Nossos Vídeos

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Heitor Werneck: a genialidade criativa no espectro autista como potência artística

Heitor Werneck - Foto: Divulgação


    Aos 58 anos, o produtor artístico Heitor Werneck é uma força criativa por trás de grandes eventos como a Parada LGBT de São Paulo e de outras regiões do Brasil, além da Virada Cultural de São Paulo. Diagnosticado tardiamente com autismo nível 2 de suporte, Heitor é um exemplo de superação e genialidade que rompe barreiras e inspira.

    Com QI de 423 e características da síndrome de Savant, Heitor transcende os desafios impostos pela hipersensibilidade aos estímulos e pelas dificuldades sociais próprias do espectro. Sua mente excepcional, no entanto, encontra na arte e na produção cultural um canal potente de expressão. Ele transforma seu universo interno em experiências que mobilizam milhões de pessoas nas ruas e nas redes, conectando causas, afetos e estética.

    “Meu cérebro não funciona dentro do padrão, mas ele encontra soluções que talvez um cérebro típico não encontrasse. A arte é onde tudo isso faz sentido”, afirma Werneck.

    Werneck começou sua carreira no meio cultural nos anos 1980 e construiu um currículo que passa por teatro, moda, ativismo e produção de eventos. Estilista, produtor cultural, é precursor do fetichismo no Brasil e idealizador da primeira festa liberal do país, o Projeto Luxúria. Fundou a Escola de Divinos, uma marca que foi um ícone e trouxe a moda underground brasileira como foco internacional e se tornou um grande referencial para cultura clubber.

    Heitor também atua como consultor em séries e filmes da HBO, Netflix, Globo e, entre as suas principais atividades, realiza ações sociais em prol de membros da comunidade LGBTQIAP+ voltadas para saúde, alimentação e acolhimento em parcerias com ONGs, empresas e órgãos do governo. Além de estar sempre engajado em campanhas de prevenção ao HIV e a promoção da sexualidade positiva.

    E desde 2017, quando assumiu a direção artística da Parada LGBT+ de São Paulo, Werneck é uma das figuras mais criativas e visionárias do evento, considerado o maior do mundo em número de participantes, ao desenvolver um importante papel em ajudar a transformá-lo em uma plataforma de impacto estético e político.

    Em 2025, o tema escolhido da Parada LGBT de São Paulo — “Velhices” — também se conecta com sua jornada pessoal de descoberta e autocompreensão na maturidade.

 “Durante muito tempo, envelhecer era algo que eu temia. Hoje, é parte da minha libertação.     
    Descobrir que sou neurodivergente nessa etapa da vida me ajudou a dar nome ao que antes era apenas dor, cansaço e mal-entendidos. Mas também me trouxe uma nova potência criativa. Na arte, eu não preciso traduzir o que penso. Eu mostro”, afirma o produtor.

    Pessoas com síndrome de Savant apresentam habilidades extraordinárias em áreas específicas — como música, matemática ou arte — ao mesmo tempo em que enfrentam dificuldades em outras esferas cognitivas ou sociais. No caso de Werneck, o hiperfoco e a memória detalhista e uma capacidade incomum de conexão criativa entre ideias são ferramentas valiosas na concepção dos desfiles, carros alegóricos, performances e discursos que compõem a Parada.

    Essas características, presentes em uma pequena parcela de pessoas autistas, combinadas com o envolvimento de Heitor nas pautas LGBTQIAPN+, fazem dele um nome singular na produção cultural brasileira.

    Mesmo assim, a jornada não é simples. “A cidade é barulhenta, intensa, invasiva. Preciso de longos períodos de silêncio para conseguir me regular. E o trabalho em equipe exige uma energia emocional que nem sempre tenho disponível”, confessa.

    Além de sua atuação artística, Werneck é um defensor da inclusão de pessoas neurodivergentes no mercado criativo e da visibilidade das múltiplas vivências dentro da população LGBTQIAPN+. Seu trabalho é reconhecido não apenas por sua excelência técnica, mas por sua sensibilidade em representar subjetividades diversas com autenticidade e beleza.

    “Existe um apagamento grande das neurodivergências na cultura queer. Ser autista e gay, ser artista e autossuficiente, ser velho e criativo — tudo isso quebra expectativas que nos são impostas”, assinala.

    Para ele, a edição de 2025 da Parada será uma oportunidade não apenas de celebrar as velhices LGBTQIA+, mas também de ampliar o debate sobre neurodiversidade, inclusão e longevidade com dignidade.

    “Ser autista não é limitação. É apenas uma forma diferente — e, muitas vezes, brilhante — de perceber o mundo”, conclui.

    Neste momento em que a Parada de São Paulo propõe refletir sobre o envelhecimento da população LGBT+, Heitor Werneck se torna símbolo vivo da interseccionalidade entre idade, neurodivergência, arte e resistência.


