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sábado, 31 de julho de 2021

Autismo: saiba quais são os principais mitos sobre o Transtorno e o que dizem os especialistas em relação ao tratamento


Conheça a história de uma mãe com o filho autista e a visão de uma ativista, mulher, preta e autista que vive no dia a dia os desafios do TEA na sociedade



Grande parte dos materiais divulgados sobre o autismo na mídia brasileira vem carregado de conceitos generalistas que não fazem parte da realidade de indivíduos com TEA (Transtorno o Espectro Autista). Inúmeros mitos que são transmitidos pela sociedade e “achismos” em torno do comportamento de pessoas com autismo só reforçam estereótipos e preconceitos que dificultam ainda mais o processo de inclusão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milhões somente no Brasil. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo dos EUA), estima-se que uma em cada 54 crianças apresenta traços de autismo. Como um número expressivo como esse poderia enquadrar tantos autistas dentro de características iguais de comportamentos, sem diferenciação? Quando falamos de autismo, falamos de um transtorno do neurodesenvolvimento que faz parte de um espectro, ou seja, que vão existir inúmeros indivíduos com características diferentes entre si, que necessitam de muito ou pouco suporte. Indivíduos que são seres únicos, e que devem ser tratados como tal, assim como qualquer ser humano

Especialistas da área, ativistas e mães de pessoas com TEA ganham voz para falar sobre o espectro, as características únicas, a neurodiversidade de pessoas com o transtorno, e desmistificar situações que reforçam ainda mais o preconceito. O que a causa autista necessita é de empatia e acolhimento, através da disseminação de informações verdadeiras, contribuindo para fazer a diferença na inclusão social das pessoas autistas.

Mitos e verdades sobre o autismo


Quantas pessoas já não ouviram falar que autismo é causado pela falta de afeto, provocado por vacina, algum tipo de alimento, que é uma doença, enfim, informações errôneas, sem embasamento científico, que são disseminadas e contribuem ainda mais com conceitos não verdadeiros em relação ao TEA.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir, comenta que a discussão sobre o tema do autismo vem como uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre o espectro e avançar na luta contra os preconceitos:

“O nosso papel como especialista é desmistificar e mudar a visão negativa em relação ao transtorno. Dessa forma, é esclarecido que o TEA não é uma doença (e isso já deixa claro que se a pessoa não é doente, não é necessária a busca e não existe possibilidade de cura), mas sim, uma condição de "diferença", em que pessoas que estão dentro do espectro possuem algumas características próprias que lhe trazem desafios. Com isso, o objetivo sempre será de incluir e integrar essas pessoas à sociedade, considerando e respeitando suas diferenças e necessidades. Além disso, é muito importante também para apoiar as famílias das pessoas com TEA, já que estão em constante luta pelo reconhecimento e cumprimento dos direitos que vêm sendo arduamente adquiridos, ampliando o conhecimento acerca do assunto entre as famílias, profissionais e a comunidade.”

E quando falamos sobre autismo, surgem também algumas afirmações comuns e errôneas de que os autistas são muito inteligentes, superdotados, bons com números, aprendem diversas línguas, entre outros mitos.

A especialista Julia Sargi, Psicóloga e Analista do Comportamento - Supervisora ABA do Grupo Conduzir diz que é importante enfatizar que o transtorno do espectro autista evidencia algumas características comuns, mas que cada indivíduo é único e apresenta suas próprias habilidades e dificuldades:

