Com a chegada do verão há uma busca desenfreada pelo corpo perfeito, principalmente entre os amantes das praias. As pessoas mais organizadas começam a se cuidar ainda no inverno e alcançam o peso ideal antes mesmo da chegada do verão. “Entretanto, tanto planejamento e esforço podem ir por água abaixo, se o consumo alimentar durante as férias não for adequado. Para evitar que isso aconteça, separamos algumas dicas para a manutenção do peso durante o descanso na praia”, afirma Amanda Epifânio, nutricionista do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Veja as dicas da nutricionista:
• Amendoim
O amendoim é um grão de elevado valor calórico, cada porção (1 colher de sopa cheia) contém cerca de 100 calorias. “Além disso, a forma mais comum de comercialização desse alimento é a salgada, o que pode aumentar o risco de desidratação - situação que pode se agravar quando há associação com o álcool. A melhor conduta é evitar o seu consumo na praia. De uma forma geral, não encontramos facilmente substitutos desse aperitivo nas praias, entretanto, os mais criativos e com disposição, podem elaborar seus próprios aperitivos e transportá-los para a praia. Uma idéia são palitos de cenoura e pepino”, recomenda Amanda Epifânio.
• Biscoito de polvilho
Os biscoitos de polvilho sempre estão nas recomendações de alimentos seguros para serem consumidos nas praias. Entretanto, esse é um alimento “super calórico”, um pacote de 100g contém 460 calorias, equivalente a um pastel de carne simples. Esse biscoito também é muito rico em sódio, cada pacote contém o equivalente a 1,5g de sal (1 pacotinho e meio). “Em ambientes praianos, a busca pela hidratação adequada deve ser a principal preocupação das pessoas, principalmente em famílias com filhos pequenos. Assim, as frutas passam a ser os alimentos mais indicados nessa situação, representam uma opção saudável e de baixo valor calórico, pois cada porção contém em média cerca de 60 calorias. Em algumas praias é possível encontrar frutas sendo comercializadas nos calçadões e/ou em barracas. Para quem não conta com esta infra-estrutura, o melhor é levar frutas de casa, preferencialmente armazenadas em recipientes térmicos”, recomenda a nutricionista do Citen.
• Milho verde com manteiga
O milho verde é uma das melhores opções comercializadas nas praias. “Representa uma fonte alimentar nutritiva, rica em carboidrato, e, diferentemente dos aperitivos, esse alimento é capaz de matar a fome e manter a saciedade por um período mais prolongado. Cada espiga média de milho apresenta mais ou menos 130 calorias, valor calórico equivalente a uma colher de sopa de manteiga. Logo, a principal recomendação em relação ao milho é abrir mão da manteiga. Vale a pena ressaltar a importância de se utilizar pouco sal na hora de consumir o alimento”, diz Amanda.
• Sorvete de chocolate
Os picolés cremosos mais simples de chocolate costumam ter em torno de 100 calorias, mas há versões que podem ter até mais de 200 calorias. “Os picolés de fruta são excelentes alternativas para substituir os picolés cremosos. Além de não ultrapassarem mais de 60 calorias, são fontes importantes de hidratação para o consumo na praia”, explica a nutricionista.
• Queijo coalho
Espetos de queijo coalho, apesar da aparência inocente, são alimentos de elevado valor calórico. Cada espeto de 60g contém cerca de 200 calorias. “Esse valor calórico é semelhante ao de um sanduíche preparado com 2 fatias de pão integral, 2 fatias de peito de peru e uma fatia de queijo minas frescal. É claro que não encontramos sanduíches como esses na praia. Mas só conseguiremos manter a boa forma no verão, se programarmos melhor a nossa alimentação na praia”, recomenda a nutricionista do Citen.
• Pastel e acarajé
Pastéis e acarajés são frituras tradicionais nas praias. E como qualquer fritura, contêm elevado valor calórico. Cada unidade de acarajé tem em torno de 300 calorias. O pastel pode variar entre 450 - 900 calorias, dependendo do tamanho e do recheio. Além disso, o óleo utilizado para a fritura, muitas vezes, é reutilizado ou passa um dia inteiro sob altas temperaturas. Essa prática produz substâncias que aumentam o risco de desenvolvermos doenças cardiovasculares. “As alternativas mais seguras e menos calóricas para estes petiscos são os sanduíches naturais. Mas é de fundamental importância que a compra desses alimentos seja feita em estabelecimentos de confiança. Se isto não for possível, o ideal é preparar o lanche em casa e transportá-lo em recipientes apropriados”, aconselha Amanda.
• Camarão frito
O camarão não é um alimento de alto valor calórico, entretanto, quando frito, essa característica é perdida e cada espeto alcança um teor calórico de mais ou menos 250 calorias. Quando a mesma quantidade (100g) de camarão cozido, assado ou grelhado não ultrapassa 100 calorias. “Assim, o ideal é buscar estabelecimentos que ofereçam espetos assados ou grelhados. Encontrar esse tipo de estabelecimento na praia não será uma tarefa fácil, mas se o consumidor começar a exigir novas formas de preparos, é possível que esse panorama mude, já nos próximos verões”, alerta a nutricionista.
• Tapioca
Uma tapioca sem recheio contém em torno de 200 calorias, quantidade equivalente a cerca de 10 colheres de arroz. Com recheio, essa iguaria pode ultrapassar 400 calorias. Esse é um valor calórico de um prato de refeição completo: arroz, feijão, peixe grelhado e salada variada. “Assim o consumo de tapioca poderá ser uma boa opção na praia, se a intenção for substituir uma refeição. Caso contrário, o ideal é buscar um bom restaurante para um almoço nutritivo e completo”, avisa Amanda Epifânio.
• Raspadinha
As raspadinhas aparentemente são boas fontes de hidratação na praia, entretanto, é fundamental conhecer a procedência do gelo empregado, pois esse é um ingrediente de elevado grau de contaminação. “Como certificar-se sobre a procedência do gelo é muito difícil e uma raspadinha de groselha apresenta mais ou menos 150 calorias, o equivalente ao consumo de dois picolés de frutas... Muito mais seguro é optar pelos picolés, que também apresentam efeito hidratante semelhante ou superior ao da raspadinha”, diz a nutricionista do Citen.
• Refrigerante gelado
“Cada lata de refrigerante tradicional contém cerca de 150 calorias. Quando consumidas em suas versões light, as calorias são reduzidas a zero. Se o consumo de refrigerante for utilizado para reduzir ou substituir a cerveja, pode representar uma excelente opção”, destaca Amanda.
• Cerveja
As bebidas alcoólicas são os grandes perigos das praias. “Além do teor calórico considerável, cada lata de cerveja contém 175 calorias, o álcool é um potente desidratante. Existem as versões de cervejas sem álcool, que reduzem em mais da metade as calorias (60 calorias/lata) e não apresentam o efeito indesejável da desidratação. Mesmo assim, as melhores fontes de hidratação na praia ainda são a água de coco e a água mineral”, informa a nutricionista.
• Caipirinha
Para quem não resiste a uma caipirinha no verão, a melhor opção é consumir as versões preparadas com saquê. “Enquanto uma caipirinha preparada com vodka pode chegar a um valor calórico superior a 300 calorias, as preparadas com saquê não ultrapassam 120 calorias. Mas vale a pena ressaltar mais uma vez: o consumo de água deve ter prioridade nas praias, para fugir da desidratação e para manter a boa forma nas férias de verão”, conclui Amanda Epifânio.
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