Saiba mais:


A sigla LGBTQIAPN+ representa uma diversidade de identidades de gênero e orientações sexuais. Cada letra da sigla tem um significado específico:

L - Lésbicas: Mulheres que se atraem emocional e sexualmente por outras mulheres.
G - Gays: Homens que se atraem emocional e sexualmente por outros homens. O termo também pode ser usado de forma geral para se referir a pessoas homossexuais.
B - Bissexuais: Pessoas que se atraem emocional e sexualmente por mais de um gênero.
T - Transgêneros: Pessoas cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo que lhes foi atribuído ao nascimento.
Q - Queer: Um termo abrangente que pode se referir a pessoas que não se encaixam nas normas tradicionais de gênero e sexualidade. Algumas pessoas usam "queer" como uma identidade política ou de resistência.
I - Intersexuais: Pessoas que nascem com características sexuais (genitais, gônadas e/ou cromossomos) que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino.
A - Assexuais: Pessoas que sentem pouca ou nenhuma atração sexual por outros, ou que têm uma orientação sexual não convencional. "A" também pode representar "aliados", que são pessoas que apoiam a comunidade LGBTQIA+.
P - Pansexuais: Pessoas que se atraem por outros independentemente de seu gênero, enfatizando a atração por pessoas como indivíduos, em vez de categorizá-las com base em seu gênero.
N - Não-binários: Pessoas que não se identificam exclusivamente como homens ou mulheres, podendo ter uma identidade de gênero que mistura elementos de ambos ou que não se encaixa em nenhuma dessas categorias.

O símbolo "+" é utilizado para incluir outras identidades e orientações que não estão especificamente representadas nas letras anteriores, reconhecendo a diversidade e a complexidade das experiências humanas em relação à sexualidade e gênero.


***




sexta-feira, 18 de abril de 2025

Ministério dos Povos Indígenas Oferece Bolsas de Estudo para Formação de Diplomatas Indígenas




O Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou um programa de bolsas de estudo para indígenas que desejam se tornar diplomatas. A iniciativa visa apoiar o ingresso de pessoas indígenas na carreira diplomática mediante a concessão de bolsas-prêmio para custear estudos preparatórios ao Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD).

Detalhes do Programa:


Número de Vagas: Serão ofertadas duas vagas para indígenas que prestarão o concurso.

Parceria: A parceria envolve o Ministério dos Povos Indígenas, o MRE, por meio do Instituto Rio Branco, e o CNPq.

Objetivo: Incentivar e apoiar a participação indígena na carreira diplomática, promovendo a diversidade e a inclusão na política externa brasileira.

Importância da Iniciativa


A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, destacou a importância da iniciativa, afirmando que os povos indígenas alcançam protagonismo nos espaços de incidência internacional. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, enfatizou a relevância da presença indígena na COP 30, que será realizada na Amazônia, e ressaltou a importância dos povos indígenas na conservação do meio ambiente e na proteção da biodiversidade.

Programa Kuntari Katu


A iniciativa está ligada ao Programa Kuntari Katu, que visa formar jovens líderes indígenas em temas relacionados à governança global. O programa é uma iniciativa conjunta entre os Ministérios dos Povos Indígenas, do Meio Ambiente e Mudança do Clima e das Relações Exteriores.


Mentoria e Apoio


Além das bolsas de estudo, o Instituto Rio Branco lançará um grupo de mentoria para os indígenas beneficiados pela ação afirmativa. Os cursistas do Kuntari Katu atuarão como monitores para colaborar na formação dos candidatos indígenas bolsistas.

***




segunda-feira, 14 de abril de 2025

Equipe médica detalha complexidade da cirurgia de Bolsonaro e destaca desafios no pós-operatório

Ilustração criada por IA


    Durante a primeira coletiva de imprensa após a cirurgia do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada segunda-feira (14/4), os médicos responsáveis explicaram os aspectos técnicos do procedimento e os cuidados essenciais para garantir sua recuperação. A operação teve como foco principal a correção de uma obstrução intestinal, condição que, segundo os profissionais, poderia ter evoluído para complicações graves se não fosse tratada com urgência.

    Cirurgia de alta complexidade


    A equipe médica revelou que a intervenção, com duração aproximada de 12 horas, exigiu a aplicação de técnicas avançadas de reparo intestinal. O procedimento combinou métodos minimamente invasivos com abordagens cirúrgicas abertas, com o objetivo de remover o bloqueio e restabelecer a perfusão sanguínea adequada nas áreas afetadas.

    Segundo os médicos, a cirurgia exigiu coordenação intensa entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e técnicos especializados. A complexidade foi agravada pelo histórico cirúrgico do paciente, que já passou por múltiplas intervenções após o atentado a faca em 2018. Fragmentos deixados do incidente e aderências formadas ao longo dos anos aumentaram o risco e a dificuldade do procedimento.
Pós-operatório exige vigilância constante

    A equipe médica ressaltou que o período pós-operatório representa um dos momentos mais delicados da recuperação. Entre os principais desafios estão o risco de infecções, a possibilidade de novas aderências e a vigilância sobre a funcionalidade do trato intestinal.

    Medidas adotadas incluem:

    Cuidados intensivos: Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde tem seus sinais clínicos monitorados continuamente. Exames de imagem são realizados com frequência para detectar qualquer anormalidade precoce.