“Alguns indivíduos têm, sim, uma habilidade incrível para algo em específico, e muitas vezes isso pode se dar devido ao hiperfoco, ou seja, o interesse restrito por determinado assunto. Mas uma grande porcentagem das pessoas que se encontram no espectro apresenta déficits cognitivos significativos, que dificultam a aquisição de novos repertórios. Uma outra expressão, considerada mito, e que é muito comum de ouvir, é de que o autista "vive no seu próprio mundo", e que não gosta de estar com outras pessoas. A verdade é que a dificuldade na interação social é uma característica significativa muito comum aos indivíduos com autismo, mas isso não significa que eles não queiram se relacionar com outras pessoas, e sim que apresentam dificuldades em iniciar ou manter a interação, entender algumas regras sociais, entre outras habilidades que são extremamente importantes nas relações. E mais uma vez, precisamos olhar individualmente para cada um e entender qual a dificuldade e qual a motivação para se relacionar com os outros. Lembrando que isso representa uma parte do todo quando tratamos do espectro”

Josiane Mariano tem 36 anos, é mãe do Heitor, de 10 anos - diagnosticado com autismo aos 2 anos. Ela conta que já ouviu diversos absurdos ligados às causas do autismo e opiniões de pessoas em relação ao comportamento do filho:


A mãe Josiane com o filho Heitor, de 10 anos

“Já ouvimos de tudo, desde que era falta de estímulo e que se nós pais conversássemos mais com ele, ele se desenvolveria, inclusive opiniões como essas vindas até de médicos. Até mesmo alguns religiosos dizendo que ele ‘veio assim’ para pagar pelos pecados de outras vidas, assim como todos os deficientes desse mundo. Ou ainda frases de que ele são praticamente gênios, o que não é nem de longe verdade, no nosso caso. Conto até que meu filho aprendeu a ler muito cedo, com apenas três anos de idade, sozinho, sem nenhum estímulo, inclusive em inglês, mas ao mesmo tempo, aos seis anos ainda usava fraldas. A conta não fecha, entende? Cada família, cada filho é de um jeito”

No Transtorno do Espectro Autista todos os indivíduos têm potencial para aprender e desenvolver novos repertórios, e, para isso, basta saber a forma correta de ensiná-los. Ao serem observadas as variações/características dessas pessoas, algumas podem até ser interpretadas como vantagens competitivas e potencialidades. Há alguns indivíduos com TEA que possuem uma condição diferente (e rara) conhecida como ‘savantismo’ ou Síndrome de Savant, que é uma ‘grande capacidade intelectual’, entendida como genialidade, assim como conta a Psicóloga e Analista do Comportamento do Grupo Conduzir:

“Os ‘savants’, apesar de apresentarem uma inteligência acima da média e talentos notáveis em alguns aspectos, como por exemplo: realizar cálculos extremamente complexos ou registrar/memorizar centenas de livros, podem também apresentar dificuldades e limitações em outros, como dificuldades nos repertórios sociais ou de independência. Portanto, diante de tantas diferenças, vale ressaltar que a inteligência acima da média não é uma regra, e que queremos esclarecer justamente que o mais importante, de fato, é considerar as condições e particularidades de cada indivíduo, entendendo seus déficits e potencialidades, não para que o indivíduo com TEA deixe de ter características do transtorno ou para que se torne um gênio, e sim para ajudá-lo a ter uma melhor qualidade de vida, bem-estar e poder ser compreendido e amado da forma como ele é.”

A mãe Josiane Mariano relembra que o dia a dia com o filho é vivenciado de “pequenos orgulhos”, e isso torna a caminhada cheia de superações e vitórias:

“Todos os dias quando avançamos um passinho rumo a uma qualidade de vida melhor, quando ele aceita experimentar algo novo, quando se sente à vontade em locais que antes talvez despertasse uma agitação maior, quando responde a uma interação social de forma adequada, por exemplo, temos um grande sentimento de vitória. Meu filho, assim como qualquer filho para uma mãe, me enche de orgulho. E eu só conheço ele dentro do espectro autista, não existe um Heitor dissociado disso, ele é assim e está tudo bem.”

Capacitismo, ativismo e autismo


O termo “capacitismo” tem sido disseminado e utilizado nos meios de comunicação, assim como nas redes sociais, para falar sobre a discriminação e preconceito social em relação às pessoas com deficiência. Em sociedades capacitistas, a ausência de qualquer deficiência é visto como “o normal”, e pessoas com alguma deficiência são entendidas como exceções; a deficiência é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica.

