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domingo, 21 de março de 2010

Sudeste bem representado

No sudeste, as cidades começam a se movimentar para participarem ativamente da Hora do Planeta 2010. São os casos de Taubaté, Tarumã (SP), Rio das Ostras (RJ) e Carangola (MG).

O Cristo Redentor é um dos maiores símbolos do Rio de Janeiro. Conhecido nos quatro cantos do mundo, milhões de turistas embarcam no bondinho - situado no bairro de Laranjeiras - eufóricos com a possibilidade de, em poucos minutos, conhecerem a imponente estátua de braços abertos construída no topo do Corcovado. Cenário de filmes, pedidos de casamento e paisagem de muitas fotografias, o local ficará às escuras no dia 27 de março, entre 20h30 e 21h30. Trata-se da Hora do Planeta, movimento inaugurado em Sidney, Austrália, em 2007 e que, pelo segundo ano consecutivo, chega ao país por meio do WWF-Brasil.


Por mais curioso que possa parecer, no entanto, o famoso cartão-postal carioca não será o único Cristo Redentor a ter as luzes desligadas no gesto simbólico de combate ao aquecimento global marcado para a próxima semana. Em Taubaté, cidade com cerca de 270 mil habitantes, no interior do estado de São Paulo, uma estátua homônima seguiu a tradição do parceiro famoso e se transformou no maior ícone da cidade. Localizado no bairro Alto do Cristo, é o ponto mais alto de todo o município. Aceso durante todas as noites do ano e ponto de referência em qualquer rua, o ‘Cristo de Taubaté’ será apagado durante 60 minutos para mostrar a preocupação da população local com as mudanças climáticas e a conservação de ambientes terrestres e aquáticos – principais focos da versão nacional da mobilização.

“Recebemos muitos e-mails e ligações de habitantes com perguntas a respeito do que significa a Hora do Planeta e pedidos de informações sobre o que pode ser feito. Além disso, vamos comunicar sobre a nossa decisão e o que faremos no dia 27 através de jornais locais. O legal é que todos conseguem ver a estátua do Cristo, de onde estiverem”, avalia Getúlio Kater, engenheiro agrônomo da Diretoria de Meio Ambiente, Turismo e Cultura.

Também no estado paulista, outra cidade aderiu ao movimento que, acima de tudo, pretende ressaltar a importância, no Brasil, do combate ao desmatamento e defesa dos alicerces do Código Florestal, como as áreas de preservação permanentes (APPs) e reservas legais. Ela chama-se Tarumã e, uma vez mais, decidiu mostrar ao mundo que se preocupa com o equilíbrio ecológico, manutenção das florestas em pé e redução imediata das emissões de gases que causam o efeito estufa.

Com vontade de dar um ótimo exemplo para a região sudeste, o lugar conhecido, no início dos anos 20, por ser uma fazenda cujo dono contratava seus vaqueiros com o pré-requisito de serem bons jogadores de futebol, garantiu que vai apagar todas as suas áreas públicas. Para isto, a prefeitura entrará em contato e firmará parcerias com a Câmara Municipal, Polícia e outras instituições, com o intuito de garantir a ordem e a segurança durante a Hora do Planeta.

“Também faremos uma mobilização com todos os moradores, em especial funcionários da prefeitura. Começaremos agora, há cerca de quinze dias do evento, e usaremos carros de som e spots de rádio. Temos espaço de propaganda nas emissoras locais. A noite de 27 de março começará com o apagar das luzes do mastro situado na entrada da cidade com a bandeira do município. Ele tem 40 metros de altura e fica aceso a noite toda. Até quem está na rodovia consegue vê-lo”, afirma Angelo Henrique Biazi, supervisor de Meio Ambiente de Tarumã.

Além do mastro, também ficarão sem qualquer resquício de luminosidade o prédio da Prefeitura Municipal, a Praça das Palmeiras, o Centro Integrado de Educação e Cultura e a Câmara. A urgente necessidade de combater o aquecimento global e manter o equilíbrio na natureza para a adaptação às conseqüências do aquecimento serão a base de toda a comunicação no município.

Carangola

Terra natal do Ministro do Supremo Tribunal Federal entre 1960 e 1969, o advogado Victor Nunes Leal, Carangola (MG) já foi referência na plantação de café. Atualmente, a cidade, conhecida como Princesinha da Zona da Mata, tem como principal virtude a prestação de serviços na área de saúde. Mas não é só. Em seus domínios está uma das mais importantes fábricas de laticínios do Brasil.

Entre as 20h30 e 21h30 do dia 27 de março, a principal notícia que virá deste pequeno município mineiro é a escuridão que tomará conta do Cruzeiro, símbolo e monumento religioso, tombado pelo Patrimônio Histórico, da Praça da Matriz e de todos os prédios no entorno (como a Igreja Matriz e o Fórum) e de placas de divulgação na fachada dos prédios públicos. As vias permanecerão acesas em função da segurança. Esse será o gesto simbólico da cidade de Carangola e seus habitantes de preocupação e alerta contra o aquecimento global.

“No próximo ano, o prédio da prefeitura, que está em obras e é uma arquitetura muito bonita, já estará pronto e reformado. Na ocasião, ele será o grande símbolo da Hora do Planeta. Em 2010, faremos uma apresentação musical de voz e violão, sob a luz de tochas, durante os 60 minutos”, explica Francisco Cabral, secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Carangola.

Rio das Ostras

A cada verão, cerca de 200 mil pessoas visitam Rio das Ostras, uma das cidades mais concorridas do litoral Fluminense em função de suas belas e diversificadas praias. O seu maior símbolo é a ponte que passa logo acima do rio que dá nome ao lugar. Ela, é claro, foi anunciada como um dos três monumentos a serem apagados durante a Hora do Planeta, como gesto de alerta contra os graves impactos das mudanças climáticas.

“A ponte é a logomarca da cidade, símbolo oficial ao lado da bandeira, do brasão e hino. Mas também desligaremos as luzes da Praça José Pereira Câmara, nova e central, à beira da praia, e o prédio da prefeitura, de grande porte. Por fim, temos um núcleo de educação ambiental que está visitando escolas, divulgando o projeto e pedindo a adesão. Anúncios em jornais impressos e rádios entrarão na semana do evento”, diz Max José de Almeida, secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca.

Almeida explica que a repercussão na mídia da Hora do Planeta foi tão grande no último ano que, tão logo souberam do movimento em 2010, decidiram participar ativamente. Para isso, também haverá uma apresentação musical na praça. Além das citadas, Osasco, Barueri, Porto Ferreira e São José dos Campos (todas de São Paulo) se engajaram na campanha. E a sua cidade, participará também?

Sobre o WWF-Brasil
O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sobre a Hora do Planeta
A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas. No sábado, dia 27 de março de 2010, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, quando o WWF-Brasil realizou pela primeira vez a Hora do Planeta no Brasil, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apagaram suas luzes.