidade. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do DF, o Samu tem hoje 30 unidades de suporte básico e oito de suporte avançado.

A frota distrital conta ainda com 20 motolâncias, utilizadas para chegar mais rapidamente ao local do acidente e iniciar os procedimentos até a chegada da ambulância, e um helicóptero compartilhado com o Corpo de Bombeiros do DF, que prioriza atendimentos de longa distância, múltiplas vítimas, vítimas presas em ferragens e atendimentos que exigem mais velocidades, como infartos e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 3,7 mil unidades móveis estavam habilitadas até julho deste ano. Desse total, 3,4 mil são ambulâncias, que cobrem cerca de 3,8 mil municípios espalhados por todo o Brasil. São mais de 177 milhões de pessoas alcançadas com o atendimento.


Assistência à população

“Só o usuário que precisou do serviço do Samu sabe o quanto ele é importante”, crava o diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do DF, Alexandre Garcia. Doutor Garcia, como é conhecido entre a equipe, revela que o sistema recebe cerca de um milhão de ligações por ano. Dessas, 275 mil vão parar no telefone dos médicos da corporação. “Na ligação, eles orientam de alguma maneira ou fazem uma intervenção”, explica.

E são dessas ligações para os médicos que surgem os trabalhos para o Samu. Por ano, são realizados cerca de cinco mil transportes e remoções de um hospital para outro e 75 mil intervenções no próprio local do acidente ou ocorrência. “Todo ano, entre 75 e 80 mil pessoas são atendidas pelo Samu”, contabiliza o diretor.






Em um cenário de crise global na saúde, causada pela pandemia do novo coronavírus, Garcia assegura que o trabalho do Samu ficou mais evidente. “As pessoas que precisam do serviço estão usando-o e as pessoas que têm dúvida sobre o coronavírus também, embora o número de ligações não tenha aumentado tanto”, revela o médico. Em março e abril, o número passou de 75 mil para 60 mil.

Garcia atribui essa estabilidade ao serviço conjunto com a Secretaria de Segurança Pública por meio do Telecovid, que, até maio, já tinha registrado 8.518 ligações de cidadãos com dúvidas ou buscando orientação sobre a covid-19. “As ligações são para orientar as pessoas para se acalmarem, para evitarem espaços públicos, para o uso adequado de máscaras e álcool em gel”, enumera.

“No entanto, o número de intervenções aumentou. A gente fazia em torno de 300 transportes por mês. Em junho, foram 513 – metade foi de pacientes com covid”, pondera o diretor do Samu no DF.


Unidades renovadas

A frota do DF foi renovada no ano passado. Essa renovação é feita pelo Ministério da Saúde a cada cinco anos, segundo o médico do Samu, mas as unidades do DF foram trocadas pela Secretaria de Saúde local. As manutenções estão em dia e todas possuem seguro e GPS, para que as unidades de controle acompanhem a viagem, caso necessário. “As viaturas mais antigas que temos são de 2018”, comemora Garcia.

“Os equipamentos são preconizados pelo Ministério da Saúde, eles são perfeitos. Temos até algo a mais para oferecer aos pacientes”, orgulha-se o médico. Contudo, as distâncias são os grandes limitantes. “A gente distribui as 38 viaturas em pontos espalhados pelo DF. Temos 18 pontos que servem para diminuir o que chamamos de tempo/resposta.”

O número de viaturas depende de critérios do Ministério da Saúde. Cada carro com médico (a) e enfermeiro (a), a chamada Unidade de Suporte Avançado, é direcionado para atender, em média, 450 mil habitantes. Uma de suporte básico, com condutor (a) e técnico (a) de enfermagem, atende entre 100 e 150 mil habitantes. “O DF, que tem em torno de três milhões de habitantes, é contemplado com as oito avançadas e 30 básicas. Aos olhos do ministério, esse dimensionamento é correto, mas a gente sente falta de um pouco mais”, confessa.