Polyana Sá tem 20 anos, é estudante de engenharia de bioprocessos e biotecnologia na UFPR (Universidade Federal do Paraná), ela é autista e foi diagnosticada aos 16 anos. Polyana faz acompanhamento psicológico desde os 12 anos, antes mesmo do diagnóstico. Ela conta que é ativista da causa autista e utiliza as redes sociais para desmistificar informações errôneas sobre o TEA e disseminar informações para a sociedade, o que tem ajudado muitas pessoas que são diagnosticadas a lidarem com o transtorno:

“As pessoas tendem a fazer generalização do que é o autismo, a partir dos estereótipos, dos que são divulgados e propagados, no caso: autista homem, branco, que ou exige uma grande necessidade de apoio substancial ou se enquadra no quesito de altas habilidades. E toda vez que você tem uma pessoa que sai dessa linha e não segue a conformação dessa ‘caixinha’ que nos é criada, então, a sociedade dá uma travada, para e pensa: mas essa pessoa é autista mesmo? Nesse questionamento, em vez das pessoas procurarem se informar mais a respeito do TEA, e saber que existem vários indivíduos autistas, de todas as formas, jeitos e maneiras que você possa imaginar, as pessoas continuam propagando mitos e absurdos que ouviram para as outras pessoas. É justamente assim que o capacitismo se constrói, aumenta e ganha dimensões que são fora do normal. Coisas simples e comportamentos que podem ser desfeitos pela informação. Basta a pessoa querer se informar. Por isso, procuro estudar sobre, me conhecer mais e divulgar para as pessoas.”

Polyana Sá – autista e ativista


Polyana é amparada por lei como uma pessoa com deficiência e sempre busca ir atrás dos seus direitos. Na Universidade onde estuda, possui um aluno tutor. É também palestrante e fala sobre a interseccionalidade de raças:

“Todas as vezes que faço palestra, eu gosto de dizer que as pessoas pretas com deficiência e que buscam ter voz na sociedade são pessoas que não se submetem ao sistema. Porque todos os dias existe uma estrutura social que faz com que pessoas como nós não queiram existir ou sintam vergonha disso. Então, quando você tem uma pessoa que é mulher, preta, com deficiência, empoderada, e que fala sobre o assunto, é uma vitória, é você ir justamente ao contrário do que te ensinam desde que você nasceu. E dizer às pessoas que mulheres, autistas, pretas existem, e que somos várias, mas que muitas vezes não somos notadas. Nós, autistas, temos muitas caras, jeitos, formas e você vai encontrar autistas de muitas maneiras e que continuam sendo assim. Então, muito complicado lidar com a questão do capacitismo, tanto em pessoas que se encontram com grande necessidade de apoio substancial e tanto em pessoas com pouca necessidade de apoio substancial (como é o meu caso), mas todos estamos ali, no mesmo espectro.”

Autismo tem cura?


Muito tem se disseminado sobre a “cura do autismo”, reforçando o mito de que se trata de uma doença. Sem contar que é possível encontrar profissionais vendendo “fórmulas mágicas” e soluções para cessar ou diminuir o transtorno. Mas já se sabe que isso não existe. São falsas informações que devem ser desmentidas e rebatidas por toda a sociedade, meios de comunicação e especialistas da área. O que se tem são intervenções que ajudam a desenvolver e/ou aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

“Não existem estudos que comprovam a cura do diagnóstico por meio de qualquer tratamento, e qualquer afirmação diferente a essa pode gerar confusão e expectativas frustradas aos pacientes e seus responsáveis. Porém, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma intervenção que maximiza o potencial do indivíduo, através da ampliação de habilidades e redução de possíveis barreiras comportamentais que podem dificultar o aprendizado, tendo em vista que, a partir da avaliação, é possível mapear e respeitar a singularidade de cada um", explica Julia Sargi.

