Nossos Vídeos

domingo, 2 de janeiro de 2011

FERTILIZAÇÃO IN VITRO E O SONHO DE MATERNIDADE

Dra Denise Coimbra

A premiação do Nobel de Medicina de 2010, dado ao professor britânico Robert Edwards, reconheceu o método de fertilização in vitro criado por ele em 1978, permitindo que milhões de casais realizem o sonho de ter um filho.

O reconhecimento do método, mesmo depois de tantas décadas de aplicação e da especialização médica, é mais que um prêmio em dinheiro ou a honra de figurar entre os notáveis mundialmente. Toda mulher que não pode ter filhos sabe que a evolução da medicina oferece confiança para enfrentar o processo de reprodução assistida com segurança.

A Fertilização in vitro (FIV) é conhecida como técnica do "bebê de proveta". A FIV é uma das técnicas mais utilizadas e com maior chance de eficácia no processo de reprodução assistida. A indicação deste tratamento é feita principalmente para mulheres que não conseguiram obter resultado com outras técnicas mais simples ou que tenham diagnóstico de trompas obstruídas.

Todo o processo da FIV ocorre em fases: primeiro, o estímulo do crescimento dos óvulos pela indução da ovulação com medicamento injetável; depois, a aspiração e recuperação dos mesmos. A fertilização do óvulo pelo espermatozóide é feita sob anestesia. Depois de analisados e classificados, esses óvulos serão centrifugados e analisados diariamente no padrão de desenvolvimento. Após 24 horas, essa fertilização é confirmada. De volta ao laboratório, três dias após a punção, a paciente receberá o embrião no útero.

Esta fase, chamada de transferência de embriões, exige um repouso de 30 minutos após o procedimento, feito com um delicado cateter e sem a exigência de anestesia. O controle das condições hormonais faz toda a diferença nesta fase final para manter o embrião dentro do padrão satisfatório para o seu desenvolvimento. Medicações hormonais são prescritas para esta fase.

Os casais que já passaram pela FIV sabem que o sorriso e a saúde do filho tão desejado é o maior prêmio que possa existir. O Nobel de Medicina de 2010 tem, pelo menos, quatro milhões de motivos para comemorar.


· Dra Denise Coimbra é ginecologista e obstetra – http://www.gravidezfacil.com.br/