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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mente na filosofia de Wittgenstein

Concepção de mente na filosofia de Wittgenstein é tema de debate no programa Conversas Filosóficas
Wittgenstein
A professora-doutora Maria Aparecida de Paiva Montenegro debaterá o tema “A concepção de mente no Segundo Wittgenstein”, dentro do programa Conversas Filosóficas, no próximo dia 20 (sábado), às 16 horas, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108). O programa tem entrada franca.
Wittgenstein consagrou-se como um pensador que, ao invés de devotar-se propriamente à construção de um arcabouço conceitual filosófico, preocupou-se em apontar os impasses que a filosofia fora capaz de engendrar, ao longo dos séculos, ao tomar como problemas filosóficos problemas de cunho eminentemente linguístico.
Nesta edição do Conversas Filosóficas, a debatedora do tema procurará demonstrar que a filosofia de Wittgenstein, sobretudo em sua segunda fase, concebe a mente como uma produção linguística de fundamental importância para a formação das nossas relações de sentido.

Currículo da debatedora
Maria Aparecida de Paiva Montenegro é bacharel e licenciada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará (1985), concluiu especialização em Fundamentos Filosóficos da Psicologia e da Psicanálise na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1988), é mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCCAMP (1990) e doutora em Filosofia pela UNICAMP (1999).
Como parte de seu estágio pós-doutoral, realizou dois cursos intensivos de verão na Universidade de Notre Dame - Indiana - EUA, sobre Platão e o gênero dialógico na filosofia (2003 e 2004).
É professora adjunta IV no Curso de Filosofia da Universidade Federal do Ceará, foi chefe do Departamento de Filosofia, coordenadora do Mestrado em Filosofia e atualmente é vice-diretora do Centro de Humanidades e Coordenadora Acadêmica do mesmo centro.
É coordenadora local do PROCAD na área de Filosofia Antiga e sua repercussão na posteridade, mantido entre os programas de pós-graduação em Filosofia da UFC, UFMG e UFRN.
Tem interesse em Filosofia da Linguagem, Filosofia da Mente, Filosofia e Literatura e Filosofia da Psicologia e da Psicanálise, com ênfase nos seguintes temas: Platão, linguagem, Wittgenstein, Freud.

Wittgenstein – breve biografia
Ludwig Joseph Johann Wittgenstein (Viena, Áustria, 26 de Abril de 1889 — Cambridge, Inglaterra, 29 de Abril de 1951) foi um filósofo austríaco considerado um dos maiores do século XX, tendo contribuído com diversas inovações nos campos da lógica, filosofia da linguagem, epistemologia, entre outros. A maior parte de seus escritos foi publicada postumamente, mas seu primeiro livro foi publicado em vida: Tractatus Logico-Philosophicus, em 1921.
Os primeiros trabalhos de Wittgenstein foram marcados pelas ideias de Arthur Schopenhauer, assim como pelos novos sistemas de lógica idealizados por Bertrand Russel e Gottlob Frege. Quando o Tractatus foi publicado, influenciou profundamente o Círculo de Viena e seu positivismo lógico (ou empirismo lógico).
Wittgenstein planejava com o Tractatus resolver de vez os problemas da filosofia. Acreditando ter cumprido seu objetivo e – profundamente influenciado pelas ideias cristãs de Leon Tolstoi, as quais Wittgenstein conhecera durante a 1ª Guerra Mundial – abandonou sua vida acadêmica propriamente dita.
Trabalhou como professor primário em vilas pobres da Áustria e como jardineiro em um mosteiro, além de arquitetar, junto com Paul Engelmann, a planta de uma casa em Viena para uma de suas irmãs.
Entretanto, em 1929, ele retorna à Cambridge, conquistando seu doutoramento e passando a se dedicar a uma continuação do Tractatus – haja vista que percebera não ter resolvido de vez os problemas da filosofia.
Preparou, então, o que chamou de anti-filosofia, tentando novamente resolver de vez os problemas da filosofia, e escrevendo as Investigações Filosóficas, que tiveram publicação póstuma, em 1953.
Apesar de muitos dividirem o pensamento de Wittgenstein entre o "Wittgenstein Primeiro", do Tractatus, e o "Novo Wittgenstein" (ou “Segundo Wittgenstein”), das Investigações Filosóficas, não há um consenso a respeito entre os pesquisadores de sua obra.
Tanto seus primeiros trabalhos quanto os posteriores foram profundamente influenciados pela filosofia analítica. Antigos estudantes e colegas que adotaram as concepções de Wittgenstein incluem Gilbert Ryle, Friedrich Waismann, Norman Malcom, G. E. M. Anscombe, Rush Rhees, Georg Henrik von Wright e Peter Geach.
Filósofos contemporâneos profundamente influenciados por ele incluem Michael Dummett, Peter Hacker, Stanley Cavell, Cora Diamond e James F. Conant. Os últimos três são normalmente associados ao que comumente chamam de "Novo Wittgenstein" (ou “Segundo Wittgenstein”).
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