Frente à frente com o coronavírus

A reportagem do Brasil 61 acompanhou um plantão de uma ambulância do Samu no dia 23 de julho, das 7h às 19h, e conta como foi a experiência.

O plantão da equipe do Gama pela manhã começa às 7h. O Samu trabalha em esquema de plantão – são 24 horas, sete dias por semana. A enfermeira Ana Paula Yung é quem “comanda” a viagem. A experiência permite o cargo. Mãe de três filhos – dois do coração, como ela mesma afirma –, Yung divide agora todo o tempo disponível entre a mãe idosa, que mora com um irmão, e os pacientes que conhece no dia a dia. “Meus filhos já são todos criados. Só vou para casa para comer e dormir”, diverte-se.

Em tempos de covid, a rotina começa com a lavagem da ambulância. A limpeza é feita a cada troca de paciente, intensificada nessa pandemia. Alguns hábitos, como usar máscaras e luvas, foram somados ao uso de capotes, face-shield (máscara-escudo) e roupas mais fechadas, para evitar qualquer tipo de contaminação. Dentro do centro de controle da região administrativa, funcionários tiveram que se adaptar às mudanças impostas pela pandemia. “Antes, entrávamos e saímos pela porta da frente. Agora, ao chegar de uma ocorrência, precisamos passar pela porta de trás, deixar os macacões, botas, tudo aqui, antes de entrar”, revela o médico Hítalo Ferraz, 34 anos, que acompanhou a reportagem durante a viagem.

Com tudo pronto e todos devidamente paramentados, o tablet com as ocorrências já está ativado e devidamente logado com os nomes dos integrantes de cada equipe. Dentro da única USA disponível para o Gama, que também atende a região vizinha de Santa Maria (DF), vão a enfermeira Ana Paula, o médico Hítalo Ferraz e Paulo Roberto, 46 anos, condutor do carro.



Antes de o tablet apitar com alguma ocorrência, Yung faz o check list diário dentro da viatura. Minuciosamente, a enfermeira verifica cada item que pode se tornar necessário para salvar vidas. Ela examina os aparelhos que auxiliam na respiração de pacientes com covid, os remédios necessários para sedação ou para aliviar a dor de quem aposta no serviço móvel. “O médico vai dizer se precisa intubar ou não. Se ele disser que vai, o enfermeiro vai perguntar para ele qual o número do tubo”, adianta. Ao contar sobre o trabalho essencial da enfermagem, Yung vai listando cada passo a ser tomado em uma decisão tão séria como a de intubar o paciente. “Não é chegar e ‘vamos improvisar’. Não! É tudo preparado antes”, frisa a profissional. “Muitas vezes a gente improvisa? Improvisa, mas se não estiver tudo funcionando corretamente, a USA não vai brilhar.”

O tablet apitou. É hora de correr. A equipe entra no carro e segue em direção ao Hospital Regional do Gama (HRG). As demandas são filtradas e distribuídas pela central de controle geral, localizada no Plano Piloto e comandada pelo diretor Alexandre Garcia. A primeira ocorrência do dia é o transporte de um paciente em estado grave, acometido pela covid-19. Dentro da ambulância, a expectativa é de mais um dia de surpresas – algumas boas, outras nem tanto.

São 8h05. A ambulância estaciona em uma entrada do hospital reservada somente para pacientes com o novo coronavírus. No DF, até a data dessa ocorrência, já eram mais de 92 mil casos confirmados da doença e 1,2 mil mortos. Segundo dados do Painel Covid, lançado pela SES-DF, o Gama registrou quase 4,5 mil casos até 25 de julho – 76 vidas foram ceifadas até então.

O paciente a ser transportado tem 42 anos e está em um dos boxes de emergência do HRG. Ele está intubado e instável, o que faz com que a equipe do Samu e a do próprio hospital demorem mais de uma hora até que possa ser transportado dentro da ambulância. O trabalho é delicado e inspira cuidados. A vítima não apresentava nenhuma comorbidade. No dia da transferência para um leito de UTI, o paciente completava cinco dias de intubação.