    Controle de infecções: Para evitar infecções hospitalares, estão sendo administrados antibióticos profiláticos e adotados protocolos rigorosos de assepsia. A equipe também destacou o uso de equipamentos esterilizados e técnicas avançadas de descontaminação.

    Avaliação funcional intestinal: Testes regulares são aplicados para verificar o funcionamento do intestino após a cirurgia, com foco na detecção precoce de complicações como obstruções residuais ou falhas circulatórias.

    Gestão da dor e reabilitação: O controle da dor é essencial para permitir a mobilização precoce do paciente, medida importante para reduzir riscos como trombose e acelerar a recuperação geral.

    Os médicos destacaram que o estado clínico de Bolsonaro, até o momento, é considerado estável. A equipe seguirá com atualizações periódicas sobre sua evolução nas próximas 48 horas.


Assista:



***

PRA VOCÊ QUE É NOSSO LEITOR UM PRESENTINHO ESPECIAL:

CUPOM DE 30% DE DESCONTO PARA COMPRAS NA TEMU

⭐️Resgate seu pack de cupons de R$300 agora! 
ou busque por acv608898 na Temu 
para receber 30% de desconto! 

Ganhe 💰R$300 diretamente no aplicativo da Temu, aqui: 

Mais uma surpresa para você! 
ou pesquise inb028097 para ganhar juntos comigo🤝!


sexta-feira, 11 de abril de 2025

Povos Originários se Unem em Brasília Contra o Marco Temporal

21ª Edição do Acampamento Terra Livre - Foto: Fabio  Rodrigues-Pozzebom/Agência  Brasil



    Na recente edição do 21º Acampamento Terra Livre, os indígenas e demais povos originários se reuniram em Brasília para afirmar seus direitos e destacar a importância da demarcação das terras, tema que perpassa a discussão sobre o marco temporal. O evento, que contou com a participação expressiva de tribos indígenas e representantes das comunidades, reafirmou a necessidade de proteger os territórios ancestrais e garantir o respeito às tradições culturais.

    Durante a manifestação, líderes e participantes enfatizaram a urgência de combater políticas que limitam a demarcação e favorecem o agronegócio, além de evidenciar a resistência contra o marco temporal, uma norma que tem sido utilizada para restringir o reconhecimento das terras dos povos originários. A mobilização, considerada a maior desse tipo no país, também contou com manifestações de solidariedade e apoio de importantes personalidades, reforçando o vínculo entre os direitos indígenas e a preservação ambiental.

    Em diversas sessões, os líderes indígenas abordaram a importância de políticas públicas que valorizem suas culturas e garantam a aplicação efetiva das leis de demarcação de terras. A presença de representantes governamentais complementou as discussões, trazendo para o debate medidas que visam reparar danos históricos, promover respeito às tradições e assegurar a integridade dos territórios indígenas. 

    Além dos discursos, a manifestação em Brasília contou com uma série de apresentações culturais que reforçaram a identidade dos povos originários, celebrando suas raízes e enfatizando a importância da união na luta contra o marco temporal e pelas demarcações legítimas das terras indígenas. Em paralelo, foi ressaltado o papel fundamental que o Acampamento Terra Livre vem desempenhando ao longo dos anos como espaço de resistência e reivindicação dos direitos dos povos originários.

    A 21ª edição do Acampamento Terra Livre demonstrou o vigor da mobilização dos povos originários, que continuam a lutar pela demarcação de territórios e pela defesa de seu modo de vida frente às imposições do marco temporal. A manifestação em Brasília não só reafirmou o compromisso dos indígenas com a preservação de suas terras e culturas, mas também destacou a importância do diálogo entre sociedade civil e governo para a construção de políticas inclusivas e sustentáveis.

    A Força da União entre as Tribos Indígenas


    Um aspecto que se destacou no Acampamento Terra Livre foi a demonstração de solidariedade e união entre diversos grupos que, historicamente, enfrentaram desafios distintos, mas que compartilham uma luta comum. Essa união revela que os povos indígenas estão cada vez mais organizados e conscientes de seu papel não apenas na preservação de suas culturas, mas também na defesa do meio ambiente e dos direitos humanos de forma geral.

    A articulação entre tribos indígenas se estende para além das fronteiras nacionais, conectando comunidades de diferentes regiões com uma rede de apoio que fortalece a resistência contra medidas que possam comprometer a integridade dos territórios. A manifestação em Brasília, com seus confrontos e reivindicações, é um exemplo claro de como a união entre povos originários pode transformar a narrativa política e pressionar por mudanças concretas.
    
    Essa solidariedade também se reflete na forma como as fotos e os registros audiovisuais têm sido capturados e divulgados. Cada imagem transmite a força coletiva dos tribos indígenas e demonstra um compromisso com a causa que vai além das palavras: trata-se de uma ação concreta para transformar uma realidade de exclusão e vulnerabilidade em uma realidade de respeito e dignidade para os povos originários do Brasil.

Assista:




***

PRA VOCÊ QUE É NOSSO LEITOR UM PRESENTINHO ESPECIAL:

CUPOM DE 30% DE DESCONTO PARA COMPRAS NA TEMU

⭐️Resgate seu pack de cupons de R$300 agora! 
ou busque por acv608898 na Temu 
para receber 30% de desconto! 

