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domingo, 20 de junho de 2010

Encontro Brasil-Uruguai discute negócios em 10 setores estratégicos

Empresários e autoridades do Brasil e do Uruguai discutem na sexta-feira (18) oportunidades comerciais em dez setores estratégicos em reunião às 9h na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). A rodada de negócios, realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), tem foco nas áreas de lácteos, eletrônicos, autopeças, energia eólica, couro, preservativos, massas alimentícias, vinhos, têxtil e biotecnologia.

O encontro é o segundo realizado entre os dois países para discutir integração produtiva. O primeiro ocorreu no início de maio em Montevidéu, Uruguai. “É uma excelente oportunidade para estreitarmos as relações econômicas e avaliarmos possibilidades de parcerias, negócios e projetos conjuntos. O Uruguai é um país fronteiriço e conta com importantes investimentos brasileiros”, afirma o presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri.

Ele lembra que o Brasil é um dos principais fornecedores de energia elétrica para o Uruguai, além de exportar automóveis, máquinas industriais e combustíveis. Por outro lado, são importados do Uruguai produtos têxteis, leite e derivados. A primeira reunião entre os dois países ocorreu no âmbito da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente uruguaio José Mujica. O encontro deu continuidade ao diálogo iniciado em 2009, quando os países identificaram setores com potencial de complementariedade e integração produtiva.

Em março deste ano, os ministros Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Roberto Kreimerman, da Indústria, Energia e Mineração do Uruguai, se reuniram no Brasil e fizeram a priorização dos setores. “Há várias ações em curso e outras que necessitam de apoio para que tenham início, com grandes possibilidades de desenvolvimento e crescimento conjunto, como é o caso do setor de lácteos, cujas indústrias poderão se associar para a instalação de uma torre de secagem no Brasil e para a produção de leite condensado no Uruguai”, destaca Arcuri.

Além do setor de lácteos, há perspectivas de projetos de transferência de tecnologia de kits para diagnóstico por metodologias diferenciadas (biotecnologia), instalação de fábrica de autopeças para carretas (metalmecânica), identificação e capacitação de fornecedores (energia eólica e couro), além de parcerias para a fabricação de preservativos.