O enfermeiro Edmar Teixeira, 30 anos, é quem auxilia a equipe do Samu na ocorrência. No local com seis leitos de urgência, Edmar revelou já ter 13 pacientes em estado grave. “A gente tem que fazer gambiarra”, alerta o enfermeiro. “Se as pessoas vissem essa realidade, acho que daria um choque nelas”, observa.

Com o paciente estabilizado, é hora de levá-lo para a ambulância. Hítalo Ferraz adianta que a covid-19 tomou 75% do pulmão do paciente. “A doença é nova, não sabemos se ele recupera a capacidade do pulmão”, lamenta o médico. O condutor da ambulância, Paulo Roberto, ajuda em todo o processo. Ele sempre está ao lado da enfermeira e do médico, auxiliando no transporte e remoção dos pacientes. “A gente auxilia e conduz também. Eu gosto do serviço, é muito gratificante. A gente ajuda as pessoas, né? É muito bom”, comenta, com jeito tímido e manso, que contrasta, muitas vezes, com a rotina pesada.

Já são quase 10h. A demora em estabilizar o paciente faz o médico Hítalo promover o paciente de grave para gravíssimo. “Pode ligar a sirene, Paulo”, avisa. Uma certa tensão toma conta do carro. O jeito mais tranquilo de dirigir a viatura dá lugar a um condutor de olhar mais preocupado e a ambulância parece ganhar asas quando ele acelera rumo ao Hospital das Forças Armadas (HFA), hospital militar de Brasília.

Após quase uma hora entre os trâmites de remoção, a família chega apreensiva em busca de notícias. Com as informações repassadas, a unidade móvel parte para a primeira descontaminação e troca de equipamentos de proteção individual (EPIs), que ocorre cada vez que um paciente contaminado é transportado ou removido.

Uma breve pausa para esticar as pernas, beber o primeiro copo de água após horas e almoçar rapidamente. É a chance de ir ao banheiro também – não se sabe quando haverá oportunidade. Os momentos de tranquilidade são interrompidos pelo apito do tablet, que recebe as demandas do dia. Agora é a vez de um paciente internado no Hospital Regional do Paranoá (HRPA), distante quase 55 quilômetros do Gama, região de origem da ambulância.

A vítima apresenta problemas cardíacos e suspeita de covid-19 (no exame de imagem, o pulmão se assemelha a um “vidro fosco”, um dos sintomas de doenças respiratórias, o que pode indicar infecção pelo novo coronavírus), mas está consciente. A ocorrência é considerada de urgência pelos problemas cardíacos do homem, que tem por volta de 60 anos. Ele conversa com o médico, explica a condição, e dali a equipe parte para o Hospital de Base, um dos centros de referência em saúde de Brasília.

Não há nenhuma certeza de que o paciente conseguirá um leito por lá, visto que ele foi para uma espécie de avaliação. Os médicos do Base observam a condição do paciente, debatem com a equipe do Samu (há todo um processo burocrático por trás dessa “mera” avaliação) e, por fim, decidem pela internação – a situação dele poderia se agravar, ainda mais com a suspeita da doença.

Com o paciente devidamente internado, é hora de partir para a segunda descontaminação do carro e a segunda troca de EPIs. Com a pandemia, os procedimentos de segurança foram redobrados. Touca, propé, dois pares de luvas, capote, duas máscaras, óculos especiaies ou face shield para proteger também os olhos. Alguns são descartáveis a cada contato com paciente infectado, outros são devidamente higienizados e reutilizados, como é o caso da máscara-escudo.

E a cada troca e higienização, o olhar de alívio parece surgir em cada rosto, dando oportunidade para troca de gentilezas e de companheirismo. Ao conseguir colocar a máscara sozinha, a reportagem do Brasil 61 foi elogiada. “Conseguiu colocar a máscara sozinha? Brilhou”, brinca o médico Hítalo Ferraz.