Ganhe 💰R$300 diretamente no aplicativo da Temu, aqui: 

Mais uma surpresa para você! 
ou pesquise inb028097 para ganhar juntos comigo🤝!


terça-feira, 8 de abril de 2025

Tomas Barrios Vera é o vencedor da 15ª edição do Torneio Internacional de Tênis de Campinas

 


Chileno vence e chega ao seu quinto ATP Challenger


Tomas Barrios Vera, de 27 anos, conquistou o título do 15º Campeonato Internacional de Tênis de Campinas e chegou ao seu quinto título de ATP challengers. No confronto final, o cabeça de chave número um do torneio fez valer seu favoritismo e venceu Alvaro Guillen Meza, do Equador, em dois sets, com parciais de 6/4 6/3, em uma hora e 34 minutos. Com este título, Barrios Vera torna-se o segundo chileno a conquistar o título do torneio mais tradicional do calendário brasileiro. Antes dele, Cristian Garín venceu a etapa de 2018.

A chuva que se fez presente nos últimos dias em Campinas deu uma trégua e a decisão do ATP Challenger de Campinas aconteceu com céu aberto e arquibancadas lotadas, além de todos os elementos de um grande jogo. Mesmo com a torcida a favor do carismático Guillen Meza, de 22 anos, Barrios Vera conseguiu segurar o ímpeto do jovem equatoriano e perdeu apenas um game de seu serviço durante toda partida.

“Foi uma semana muito dura e de muito trabalho, mas muito contente. Estou grato por conseguir jogar bem, principalmente nos dois primeiros jogos e continuar crescendo durante o torneio. A verdade é que me sinto muito bem no Brasil e jogar aqui (em Campinas) é muito agradável e todos fazem com que o clima fique muito bom”, comentou Barrios Vera.

Guillen Meza esbanjou simpatia durante toda cerimônia de premiação e compartilhou suas impressões sobre a semana após a final.

"Fico feliz com a semana que tive e sigo mais confiante no trabalho que estamos fazendo. Hoje foi uma partida dura. Ele é um jogador muito bom e teve muita qualidade. Creio que foi um bom jogo, as condições um pouco difíceis, havia muito vento. Tenho que dar crédito para ele porque fez uma grande partida taticamente em todos os sentidos", disse Guillen Meza.

Com este título, o chileno que já chegou a 93ª posição no ranking mundial, agora ocupará a 128ª colocação. O finalista equatoriano sobe de 243ª para 210, no ranking da ATP.

Barrios Vera encerrou com entusiasmo: “É muito importante continuar pontuando e subindo no ranking mundial ". O campeão em Campinas leva para casa US$14.200 e 75 pontos no ranking ATP, enquanto o vice-campeão recebe US$8.330 e 44 pontos.

O campeão já está a caminho dos Estados Unidos onde jogará no Sarasota Open, na chave principal. Meza confirmou presença no ATP Challenger 50 de Porto Alegre, no final de abril. Antes disso, disse participar do ATP de Tucuman.

Na cerimônia de premiação os finalistas receberam um prato troféu exclusivo da Vivara, além de um relógio e um "coin" também da Vivara, marca brasileira de joias e acessórios luxuosos.

A 15º edição do ATP Challenger de Campinas, é incentivado por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, e conta com o copatrocínio de Kia – Carro Oficial, Vivara, Philco, Stella Artois Pure Gold, Alupar, Taesa, Costa do Sauípe – Parques e Resorts, Azul Linhas Aéreas – Transportadora Oficial, INNI Sports – Bola e Roupa Oficial, Faixa Azul, Aberje, Eletromidia e Federação Paulista de Tênis.

O evento é realizado na Sociedade Hípica de Campinas, e integra o calendário mundial ATP Challenger Tour. A realização é do Instituto Sports.

Confira abaixo a lista com todos os campeões de simples e duplas.

Campeões de Simples:
2011 – Maximo Gonzalez (ARG)
2012 – Guido Pella (ARG)
2013 – Guilherme Clezar (BRA)
2014 – Diego Schwartzman (ARG)
2015 – Facundo Arguello (ARG)
2016 – Facundo Bagnis (ARG)
2017 – Gastão Elias (POR)
2018 – Cristian Garín (CHI)
2019 – Juan Pablo Varillas (PER)
2020 – Francisco Cerundolo (ARG)
2021 – Sebastian Baez (ARG)
2022 – Jan Choinski (GBR)
2023 – Thiago Monteiro (BRA)
2024 – Tristan Boyer (EUA)
2025 – Tomas Barrios Vera (CHI)

