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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

AGÊNCIA SAÚDE - Parceria entre Ministério da Saúde e Pastoral da Criança beneficiou 1,9 milhão de pessoas em dois anos

Gestantes e crianças menores de seis anos de 4.063 municípios foram os alvos focais da ação conjunta. Outros 129 mil idosos também foram contemplados com a ação


As ações conjuntas do Ministério da Saúde com a Pastoral da Criança, fundada por Zilda Arns Neumann na década de 80, beneficiaram 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos, em 4.063 municípios brasileiros, somente entre 2008 e 2009.

O Ministério é, desde 1985, um dos maiores financiadores e um dos principais apoios técnicos da Pastoral, uma parceria que se refletiu ao longo de todos esses anos na redução da mortalidade infantil no país. O índice passou de 47,1 óbitos por cada mil bebês nascidos vivos em 1990 para 19,3 mortes, em 2007 – uma redução média de 59,7% no período.

“A atuação desta grande mulher e grande sanitarista brasileira foi essencial para elevar a criança a uma condição prioritária dentro das políticas públicas brasileiras”, afirmou o ministro José Gomes Temporão. “Morreu em missão, como viveu toda a sua vida.”

Nos últimos dois anos, o Ministério destinou à Pastoral R$ 35,7 milhões, em convênio firmado para a execução de ações de prevenção e promoção da saúde. Alguns exemplos dessas ações são o incentivo à utilização de calendários de vacinação e acompanhamento de altura e peso das crianças por 260 mil voluntários da Pastoral espalhados pelo país.

O convênio também beneficiou 129 mil idosos. Isso porque as ações da entidade evoluíram para a formação da Pastoral da Pessoa Idosa, coordenada por Zilda, numa percepção sagaz da mudança do perfil demográfico da população brasileira. Na opinião do diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, a morte da sanitarista catarinense é uma perda inestimável para a saúde pública.

“Ela era uma grande liderança que pautava técnicos, arrebatava ministros e todos os que estavam pela frente à causa humanitária. Tanto é assim que o modelo de organização da Pastoral acabou sendo expandido para países não só da América Latina. A última incursão dela, antes do Haiti, foi a China, num trabalho que ultrapassava as fronteiras da Igreja Católica e fazia com que outras organizações religiosas e não religiosas se unissem a esse trabalho”, afirma Telles.

Desde os primórdios da Pastoral da Criança, criada em 1983, medidas de alimentação e nutrição, com a terapia de reidratação oral com soro, incentivo ao aleitamento materno e combate à desnutrição foram desenvolvidas pela entidade. Os milhares de voluntários da Pastoral chegaram a pontos longínquos do país.

Os deslocamentos dessa legião de multiplicadores das ações de prevenção e promoção da saúde reunidos pela Pastoral, como lembra a diretora do Departamento de Atenção Básica, Claunara Schilling Mendonça, recebeu grande apoio do Ministério, financeiro e técnico. Eles formavam voluntários nas comunidades carentes de todo o país para trabalhar, com orientações dentro da casa das famílias. “Eles tiveram o grande mérito de fazer um trabalho de solidariedade voluntária, como ensinar às mães a cozinhar e usar a alimentação adequada com suas crianças. Foram precursores disso em lugares onde, lá no começo da Pastoral, nem havia ainda os agentes comunitários de saúde”, conta Claunara.

Personalidade emblemática no país, Zilda Arns Neumann morreu nesta terça-feira (12), em missão da Pastoral da Criança Internacional, que coordenava, no tremor de terra ocorrido no Haiti. Estava naquele país desde domingo passado disseminando entre religiosos de comunidades carentes as práticas exitosas da Pastoral. Hoje a Pastoral da Criança está presente em 27 países.

Nesta quarta-feira (13), o diretor de Saúde Ambiental da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério, Guilherme Franco Netto, embarcou para o Haiti em comitiva do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Netto participa de uma missão de reconhecimento no local da tragédia, onde também morreram militares brasileiros. A partir do diagnóstico que será feito no local, o Ministério da Saúde definirá a estratégia mais eficiente de auxílio à população atingida, como a doação de medicamentos.

A REDUÇÃO DA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL - Atualmente, em um grupo de 68 países, o Brasil está entre os 16 em condições de atingir a 4ª meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) e chegar à taxa tida como aceitável de 14,4 mortes por cada mil nascidos vivos em 2012 – é três anos antes da data-limite fixada pela Organização das Nações Unidas, em 2000 (ano em que instituiu os oito ODMs).

O declínio da mortalidade infantil no Brasil é resultado do aumento da cobertura vacinal da população, uso da terapia de reidratação oral – tão difundida pela Pastoral da Criança em parceria com o Ministério da Saúde –, aumento da cobertura do pré-natal, ampliação dos serviços de saúde, redução contínua da fecundidade, melhoria das condições ambientas, aumento do grau de escolaridade das mães e das taxas de aleitamento materno.

A mesma tendência de queda no índice se reproduz no Nordeste e na Amazônia Legal. Em 2007, no Norte a taxa foi de 21,7, contra 45,9 em 1990. O Nordeste registrou 27,2 mortes por cada mil bebês nascidos vivos, contra uma taxa de 75,8 óbitos por mil nascidos vivos em 1990. Apesar dessa redução, ambas as regiões estão longe da média nacional e mais distantes ainda das taxas alcançadas no Sul e no Sudeste. O Sul fechou 2007 com uma taxa de 12,9 mortes por cada mil crianças nascidas vivas e o Sudeste, em 13,8.

Para diminuir essa distância em relação ao Sul e Sudeste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva firmou, no início de 2009, um pacto com os governadores do Nordeste e da Amazônia Legal. O pacto pela redução das desigualdades regionais abrange também ações para diminuir o analfabetismo, o sub-registro de nascimento e assegurar mais incentivos ao desenvolvimento da agricultura familiar. O amplo acordo envolve 22 ministérios, sem contar com a participação dos governos estaduais e municipais.

No campo da saúde, as metas são preservar a tendência de queda em todas as regiões e reduzir os números em 256 municípios do Nordeste e da Amazônia Legal. Foram R$ 110 milhões nas ações do Ministério da Saúde, em 2009, nessas duas regiões específicas.

Com o pacto, a região da Amazônia Legal ganhou:
 113 equipes de Saúde da Família (situação atual: 1.659)
 23 Núcleos de Apoio à Saúde da Família/NASF (situação atual: 1)
 268 leitos de UTI (situação atual: 319)
 370 leitos de UCI (situação atual: 143)
 9 bancos de leite (situação atual: 12)
 34 Hospitais Amigo da Criança (situação atual: 16)
 62 Hospitais que devem aderir à rede Perinatal do Norte-Nordeste (situação atual: 32)
 40 Maternidades com equipes capacitadas para Método Canguru (situação atual: 10)
 1.659 equipes de Saúde da Família capacitadas

Com o pacto, a região Nordeste ganhou:
 312 equipes de Saúde da Família (situação atual: 3.997)
 437 Núcleos de Apoio à Saúde da Família/NASF (situação atual: 100)
 448 leitos de UTI (situação atual: 490)
 1.135 leitos de UCI (situação atual: 720)
 24 bancos de leite (situação atual: 38)
 45 Hospitais Amigo da Criança (situação atual: 45)
 70 Maternidades com equipes capacitadas para Método Canguru (situação atual: 20)
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