Já são 16h45. Ana Paula Yung, Hítalo Ferraz e Paulo Roberto sinalizam que o dia 23 de julho de 2020 foi “atípico”. Na opinião do trio, houve uma certa demora em estabilizar os pacientes, o que é essencial para o transporte, e avisam que são raras as vezes em que eles não retornam para a base, no Gama, entre uma ocorrência e outra. “Normalmente, a gente remove um paciente, volta para a base e fica aguardando o próximo chamado, é até tranquilo. Hoje foi atípico”, pontua Ferraz.

Ana Paula conta que a média de atendimento é entre três e quatro pacientes por dia, devido ao tempo para checar o paciente, estabilizá-lo e transportá-lo com segurança de um lugar para outro. “Mas já chegamos a atender sete”, lembra Yung.

Dessa vez, a terceira missão da equipe será em Santa Maria, local com quase três mil casos confirmados da doença até a data da visita. A paciente está na UTI do HRG, local já visitado pelo Samu pela manhã. A paciente agora é uma senhora de 91 anos. Segundo relato dos netos, a avó estava firme no distanciamento social. Lúcida e muito ativa, ela não recebia visitas dos familiares desde março, quando a doença despontou no DF. “Por um descuido, ela estava sentada e, ao levantar, quebrou a perna”, conta o neto, que preferiu não se identificar.

Com os olhos marejados, ele relembra já com saudades as histórias da matriarca e revela a tristeza pelo descaso do sistema de saúde. Um levantamento da Secretaria de Saúde distrital mostra que a taxa de ocupação dos leitos de UTI no DF, na segunda quinzena de julho, já chegava a 91,39% na rede privada e ultrapassava os 76% na rede pública. Na data, dez hospitais da unidade federativa já estavam completamente ocupados. “Demoraram muito para tomar alguma providência. Já são quase 20 dias (a contagem foi feita no dia 23 de julho). Ela chegou com uma perna quebrada e está saindo com covid-19, que pegou dentro dentro da UTI”, critica o rapaz.

Após uma hora, a equipe sai da UTI do Hospital Regional do Gama em direção ao Hospital Regional de Santa Maria. Com todo o cuidado que a paciente inspira, é colocada dentro da ambulância. A senhora é a segunda paciente do dia a ser “promovida” de grave para gravíssima. Pelo andar do relógio, que já marca quase 18h, o trânsito impede que a viatura siga mais veloz rumo ao centro de saúde.

O sol já está se pondo. A equipe corre contra o tempo para que a mulher de 91 anos chegue estável e com vida após a transferência de hospitais. A família vem logo atrás, com um misto de tristeza com esperança. “Está nas mãos de Deus. Não estamos preparados”, diz a neta, enquanto as lágrimas correm pelo rosto. “Ela estava lúcida. Minha mãe ligou para ela esses dias e ela perguntou por mim, sabia o nome de cada um dos filhos e netos. Agora a rotina dela mudou toda”, diz, ainda inconformada.

Hítalo deixa a paciente e tenta tranquilizar os parentes. “O estado dela é gravíssimo, mas ela já está na UTI e sendo cuidada.” Agora, está nas mãos dos médicos – para os familiares, as mãos de Deus também vão ajudar. 

Quase 19h. A ambulância vai agora passar pela última descontaminação antes do próximo plantão, que começa em poucos minutos. A troca final de equipamentos do dia revela os rostos marcados pelas máscaras, que muitas vezes apertam, incomodam, machucam. Com essa dor, é possível se acostumar. Faz parte do ofício. Mas a dor de lidar com um inimigo invisível, que já separou do convívio tantas famílias, com essa ainda não aprendemos a conviver.

“Sempre vai ter alguém esperando pelo paciente em casa. Eu tento fazer o melhor dentro das condições que a gente tem. Sempre tento transportar o paciente com segurança e estabilidade para que ele não corra riscos”, externa o médico Hítalo Ferraz. Ele, que ainda é um “calouro” no Samu – está há menos de um ano na corporação –, acredita que a união da equipe é capaz de superar qualquer obstáculo de tempo. Ana Paula Yung reforça isso.