Orgulho Autista


Polyana Sá tocando ukulele -
um dos hobbies preferidos
A ativista Polyana Sá comenta que enxerga muitos desafios pela frente em relação à inclusão e à luta pelos direitos dos autistas, mas entende e acredita que aos poucos a sociedade tem caminhado no sentido pela busca da informação real e empatia em relação à causa autista:

“Essa causa para mim é muito importante. Todos os dias temos que bater no peito e dizer: eu sou autista, e sociedade, vocês precisam entender e conviver com isso, porque eu não vou mudar, eu não preciso mudar, eu não preciso ser diferente. E eu acho muito bonito essa expressão de autoamor, de reconhecer os semelhantes e dar apoio para as outras pessoas que estão em processo de diagnóstico, para os familiares que têm toda a trajetória com os filhos. Precisamos de visibilidade e muito engajamento. Dentro do movimento, falo por mim, que se você é autista, não existe nada de errado com isso.”

A mãe Josiane Mariano finaliza:





“A chave ainda é a informação, é necessário que conheçam melhor sobre algo que é tão complexo como o espetro todo, de que os autistas são diferentes, não são uma ‘receita de bolo’, de que não fazem tratamentos para se ‘curarem’ (isso muitos pais ainda precisam trabalhar internamente) ou serem ‘iguais’ aos outros. Mas fazemos para proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos filhos dentro de suas especificidades. E nossos filhos são como são e isso não é ruim: é a mais pura diversidade!”


Na foto: Heitor em um dos passatempos prediletos: brincando com jogos no tablet



INFORMAÇÕES - GRUPO CONDUZIR

O Grupo Conduzir possui uma equipe especializada de profissionais das áreas de Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia que oferece um atendimento multidisciplinar, sempre com base teórica, treinamento e supervisão analítico-comportamental. Proporciona aos seus clientes o desenvolvimento de suas habilidades por meio de práticas baseadas em evidência.

O foco de trabalho da equipe de profissionais do Grupo Conduzir é o atendimento de crianças, adolescentes e adultos com transtornos do neurodesenvolvimento, sobretudo as que se enquadram nos Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Para mais informações sobre o Grupo Conduzir, acesse:

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Aplicativo Lady Driver: Segurança no transporte para a mulher ir e vir



Uma pesquisa, feita pelo IBGE e publicada em maio de 2021, alegou que 7,5 milhões de mulheres já sofreram alguma forma de violência sexual na vida. Com base nesse dado, é possível concluir que 60% das vítimas vivenciaram consequências psicológicas, como depressão e ansiedade, em decorrência da agressão. Ir e vir nem sempre é uma tarefa fácil para as mulheres, muitas delas evitam lugares e até meios de transportes a fim de evitar violências, abusos. Por isso, novas possibilidades têm surgido a favor do universo feminino, e uma delas é a Lady Driver.

A Lady Driver é um modelo de negócio que traz veículos dirigidos por mulheres, com o intuito de ajudar a passageira a ir e vir com segurança durante seu dia a dia. A confiança de se locomover em um veículo conduzido por uma motorista feminina dá a elas a certeza de que podem ser levadas por alguém que tem empatia por suas dificuldades.

“Eu observei, em meu dia a dia, como as mulheres deixavam de fazer suas atividades diárias por medo de serem assediadas ou, até mesmo, de sofrerem violências piores. Os noticiários cada vez mais trazem notícias não muito positivas sobre esse assunto. Porém, ao criar o modelo de negócio do Lady Driver, percebi que era não só uma grande oportunidade de negócio, mas também um serviço de utilidade pública, permitindo que a mulher tenha liberdade para ir e vir e, assim, conquistarem seus sonhos”, explica Gabryella.

Ana Paula é usuária do Lady Driver há um ano. Ela afirma que o uso do aplicativo lhe deu confiança para frequentar eventos e ter uma melhor qualidade de vida.

