Alice Schuch, escritora, palestrante, doutora e pesquisadora do universo feminino Danii Scher |
Alguns grandes empresários brasileiros atuais iniciaram as suas fortunas de modo prático, muito simples, porém ininterruptamente perseguiram as suas paixões de adolescentes de acordo com as oportunidades que se mostraram a cada momento. O primeiro deles, vendendo doces que a mãe fazia de porta em porta. O segundo, entregando marmitas aos funcionários de empresas construtoras da sua cidade natal e, o terceiro, viajando com pesadas malas repletas de sapatos para comercializar pelo interior do Rio Grande do Sul. A observação é da escritora, palestrante e pesquisadora do gênero feminino Alice Schuch. “Também uma amiga, empresária do ramo da moda, assim como Coco Chanel, iniciou a sua atividade vendendo produtos confeccionados por ela e hoje tornou-se referência na arte do bem vestir”, completa. Pautada nessas evidências, os exemplos demonstram o valor da ambição, em um período em que a pesquisadora batiza de Neofeminino. Porque afinal, cita ela, “a vida é práxis e quer viver!”.
Alice lembra que para Aristóteles (384 a C.), não havia ciência em si como uma teoria avulsa, pois a vida é práxis. “Segundo o filósofo, estudamos a ética a fim de melhorar nossas vidas, seu interesse principal era a natureza do bem-estar humano. Pontua ainda que o que precisamos, a fim de viver bem é a sabedoria prática que não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, mas precisa também ser vivenciada de modo experimental”, explica.
“E quanto a nós?”, indaga a pesquisadora. Substancialmente considera-se que a pessoa boa e virtuosa é aquela que alia inteligência e vontade, isto é, trabalha para ampliar sua identidade pessoal: sabe aquilo que almeja, agrada-lhe aquela ação, realiza e então distribui a felicidade que de fato possui.
Ela sugere: “experimente-se, busque a independência econômica, sem a qual não temos barganha, pois como já dizia Wiston Churchil: você não pode negociar com um tigre quando a sua cabeça está na boca dele. Sejamos ambiciosas! Conforme lê-se na obra Psicologia do Líder de Antonio Meneghetti, se não existe a ambição, a inteligência é inútil.