“Ali não é só um paciente. É o amor de alguém, é um pai, uma mãe, é alguém especial.” O transporte e remoção de amores é apenas uma das funções das equipes do Samu. Elas brilham mesmo.


Do transporte à emergência

Aos 36 anos, a enfermeira Hauanne Calasans já viu de tudo um pouco. Esse ano, ela completa sete anos exercendo a profissão que ela aprendeu a amar. “Na época, eu não tinha muita opção, pelas condições. Fiz o curso, mas aprendi a amar, eu amo a minha profissão”, derrete-se ela, que atua há 15 anos também como técnica de enfermagem.

Hauanne não é só técnica e enfermeira. Ela também é mulher, filha e mãe de duas crianças – um menino de quatro anos e uma pequena de dois anos. A dupla é imbatível e divide o tempo da enfermeira entre as músicas infantis e o socorro com os pacientes no Hospital Regional da Samambaia (HRSAM), a mais ou menos 30 quilômetros do Plano Piloto (DF).

A clínica médica, onde ela trabalha hoje, tinha uma rotina completamente diferente da realidade de hoje, diante da pandemia de covid-19. “Antes dessa loucura toda, o perfil dos pacientes que atendíamos era de pessoas totalmente dependentes, acamadas, com doenças crônicas. Grande parte era de idosos com sequelas de AVC, jovens com algum trauma e que, por isso, ficaram sequelados”, elenca. “Até então, a gente achava que trabalhava no limite”, relembra.

Após o número de casos disparar no DF e na região administrativa de Samambaia – até o dia 25 de julho, seis mil casos foram registrados –, esse perfil foi por água abaixo. “O perfil do hospital inteiro mudou. A gente nunca sabe qual é o nosso limite até chegar ao limite”, desabafa. O centro de saúde era dividido em alas e cada uma com uma especialidade diferente. Com o advento da pandemia, a unidade atende basicamente pacientes acometidos pelo novo coronavírus.

“O que antes eram casos isolados, agora se transformou em uma realidade inacreditável”, conta. Todo o hospital agora só recebe pacientes com a doença. “Eu não acreditava que a gente fosse chegar a esse nível. Pensava que poderiam acontecer alguns poucos casos. Foi gradativo, mas muito rápido. O que tínhamos antes acabou”, diz Hauanne.

Ela aproveita para ressaltar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem mostrado a importância de se democratizar o acesso ao serviço. “É o bom e velho SUS fazendo milagres em um momento como esse. Mas é nesse momento que se mostra a força desse sistema, que é muito bonito apesar de toda a dificuldade. Ele precisa ser valorizado”, clama a enfermeira. “Antes da pandemia, a gente tinha que matar um leão por dia, agora são dois. Valorizem os profissionais da saúde e o SUS.”

Ela critica a atuação do governo local e federal diante do cenário da maior crise sanitária global do século. Os profissionais na linha de frente estavam sendo testados a cada 15 dias, procedimento que foi suspenso de uma hora para outra. “Muitos colegas testaram positivos e não apresentaram nenhum sintoma. Eles podem infectar todos à volta, isso é uma falha muito grande, a meu ver, o que aumenta o tempo de afastamento dos profissionais”, endossa.

Calasans adverte, ainda, para a decisão federal de colocar a economia acima de vidas. “Falar sobre isso pode até ser fácil para mim, que sou servidora pública e tenho meu dinheiro garantido todo mês. Eu entendo que é difícil a situação de quem precisa trabalhar fora, do autônomo, do dono do bar, do dono da escola, mas a decisão de reabrir tudo foi precipitada. A impressão que tenho é que as pessoas colocaram mesmo o dinheiro acima de tudo, inclusive da vida. O reflexo está aí”, lamenta, lembrando que o Brasil ultrapassou a marca de 2,3 milhões de casos positivos da doença e chora os mais de 85 mil mortos. “É fato, a vida continua. Mas para muitos não continuou.”