Campeões de Duplas:
2011 – Marcel Felder (URU)/ Caio Zampieri (BRA)
2012 – Marcelo Demoliner (BRA) / João Souza (BRA)
2013 – Guido Andreozzi (ARG) / Maximo Gonzales (ARG)
2014 – Facundo Bagnis (ARG / Diego Schwartzman (ARG)
2015 – Andres Molteni (ARG) / Hans Podlipnik-Castillo (CHI)
2016 – Federico Coria (ARG) / Tomas Lipovsek Puches (SLO)
2017 – Maximo Gonzales (ARG) / Fabricio Neis (BRA)
2018 – Hugo Dellien (BOL) / Guillermo Duran (ARG)
2019 – Orlando Luz (BRA) / Rafael Matos (BRA)
2020 – Sadio Doumbia (FRA) / Fabien Reboul (FRA)
2021 – Rafael Matos (BRA) / Felipe Meligeni Alves (BRA)
2022 – Boris Arias (BOL) / Federico Zeballos (BOL)
2023 – Guido Andreozzi (ARG) / Guillermo Duran (ARG)
2024 – Mateus Alves (BRA) / Orlando Luz (BRA)
2025 – Mariano Kestelboim (ARG) / Gonzalo Villanueva (ARG)


***




sexta-feira, 21 de março de 2025

Mulheres paulistas transformam o próprio negócio com crédito do Banco do Povo

Em pouco mais de 1 ano, Banco do Povo Paulista libera R$ 103 milhões para empreendedoras; conheça histórias de superação e saiba mais sobre o financiamento


Março é o mês que celebra o Dia Internacional da Mulher, mas a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) incentiva e apoia o empreendedorismo feminino durante o ano todo. Por meio do Banco do Povo Paulista (BPP), foram cerca de R$ 103 milhões concedidos por meio de créditos a mulheres empreendedoras do Estado de São Paulo, no período de janeiro de 2024 a fevereiro de 2025, em mais de 6,8 mil operações. Pequenos e médios negócios impactados com o financiamento de juros mais baixos do que os praticados pelo mercado.


Atualmente, as mulheres representam 48% do público apoiado pelo programa que conta, inclusive, com uma linha de crédito específica para elas, o Empreenda Mulher. Cláudia Almeida Pereira, 38 anos, faz parte desse grupo. Nascida na cidade de São Paulo, ela montou o seu negócio de venda de açaí em Ubatuba, no litoral norte paulista, após conseguir comprar uma casa própria e se mudar com a família para a região em 2023.


“Hoje, meu negócio é uma referência de venda de açaí sobre rodas nas praias daqui. E, graças à ajuda do Banco do Povo, foi possível expandir o meu empreendimento, pois consegui colocar mais um carrinho na areia”, explica Cláudia.

A empreendedora conta que possui grandes sonhos para o seu negócio e que, para realizá-los, contará ainda mais com o auxílio do BPP. “Assim que quitarmos as parcelas, quero pegar um novo crédito com o Banco do Povo Paulista e comprar mais dois carrinhos para fortalecer ainda mais a minha marca. A ideia é criar uma franquia para que outras pessoas possam obter resultados por meio desse modelo de empreendimento”, ressalta.

Rainy França dos Reis, 32 anos, é outro exemplo. Moradora de Caraguatatuba, também no litoral norte paulista, ela tem um espaço que oferece o serviço de alongamento de unhas, onde também funciona um instituto que carrega o seu nome para compartilhar conhecimentos.

“Eu entendi que não conseguiria dar cursos para turmas por causa do meu espaço anterior, que era bem menor. Então, foi neste momento que o Banco do Povo entrou na minha vida para me ajudar, pois consegui me mudar para um local maior, com duas salas”, destaca.


Segundo ela, a oportunidade de trocar para o novo espaço apareceu em um momento inesperado. "Se não fosse o Banco do Povo, talvez eu não tivesse conseguido mudar, porque realmente o serviço foi fundamental. O processo foi tranquilo, deu tudo certo e foi rápido. Na unidade da minha cidade, a agente de crédito foi muito atenciosa. Hoje, sou a designer de unhas mais reconhecida no município, número 1 do Google", finaliza.

Linhas de crédito

O Banco do Povo possui três linhas de crédito: Empreenda Rápido, Empreenda Mulher e Empreenda Afro, com valores entre R$ 200 e R$ 21 mil. Além disso, os participantes fazem um curso de capacitação empreendedora, promovido gratuitamente pelo Qualifica SP e pelo Sebrae, para aprender ou se aperfeiçoar na gestão do seu negócio.

Para saber quais são as unidades conveniadas ao Banco do Povo, conferir a lista dos documentos necessários para solicitar o microcrédito e as taxas de juros, basta acessar a página do Banco do Povo Paulista, no site da SDE.

Sobre a SDE

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), do Governo do Estado de São Paulo, exerce papel fundamental para a reindustrialização e atração de investimentos com foco na geração de emprego, renda e desenvolvimento regional. Além disso, conta com programas de capacitação profissional e ações de fomento ao empreendedorismo, que incluem linhas de microcréditos do Banco do Povo. A pasta tem como instituições vinculadas: InvestSP, Desenvolve SP e Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).

***
Preços e estoque sujeitos a alteração mediante a data de acesso
  



Estudo aponta que estresse crônico pode elevar risco de AVC em mulheres

Prof.ª Dra. Matilde - Crédito: Publicidade


    Médica fisiatra alerta sobre impactos do estresse na saúde vascular e importância da reabilitação, após um derrame

    Um estudo publicado nesta quarta-feira (5), na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, revelou que mulheres que vivem sob estresse crônico têm um risco 78% maior de sofrer acidente vascular cerebral (AVC).

