Método desenvolvido por médico brasileiro reacende sonho da maternidade em jovens com câncer
Pacientes que enfrentam esse diagnóstico antes dos 40 anos apresentam índices elevados de ansiedade e depressão, especialmente quando a fertilidade está em risco. Mas o avanço da medicina já chegou para essas mulheres, que agora não mais precisam se deparar com a escolha entre tratar a doença e manter a possibilidade de ter filhos.
Devido a um novo método desenvolvido pelo médico Marcelo Vieira, cirurgião oncológico especializado em procedimentos minimamente invasivos, é possível agora manter os dois objetivos. “Um dos dispositivos que vem ganhando espaço é o Duda, um dispositivo que atua na permanência do canal do colo do útero pérvio, reduzindo os impactos da cirurgia preservadora de fertilidade (ou seja, manutenção do útero após a retirada do tumor). A novidade já impactou de forma positiva a vida de mais de 120 mulheres em idade reprodutiva no Brasil e em outros países do mundo”, revela.
A preservação da fertilidade deve ser considerada desde o início do tratamento. Novas tecnologias e protocolos minimamente invasivos aumentam as chances de sucesso para mulheres que desejam engravidar no futuro.
O especialista, que também lidera iniciativas educacionais na área cirúrgica, explica que, em casos selecionados, a traquelectomia radical pode ser uma alternativa à histerectomia. “Esse procedimento é indicado para mulheres com câncer de colo do útero em estágio inicial e consiste na retirada apenas do colo, preservando o corpo uterino e, consequentemente, a possibilidade de gestação futura”, detalha.
O acompanhamento psicológico tem sido cada vez mais recomendado como parte integrante da jornada terapêutica. “O suporte emocional é essencial para que essas mulheres consigam atravessar esse processo com maior segurança. A perda da fertilidade pode ter um peso emocional tão grande quanto a própria doença”, ressalta Dr. Marcelo Vieira.
Embora ainda existam desafios na ampliação do acesso às técnicas de preservação da fertilidade, especialistas apontam que a abordagem multidisciplinar — envolvendo oncologistas, cirurgiões, ginecologistas especializados em reprodução assistida e psicólogos — tem sido decisiva para oferecer um tratamento mais humanizado e eficaz.
Sobre o Dr. Marcelo Vieira
Dr. Marcelo Vieira é cirurgião oncológico, especialista em cirurgias minimamente invasivas e mentor de cirurgiões. Com mais de 20 anos de experiência, iniciou sua trajetória no Hospital de Câncer de Barretos, onde atuou como chefe da Ginecologia e se dedicou ao atendimento 100% SUS. Em 2019, realizou o primeiro transplante robótico intervivos do Brasil, um marco na medicina nacional.
Após essa conquista, decidiu empreender e criou o Curso de Metodologia Cirúrgica, com a missão de transformar cirurgiões e salvar vidas. Também fundou o Cadáver Lab, um treinamento imersivo de dissecção e anatomia pélvica avançada, além de liderar programas de mentoria de alta performance, como Precisão Cirúrgica e Cirurgião de Elite.
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