“Eu tinha medo de voltar de madrugada de um evento especial. Eu não dirijo e seria obrigada a pegar veículos conduzidos por homem, o que me gerava muita ansiedade. Já ouvi histórias verdadeiramente ruins sobre abusos em táxis e outros tipos de veículo. Eu mesma já desisti de sair diversas vezes por isso”, Ana.

A startup, que tem operação na cidade de São Paulo e em 60 cidades brasileiras, conta com mais de 65 mil motoristas cadastradas, tem uma base de mais de 1,5 milhão de passageiras em sua interface. Fundada por Gabryella Corrêa, em março de 2017, a Lady Driver também apresenta um diferencial interessante, tendo como modelo de negócio o estilo franquia.

Apesar de se inspirar em franquia, o modelo adotado pela Lady Driver é bem diferente de outras presentes do mercado: na startup, o sistema funciona por meio do licenciamento entre a empresa e o empreendedor. Empresários que possuem interesse em levar a plataforma de transporte para sua cidade ficam responsáveis pela área comercial do negócio, enquanto a Lady Driver cuida do restante.Ana também se beneficiou com o uso do aplicativo. Além de empreender, a motorista do aplicativo viu a oportunidade de ajudar as mulheres a ter autoconfiança, autoestima e segurança.

Vale ressaltar que, dentro desse modelo, a grande vantagem para as motoristas se cadastrarem na Lady Driver é que não é preciso pagar taxas mensais, ou seja, todos os ganhos da empresa provêm de um percentual de cada corrida feita dentro do aplicativo.

O licenciamento da Lady Driver varia de acordo com a quantidade de habitantes. Atualmente já esta em mais de 60 cidades e pretende chegar a 100 cidades até o fim de 2021.Ao acessar a página de licenciamento, é possível baixar o plano de negócios e a proposta oferecida pela empresa ao empreendedor. Não só isso, a Lady Driver disponibiliza todo o suporte técnico necessário e ainda um treinamento para que o licenciado entenda tudo da ferramenta de marketing e das campanhas da empresa.

Lady Driver

Foi criada após a fundadora em 2018 , Gabryella Corrêa, sofrer assédio de um motorista em um carro que chamou por aplicativo. Após o ocorrido, Gabryella decidiu que não queria mais ver mulheres passando a mesma situação. Por este motivo, lançou a empresa que tem o propósito de oferecer segurança e liberdade para todas as mulheres se locomoverem pelas cidades. Atualmente o Lady Driver conta com 1,5 milhão de passageiras e mais de 80 mil motoristas. Agora passa a contar com modelo de franquias em 60 cidades. Além de contar com um braço específico para o transporte de crianças, o Lady Kiddos.

Para mais informações, acesse: www.ladydriver.com.br

quinta-feira, 29 de julho de 2021

MTur abre inscrições de cursos de idiomas para estudantes e trabalhadores do turismo





Período vai até o dia 8 de agosto e refere-se às vagas remanescentes ofertadas a guias e condutores de parques



Está aberto, até o dia 8 de agosto, o prazo para que estudantes e profissionais do setor turístico se inscrevam em vagas remanescentes dos cursos de qualificação em inglês e espanhol ofertados pelo Ministério do Turismo. A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), tem o objetivo de capacitar os trabalhadores de todo o país e aprimorar o atendimento a turistas estrangeiros que visitam os destinos brasileiros. Ao todo, 3,8 mil vagas foram ofertadas, primeiramente para guias de turismo e condutores de parques.


O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou o impacto que a qualificação terá no setor turístico, principalmente neste momento de retomada. “A qualificação destes e de outros profissionais do nosso setor é essencial para que possamos levar os turistas estrangeiros a uma das melhores experiências turísticas do mundo. O nosso país tem potencial para isso e, com a participação de todos os trabalhadores, tenho certeza de que atingiremos o mais breve possível”, disse.


