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terça-feira, 12 de abril de 2016

Setor de serviços de turismo, hospedagem e eventos fatura R$ 6,7 bilhões na capital paulista em 2015


Pesquisa da FecomercioSP aponta queda de 6% no faturamento do segmento na comparação com o mesmo período de 2014

Em 2015, o setor de serviços de turismo, hospedagem e eventos também sofreu com a crise econômica brasileira. Somente no ano passado, o faturamento real dos serviços prestados no setor retraiu 6% na comparação com o mesmo período de 2014 e atingiu R$ 6,7 bilhões; 2,6% do total da receita de serviços gerada no ano na cidade de São Paulo.

No ano, o faturamento total do setor de serviços caiu 2,8% e atingiu R$ 256,5 bilhões, cerca de R$ 7,5 bilhões a menos do que o valor registrado em 2014. Com a queda, a receita do setor voltou a um patamar inferior ao de 2013, quando atingiu R$ 259,3 bilhões.

Os dados fazem parte da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), a qual disponibiliza o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico.





acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a retração no segmento de serviços do turismo, hospedagem, eventos e assemelhados se deu em parte pela redução do consumo das famílias, reflexo da inflação elevada, do aumento do desemprego, da queda de renda e da intenção de endividamento. Os viajantes se tornaram mais cautelosos e diminuíram a compra de pacotes de viagens, sobretudo por meio de parcelamentos. Além disso, também optaram por pacotes mais baratos.

Para a Federação, os números também refletem o impacto da crise no setor de viagens corporativas. Com ajustes e corte de custos por parte dos empresários, houve a diminuição de investimentos em viagens e eventos corporativos. Outro fator de atenção é o avanço do encerramento de atividades e, também, um possível aumento da informalidade no setor.
O principal destaque positivo da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços ficou por conta do aumento do faturamento na categoria Simples Nacional.
Emprego
A queda do faturamento teve reflexos no mercado de trabalho e levou à eliminação de vagas no setor de turismo. Em 2015, apenas nas atividades de alojamento e alimentação, foram eliminadas 5.365 vagas formais de trabalho na cidade de São Paulo. Com isso, o número total de trabalhadores no segmento caiu para232.094, contra 237.459 em 2014. A participação do emprego total do segmento no setor de serviços paulistano ficou em 6,6%. 

Metodologia

Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de faturamento do setor de serviços do País em âmbito municipal, desenvolvido a partir dos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo obtidos por meio de um convênio de cooperação técnica firmado com a Prefeitura de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica iniciada em janeiro de 2010, permitindo assim o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado do ISS no município. A análise identifica o total do faturamento (real e nominal) por atividade, as variações porcentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior, mês imediatamente anterior e o acumulado no ano. 

Sobre a FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 157 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por 11% do PIB paulista - aproximadamente 4% do PIB brasileiro - e gera 5 milhões de empregos.