Nesse momento, a saúde psicológica também fica afetada. “A gente também tem medo. Tem medo de se contaminar, contaminar as pessoas da família. Alguns têm a chance de ficar em locais afastados, como hotéis, mas não é o meu caso”, avisa. Ela mesma já ficou afastada do trabalho, alegando estresse causado pelo colapso na saúde.

“Torço para que as pessoas voltem a ter aquela comoção do início da pandemia. Muitos estão passando fome, sem emprego. Então, se cada um fizer sua parte, ajudando o próximo e ficando em casa, em segurança, as coisas podem ser diferentes”, conclui a enfermeira, ainda otimista à espera de uma vacina e de dias melhores.

Fonte: Brasil 61


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Força Tarefa Cidadã aponta irregularidades dos municípios nos gastos relacionados à Covid-19




De acordo com ação do Observatório Social do Brasil, 90% das prefeituras analisadas não são transparentes nos moldes exigidos pela legislação; levantamento indica sobre preços e outras possíveis ilegalidades


Falta transparência e sobram irregularidades. Essas são as conclusões da Força Tarefa Cidadã, uma iniciativa criada para monitorar gastos públicos dos municípios no enfrentamento à pandemia da Covid-19. A ação é fruto de uma parceria entre o Observatório Social do Brasil e órgãos de controle a nível federal, estadual e municipal.

Ao analisar os portais oficiais das prefeituras, a Força Tarefa notou que cerca de 90% dos municípios não disponibilizam corretamente as informações e os documentos que permitem a devida fiscalização dos gastos na pandemia. “O primeiro problema é a transparência. Não há como fazer controle social se os documentos relativos a cada compra não estiverem disponíveis”, afirma Ney Ribas, coordenador Nacional da Força Tarefa Cidadã.

A Força-Tarefa aponta que, se por um lado, os gestores, em geral, se mostraram empenhados na publicação de dados epidemiológicos, como o número de casos confirmados, mortos e ocupação de leitos, por outro, deixam a desejar na hora de prestar informação à sociedade sobre as despesas no enfrentamento à Covid-19. “No geral, o que estamos constatando é que falta transparência em relação ao que diz respeito à pandemia, especialmente em relação aos gastos: onde, quanto e para que foi gasto”, avalia Ney Ribas.

Covid-19: 14 capitais apresentam nível de transparência de dados insatisfatório

Observatório em Limeira, no interior de São Paulo, desenvolve índice para monitorar gastos públicos

Site deve ajudar na fiscalização de gastos da União com ações de enfrentamento à Covid-19
Sobre-preços

Além de analisar a transparência das prefeituras em relação aos gastos, a Força Tarefa Cidadã também checou as compras dos municípios. Em fevereiro, a Lei 13.979/2020 dispensou a licitação para a aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da pandemia.

Com a flexibilização, a ForçaTarefa identificou que muitas empresas se aproveitaram para praticar preços abusivos na venda de respiradores e de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19. Além disso, o levantamento identificou que algumas prefeituras usaram a brecha com a nova lei para se corromperem. “Nós vimos empresas fornecedoras de vinho, por exemplo, vendendo respiradores. Isso não é comum, foge totalmente à regra”, exemplifica Ney Ribas.

O coordenador cita, também, que o município de Paranaguá, com cerca de 130 mil habitantes comprou 300 mil caixas de Ivermectina. “Além de ser uma quantidade absurda, foi por um preço que extrapola toda e qualquer perspectiva [do mercado]”, conta. Já ao analisar os gastos da prefeitura de Curitiba, a Força-Tarefa percebeu que o município comprou álcool em gel por R$ 56 em um dia e, 24 horas depois, comprou do mesmo fornecedor por R$ 166.