Os cursos têm carga horária de 200h e apresentam uma matriz curricular inovadora, com temas transversais que serão adaptados aos idiomas, aproximando-se da realidade profissional dos estudantes. As aulas gravadas serão disponibilizadas na plataforma Moodle do IFTO. Já as aulas ao vivo serão ministradas via web conferência, uma vez por semana.


Durante o curso, o estudante desenvolverá competências profissionais, tais como: conhecer, interpretar e aplicar o vocabulário básico e o vocabulário específico da área do turismo; desenvolver a comunicação interpessoal, intercultural, usando palavras e expressões em Língua Espanhola e Língua Inglesa que atendam às suas necessidades profissionais.


Além do IFTO, as qualificações contam com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Federação Nacional dos Guias de Turismo (Fenagtur) e do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) de Alto Paraíso-GO.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Sabesp e Fundação Amazônia Sustentável se unem para conservar a Amazônia



Clientes da concessionária paulista poderão fazer doações em suas contas mensais

O Governador João Doria anunciou nesta terça-feira (8) uma parceria inédita entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que atua no Amazonas em apoio às populações ribeirinhas e indígenas. As duas instituições querem criar um movimento de valorização da Amazônia para manter a floresta em pé e atuar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das populações ribeirinhas e povos indígenas. 

O que se espera do acordo é que as ações planejadas contribuam com a preservação da floresta, evitando o aumento do desmatamento. “Se não tomarmos iniciativas, como essa que a FAS e a Sabesp consagram neste momento, nos arrependeremos. Nosso futuro depende de iniciativas como essa. Se depender de São Paulo, dos brasileiros de São Paulo e de todos que vivem aqui, vamos cuidar da floresta e também de quem cuida da floresta. São lições de vida, lições da natureza e lições do amor. É o que estamos fazendo aqui: uma lição de proteção à vida, à vida da natureza e à vida humanitária, à vida de todos nós”, destacou o Governador.

Para concretizar a parceria, a Sabesp vai incentivar doações voluntárias de seus clientes por meio da conta de água e esgoto. Todos os clientes dos 375 municípios atendidos pela Companhia em São Paulo poderão colaborar. Além da sensibilização da população, a parceria visa contribuir para o alcance da agenda 2030, especificamente no que se refere aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS 6 (água potável e saneamento), 13 (combate às mudanças do clima) e 15 (vida na terra).

O diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga,  lembra que a importância da Amazônia vai além de sua região geográfica. “Ela tem relevância para o Brasil e para todo o planeta. O que estamos fazendo com esse acordo histórico é criar a possibilidade para que a Sabesp e a população paulista contribuam para sua preservação e para melhorar a qualidade de vida das pessoas que cuidam da floresta”. 

A partir da assinatura do memorando de intenções entre Sabesp e FAS, começam a ser definidos os mecanismos que permitirão as doações, as transferências dos recursos arrecadados e o sistema de prestação de contas das instituições envolvidas. As doações poderão ser feitas de forma totalmente voluntária a partir desta quarta-feira (9). A base da Sabesp tem aproximadamente 9 milhões de contas de consumidores, que serão potenciais doadores.

“Esta parceria representa um marco histórico e importante no que diz respeito à valorização dos serviços ambientais providos pela floresta amazônica para o restante do Brasil. A Sabesp reconhece a importância da Amazônia no sistema de circulação de água da América do Sul”, afirmou Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).



Como doar

Para participar, o cliente da Sabesp fará a adesão e a opção pelo valor que deseja doar no Sabesp Fácil, que pode ser acessado pelo Aplicativo Sabesp Mobile (Android e iOS) ou pela Agência Virtual (www.sabesp.com.br). Esse valor será inserido na próxima conta com a descrição “Doação”. A Companhia fará a arrecadação e, mensalmente, transferirá os valores para a Fundação para a execução dos projetos, visando à preservação da floresta e consequentemente dos recursos hídricos. Todos os meses, a Sabesp publicará em seu site relatórios de prestação de contas.