    A pesquisa, do Hospital Universitário de Helsinque, na Finlândia, e do Instituto Karolinska, na Suécia, analisou a relação entre o estresse prolongado e a ocorrência de AVC isquêmico, o tipo mais comum, causado pela obstrução de uma artéria no cérebro, representando, por exemplo, em torno de 85% dos casos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

    Os pesquisadores avaliaram 426 pacientes, com idades entre 18 e 49 anos, que sofreram um AVC sem causa aparente, e comparou-as com outras 426 pessoas da mesma faixa etária que não tiveram derrame. Todas responderam a questionários sobre seus níveis de estresse no mês anterior ao evento. As pontuações variavam de 0 a 40, sendo classificadas em três níveis: baixo (0 a 13), moderado (14 a 26) e alto (27 a 40).


Principais descobertas do estudo       


- Mulheres com estresse moderado tiveram um risco 78% maior de sofrer AVC, em comparação com aquelas com níveis baixos de estresse.

- Curiosamente, o estresse alto foi associado a um aumento de risco de apenas 6%, levantando questões sobre os mecanismos envolvidos.

- Entre as mulheres que sofreram AVC, 46% relataram níveis moderados ou altos de estresse, enquanto no grupo sem AVC, esse número foi de 33%.

- Mesmo após ajustes para fatores, como pressão alta, tabagismo e consumo de álcool, a correlação entre estresse e AVC permaneceu significativa.

- Os pesquisadores não encontraram uma ligação entre estresse e derrame em participantes do sexo masculino.

    Para a médica fisiatra Prof. Dra. Matilde Sposito, especialista em reabilitação neurológica e bloqueios neuroquímicos para o tratamento de sequelas do AVC, com consultório em Sorocaba (SP), os dados reforçam a necessidade de estratégias eficazes de controle do estresse. “Apesar das descobertas, o estudo não prova que o estresse causa derrame e, sim, apenas mostra uma associação. Mesmo assim, o estresse prolongado ativa mecanismos inflamatórios no corpo, aumentando a pressão arterial. Isso pode comprometer a circulação e elevar o risco de AVC”, explica.

O pesquisador do Hospital Universitário de Helsinque, na Finlândia, Nicolas Martinez-Majander, afirmou, em comunicado, que mais pesquisas são necessárias para entender por que mulheres que se sentem estressadas, mas não homens, podem ter um risco maior de derrame. “Além disso, precisamos explorar mais por que o risco de derrame em mulheres foi maior para estresse moderado do que para alto estresse”, declarou.

Prevenção e tratamento


A médica fisiatra Prof.ª Dra. Matilde explica que a incidência de AVC é mais comum em pacientes que não se atentam para os seguintes pontos: alto nível de estresse, má alimentação e sedentarismo. “Esse, costumamos dizer, é o tripé-fatal. Por isso, reitero que manter a saúde em dia, fazer exames regulares, ter uma boa alimentação, aliada a hábitos saudáveis de vida, com exercícios físicos, é primordial para a longevidade, principalmente para aqueles que já tem uma predisposição genética”, enfatiza.

Ela explica que as sequelas de um AVC podem ser muito graves, levando a uma mudança radical na vida do paciente. “A Fisiatria é uma especialidade médica voltada para a reabilitação de pessoas com dificuldades motoras causadas por doenças como o AVC. O processo terapêutico busca estimular o cérebro a se reorganizar, promovendo a recuperação de funções prejudicadas”, explica a médica fisiatra.

O principal objetivo do tratamento, segundo Prof.ª Dra. Matilde Sposito, é restaurar a mobilidade, aliviar dores e proporcionar mais qualidade de vida ao paciente. Para isso, diferentes abordagens podem ser adotadas, como acupuntura, fisioterapia, hidroterapia, RPG, pilates e cinesioterapia.

Além das terapias convencionais, podem ser aplicados bloqueios neuroquímicos com toxina botulínica para tratar sequelas, traumas ou outras condições que afetam os movimentos, como a espasticidade – caracterizada pela rigidez muscular e a dificuldade de movimentação.

Para saber mais sobre o universo da Fisiatria, acesse o site: www.dramatildesposito.com.br; as redes sociais @dramatildesposito ou ligue para: (15) 3229-0202 ou WhatsApp (15) 98812-2958. O consultório da Prof.ª Dra. Matilde Sposito fica localizado na clínica Ápice Medicina Integrada, situada na Rua Eulália Silva, 214, no Jardim Faculdade, em Sorocaba/SP.

Pesquisa mostra que perda auditiva não tratada aumenta o risco de demência



Um estudo publicado na revista inglesa The Lancet Public Health revela que a perda auditiva não tratada está diretamente associada ao aumento de 42% no risco de demência em indivíduos entre 40 e 69 anos. A pesquisa, que incluiu dados de 438 mil pessoas, destaca que o uso de aparelhos auditivos por pessoas que tem perda auditiva as protege desse risco, enquanto pessoas com perda auditiva não tratada estão mais propensos à demência quanto pessoas com audição normal.