Segundo Ribas, a União e os estados têm se esforçado para que os recursos de combate à pandemia cheguem aos municípios e beneficiem diretamente a população, mas o que tem ocorrido em alguns lugares é exatamente o contrário: prejuízo à sociedade. “Há falta de critério não só técnico, mas de cuidado com os recursos que é oriundo dos nossos impostos. Porque no fim das contas quem vai pagar essa conta somos nós cidadãos. A pandemia está sendo usada como desculpa para se desviar e aplicar mal o recurso público”, alerta.
Mais exemplos

Os exemplos de possíveis irregularidades nos gastos das autoridades durante a pandemia se amontoam pelo país. Um deles veio à tona com o próprio Observatório Social. A entidade pediu explicações ao prefeito do município paranaense de Goioerê. Segundo o levantamento, a prefeitura usou cerca de R$ 87 mil em recursos destinados ao combate da Covid-19 para pagar férias de funcionários da administração.

Já o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) apurou, em maio, um sobrepreço de R$ 123 milhões na compra de respiradores pulmonares pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio. A auditoria do órgão revelou que os ventiladores foram comprados por preços, em média, três vezes maiores ao praticado no mercado. Por causa disso, o ex-secretário de Saúde do estado, Edmar Santos, foi preso, suspeito de integrar o esquema de corrupção.

No Paraná, o TCE do estado também identificou problemas em contratos de diversos municípios. À época em que as supostas irregularidades foram divulgadas, em junho, 56 contratos estavam sob suspeita. Em um dos casos, por exemplo, em que a prefeitura foi mantida sob sigilo, o Tribunal apontou que a administração estava pagando o dobro para lavar um carro oficial e cinco vezes mais do que o preço praticado no mercado para lavar ônibus e van da prefeitura.
Estrutura

Uma das justificativas para a falta de transparência de municípios em divulgar os gastos públicos para o combate à pandemia da Covid-19 é a escassez de tecnologia, recursos e pessoal para isso, algo que os estados, por exemplo, teriam com mais facilidade. As organizações sociais ligadas à transparência e ao controle social concordam com a situação mais precária das prefeituras.

No entanto, na visão de Ney Ribas, o tempo decorrido desde o início da pandemia foi mais do que suficiente para que muitos municípios se adequassem ao nível de transparência exigido pela lei. “A pandemia já tem mais de quatro meses. Não há mais justificativa para dizer que falta estrutura, pessoal e tecnologia. O que falta é vontade política de ser transparente e tornar públicas todas as despesas com recursos destinados à Covid-19”, diz.
Parceria

Iniciativa do Observatório Social do Brasil, presente em 150 cidades de 17 estados brasileiros, a Força Tarefa conta com a participação dos Tribunais de Contas da União e Estaduais, a Controladoria-Geral da União, os Ministérios Públicos Federal e Estaduais, entre outros. A princípio, o monitoramento é feito por voluntários capacitados pelo Observatório. Em seguida, verificadas possíveis irregularidades, os órgãos de controle do estado ao qual o município pertence são acionados para que tomem as devidas providências.

Fonte: Brasil 61

sábado, 1 de agosto de 2020

MIL BRASILEIROS RESGATADOS DO TRABALHO ESCRAVO E TRÁFICO HUMANO



Levantamento divulgado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, mostra que, desde 2016, 1.006 trabalhadores foram resgatados por serem vítimas de trabalho análogo ao de escravo e também de tráfico de pessoas. Segundo o governo federal, Minas Gerais é o estado com a maior quantidade de trabalhadores traficados para trabalho análogo ao de escravo, com 186 casos, seguido por Bahia (181) casos e Piauí (108).

Em relação ao gênero, o governo afirma que 91% das vítimas eram homens. Os municípios com o maior número de trabalhadores traficados foram Itaituba (PA), Murici (AL) e Porteirinha (MG) e as cidades com maior destino de exploração de trabalhadores foram Sítio D’Abadia (GO), Paracatu (MG) e Pinheiros (ES).

Câmara prevê suspensão de portaria que alterou repasses do Fundo Nacional de Assistência Social

A legislação brasileira define que o tráfico de pessoas consiste em agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher alguém mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso para submeter a trabalho em condições análogas a de escravidão, adoção ilegal ou exploração sexual.

Fonte: Brasil 61