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domingo, 1 de março de 2015

Francisco Bosco assume presidência da Funarte

Da esq. p. a dir._O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o presidente da Funarte, Francisco Bosco; o Ministro da Cultura, Juca Ferreira; e o diretor executivo da Funarte, Reinaldo Verissimo. Foto S. Castellano

Na solenidade de posse, ministro da Cultura, Juca Ferreira, promete valorizar a Fundação e os servidores

O novo presidente da Fundação Nacional de Artes, Francisco Bosco, foi empossado nesta sexta-feira (27/2) pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira. Em clima descontraído, a cerimônia realizada na Sala Sidney Miller, Palácio Gustavo Capanema, no Centro do Rio, contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de artistas e políticos, além de servidores e colaboradores da Fundação.

Na solenidade, o jornalista, filósofo, escritor e ensaísta Francisco Bosco assumiu o cargo com o compromisso de ajudar o ministério no fortalecimento da entidade e na coordenação dos debates para a construção de uma Política Nacional das Artes. Sobre a gestão à frente da Fundação, seu primeiro cargo público, ele disse que se sentia como se fosse um jogador de meio campo, daqueles que distribui o jogo. "De vez em quando, pretendo meter um ou outro golzinho. Mas me sinto principalmente como aquele que vai receber os passes e distribuí-los". Aos servidores, em especial, falou: "conto com todos para fazer um trabalho de mobilização, que consiga dar à instituição uma força simbólica que possa contaminar a nossa sociedade e a nós mesmos".

O novo presidente fez uma análise da arte e da cultura no Brasil desde as suas origens. Segundo ele, a arte emerge da cultura e lida com uma dimensão diferente desta, lida com o que não existe. "Em grande medida, a arte está no mundo para mostrar às pessoas não aquilo o que elas são, mas o que elas podem ser. Aquilo que podemos ser e não sabemos ainda. O compromisso da arte não é menor que o engrandecimento subjetivo, cultural e social. Considero este o pano de fundo, o contexto geral, a que pertence a minha tarefa. Devemos pensar na arte como alguma coisa que não se confunde com a cultura, mas, ao mesmo tempo, num contexto mais amplo, de uma tarefa histórica de democratização da cultura", avaliou.

O ministro Juca Ferreira destacou o compromisso de revitalizar a Funarte em sua nova gestão e disse que "o corpo de funcionários precisa crescer e ser valorizado". É preciso revitalizar essa instituição porque, no Sistema MinC, a Funarte terá uma importância tão grande quanto têm o Iphan, o Ibram, a Ancine e outras estruturas do Ministério, com responsabilidades igualmente importantes. "Vamos construir uma bela Funarte, reconstituir sua grandeza, construir essas políticas públicas e aplicá-las e recuperar tudo o que a Funarte fez e faz", afirmou.

Participaram da mesa de posse, além do ministro e Francisco Bosco, o prefeito do Rio de Janeiro e o diretor executivo da Funarte, Reinaldo Verissimo. Também estiveram presentes o secretário de Políticas Culturais (SPC) do MinC, Guilherme Varella; o representante regional do MinC no Rio, professor Adair Rocha; a historiadora Lia Calabre, que será empossada presidente da Casa de Rui Barbosa; a arquiteta urbanista Jurema Machado, presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional); o ator, humorista e diretor teatral Bemvindo Sequeira; o senador Lindberg Farias; os deputados federais Alessandro Molon e Benedita da Silva; o secretário municipal de Cultura do Rio, Marcelo Calero, entre outras personalidades.

Formado em Jornalismo pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) e doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Francisco Bosco assumirá o cargo ocupado desde setembro de 2013 pelo diretor teatral Guti Fraga, que fundou o Grupo Nós do Morro.

Bosco foi coordenador da Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles (IMS), e atuou na imprensa escrita como colunista e ensaísta. É autor dos livros Da amizade(7Letras, 2003), Dorival Caymmi (PubliFolha, 2006), Banalogias (Objetiva, 2007),E livre seja este infortúnio (Azougue, 2010) e Alta ajuda (Foz, 2012).