O estudo, que analisou dados do UK Biobank — um banco de dados que inclui informações genéticas e de saúde detalhadas de quase meio milhão de pessoas no Reino Unido. Dos avaliados, 111.822 (um quarto) apresentaram perda auditiva — desse grupo, apenas 13.092 (12%) usavam o dispositivo.

Os autores, então, descobriram que aqueles com perda auditiva que não usavam aparelhos tinham um risco 42% maior de desenvolver demência por qualquer uma das causas. Ao mesmo tempo, nenhuma probabilidade aumentada foi encontrada entre os que tinham surdez parcial, mas utilizavam o equipamento.

A fonoaudióloga Dra. Vanessa Gardini, especialista em reabilitação auditiva, da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP), informa que a detecção precoce da perda auditiva deve ser uma prioridade nos exames de saúde, a partir dos 40 anos. Segundo ela, a falta de consciência sobre os benefícios dos aparelhos auditivos ,aliada ao preconceito de usar aparelhos, ainda é uma barreira para muitas pessoas.

"O tratamento precoce da perda auditiva não só melhora a qualidade de vida, mas também tem um impacto muito positivo na saúde cerebral, retardando, ou até prevenindo, o desenvolvimento da demência", afirma a Dra. Vanessa.

A especialista alerta que a perda auditiva não tratada causa privação sensorial, afetando áreas do cérebro essenciais para a memória e o aprendizado. Além disso, ela destaca que, ao não utilizar aparelhos auditivos, o indivíduo também tende a se isolar, o que contribui, ainda mais, para o declínio das funções cognitivas.

“Quando a gente ouve, o som é convertido em estímulo elétrico e passa pelas vias neurais até chegar à região do cérebro, onde ele é traduzido em informação. É assim que a gente ouve. E essa mesma região do cérebro é responsável pela memória, equilíbrio, aquisição de linguagem e comunicação. É uma região neural que precisa ser estimulada, precisa ser exercitada para não atrofiar”, afirma.

A fonoaudióloga acrescenta que a inatividade dessa região do cérebro é um dos fatores que podem levar às demências, mas que episódios gerados pela própria condição, como depressão e isolamento social, frequentes em pessoas que não ouvem, também são agravantes.

“Os indivíduos que começam a perder a audição tendem a se afastar de situações sociais, pois têm dificuldade em acompanhar conversas e acabam se sentindo deslocados. Isso pode causar uma sensação de frustração e, eventualmente, resultar em um quadro de ansiedade ou depressão", pontua.

Hábitos, como falar ao telefone, assistir à televisão ou conversar, são interrompidos pela perda auditiva, que pode ocorrer gradualmente, principalmente na fase de envelhecimento, ou estar presente desde o nascimento.

A especialista da Pró-Ouvir explica que o uso de aparelhos auditivos é fundamental, mas o tratamento não se resume a isso, pois envolve uma série de processos, como exame de audiometria clínica, avaliação detalhada das necessidades e dificuldades do paciente, adaptação e acompanhamento contínuo. “O cérebro do paciente precisa ser treinado a reaprender a ouvir, desenvolvendo habilidades, como memória auditiva, atenção e identificação de sons, especialmente após um longo período de privação sensorial”, destaca a Dra. Vanessa.

Para ter mais informações sobre o tratamento da perda auditiva e receber instruções de profissionais da área, acesse o site da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos (proouvir.com.br), siga as redes sociais (@proouvir) ou entre em contato pelo WhatsApp: (15) 3231-6776.





Tênis do sacrifício: como preparar e recuperar seu parceiro de folia

Passo a passo para preparar e recuperar da sujeira seu tênis de couro sintético após a maratona de Carnaval, deixando ele pronto para a próxima batalha


Créditos: Magic Studio

O Carnaval é sinônimo de alegria, dança, fantasias coloridas, marchinhas animadas e muitos passos pelas ruas, com o coração pulsando no ritmo das escolas de samba e a folia tomando conta de cada esquina. No meio dessa maratona, um verdadeiro guerreiro entra em cena: o tênis do sacrifício! Seja para enfrentar bloquinhos ou acompanhar o trio elétrico, ele precisa estar pronto para a missão.

Mas já foi o tempo em que precisávamos nos desfazer do calçado após vários dias de festa. Hoje, com o produto certo, o tênis do sacrifício, pode ser recuperado da sujeira pós-folia, voltando limpinho para o armário.

Pensando nisso, Cif reuniu seis dicas de como Cif Limpeza Milagrosa, que limpa 100 superfícies sem esforço*, pode garantir que seu tênis fique impecável antes e depois da folia.


Pré-folia: Preparando o guerreiro para a missão


Antes de cair na folia, siga estas dicas para garantir que seu tênis esteja pronto para encarar qualquer desafio:

Tire do armário e faça uma análise: verifique se há resíduos de terra ou outras sujidades.

Limpeza rápida: com um pano úmido e um pouco do Cif Limpeza Milagrosa, passe suavemente no couro sintético e nas partes plásticas. Na sola, use uma escova para remover as sujeiras mais resistentes.

Secagem e ventilação: após a limpeza, passe um pano seco e deixe o tênis em um local arejado antes de usá-lo.

Agora seu parceiro de Carnaval está pronto para a batalha!

Pós-folia: Recuperando o calçado folião

Após quilômetros de caminhada e horas de diversão, chegou a hora de devolver a dignidade que o seu fiel escudeiro merece:

Remova o excesso de sujeira: passe um pano seco ou use uma escova macia para retirar a terra acumulada.
Limpeza profunda: aplique o Cif Limpeza Milagrosa, que limpa 100 superfícies sem esforço, em um pano úmido e limpe suavemente a superfície do couro sintético e das partes plásticas. Para a sola, use uma escova para reforçar a limpeza.
Finalização: Passe um pano úmido para remover qualquer resíduo do produto, seque com um pano seco e deixe o tênis em um local arejado.

Seu tênis do sacrifício está pronto para a próxima missão – seja no Carnaval do próximo ano ou em qualquer outra aventura!


*CONSULTE LISTA DAS SUPERFÍCIES EM WWW.CIFLIMPADORES.COM.BR.

Sempre TESTE EM UMA ÁREA NÃO VISÍVEL ANTES DE USAR. Leia e siga o modo de uso que consta no rótulo do produto. Não aplique os produtos em superfícies quentes. Para superfícies em contato com alimentos, enxágue abundantemente com água limpa, após a limpeza.


***
Preços e estoque sujeitos a alteração mediante a data de acesso
  




sábado, 22 de fevereiro de 2025

Por que celebridades lutam contra a depressão mesmo com fortuna e fãs?



Psicanalista afirma que a fama cria uma armadilha psicológica perigosa; colapso emocional de Whinderson Nunes alerta para cuidados com a saúde mental


A recente decisão de Whindersson Nunes de se internar voluntariamente em uma clínica psiquiátrica reacende uma questão delicada e, muitas vezes, incompreendida: por que celebridades que possuem sucesso, dinheiro e milhões de fãs enfrentam crises severas de saúde mental? A verdade é que a depressão não escolhe status, seguidores ou conta bancária, e, em muitos casos, a exposição excessiva e a pressão da fama se tornam gatilhos silenciosos para transtornos como ansiedade, burnout e depressão profunda.

O caso de Whindersson Nunes escancara um fenômeno psicológico que atinge muitas celebridades, que é a dissociação da própria identidade. “Quando alguém se torna uma figura pública, acaba criando uma nova personalidade para as redes sociais. O problema é que, com o tempo, a necessidade de sustentar esse personagem pode levar a um completo distanciamento de quem a pessoa realmente é. Isso gera um vazio existencial profundo, que muitos confundem com depressão ou ansiedade, mas que, na verdade, é um deslocamento da própria identidade”, explica a psicanalista Ana Lisboa.

A pressão para estar sempre disponível, manter um padrão de felicidade e lidar com a expectativa do público cria uma sobrecarga emocional implacável. “As pessoas acreditam que influenciadores e artistas não trabalham, mas, na realidade, eles vivem uma carga horária de 24 horas por dia. Não há desligamento, não há descanso da própria imagem. É uma exposição contínua, um turbilhão de cobranças, críticas e, em muitos casos, ameaças de morte, como a própria Luísa Sonza revelou que Whindersson enfrentava. Isso coloca toda a família dentro de uma narrativa de pressão insustentável”, complementa Ana Lisboa.

A especialista destaca que esse tipo de sofrimento não afeta apenas os famosos. Pessoas que se dedicam integralmente a um cargo ou função também podem viver esse tipo de dissociação. “Isso acontece até mesmo com profissionais que se vinculam mais ao seu papel do que à sua essência. Quando alguém se torna refém de uma identidade que precisa ser mantida a qualquer custo, o corpo responde. Ele pode adoecer fisicamente para tentar trazer a pessoa de volta à sua verdadeira identidade”, explica.

Foi exatamente o que aconteceu com a cantora Anitta, que no auge de sua carreira precisou resgatar sua essência como Larissa. O mesmo padrão se repetiu com Justin Bieber, Britney Spears e tantas outras celebridades. A fama, ao invés de ser sinônimo de liberdade, se torna uma prisão invisível, onde a necessidade de corresponder às expectativas externas anula a própria existência.

Para Ana Lisboa, a internação de Whindersson foi uma escolha acertada. “Esse é um movimento de retorno para si mesmo. De se reconectar com sua história, seu corpo, sua essência. A fama exige um nível de entrega que, muitas vezes, gera um senso de morte interna. O corpo reage para evitar que essa desconexão se torne definitiva. O tratamento psiquiátrico, nesse caso, não é apenas uma solução para um transtorno, mas um caminho para a reconstrução de uma identidade real e saudável”, conclui.

Mas a pergunta que fica é até quando vamos, como sociedade, parar de romantizar a fama e entender que, por trás de milhões de curtidas, pode existir uma dor imensurável?”, finaliza Lisboa.

***
Publicidade:

Preços sujeitos a alteração mediante data de acesso e disponibilidade de estoque: