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segunda-feira, 9 de março de 2009

A DOENÇA DO ARRANCAR CABELOS



* Dr. Ademir Jr. - Especialista em Medicina Capilar

Algumas pessoas sofrem de certos tipos de perdas de cabelo um tanto quanto fora do comum. Uma delas ocorre por conta do hábito de arrancar os próprios cabelos de uma ou mais regiões do couro cabeludo.

Este fato, que parece ser inusitado, pode ocorrer em crianças e adultos e trata-se de um problema de origem psíquica uma vez que a palavra hábito para o ato de arrancar os cabelos não se encaixa muito bem no conceito desta doença e sim o termo compulsão ou mania.
Isto, porque o paciente que sofre com este quadro costuma ter em seu comportamento um desejo intenso, compulsivo por arrancar um ou mais fios de cabelo e só se sente mais confortável quando realmente o faz, encontrando no ato de arrancar os cabelos um tranquilizador para aquela ansiedade momentânea.

De uma certa forma, não é incomum notar os pacientes arrancando seus próprios cabelos durante o dia-a-dia, porém, em alguns casos o diagnóstico fica mais difícil se o paciente não relata ao médico que tem realizado este ato precedido pela incontrolável necessidade de fazê-lo.

A área onde os cabelos são arrancados apresentam cabelos ralos, muitos com aspecto quebrado ou fraturado pela força de tração. Apresenta formato e extensão variável de acordo com o tempo de duração e intensidade da doença. Vez por outra o paciente pode arrancar também os cabelos dos cíiios, sobrancelhas e barba criando nestas áreas um padrão de falhas.

Podem ser encontrados pacientes que além de arrancarem seus fios têm como mania o ato de levar estes cabelos à boca e engulí-los. Esta situação pode acarretar um problema seríssimo uma vez que o cabelo não digerido acaba se acumulando principalmente no estômago, formando um novelo de fios que à medida que cresce obstrui o aparelho digestivo podendo causar vômitos ou problemas nutricionais mais sérios.

O tratamento para este tipo de problema é realizado de forma multidisciplinar com o apoio do psicólogo ou psiquiatra junto ao dermatologista ou especialista em cabelos. Enquanto o apoio psíquico é feito cuidados com o couro cabeludo e com a recuperação capilar são prescritos para a recuperação, se não total, pelo menos de quase todo cabelo onde houve o quadro.

* Dr Ademir Jr. (CRM 92.693) é médico dermatologista especialista em tricologia (medicina capilar) pela Internacional Association of Trichologists. Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, da Sociedade Brasileira de Termalismo, e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. Presidente do Grupo de Apoio a Portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos - GAPSOP. Professor de Anatomia e Fisiologia da pele no curso de Pós-Graduação em Cosmetologia das Faculdades Oswaldo Cruz – SP/SP. Autor dos Livros: “Socorro, Estou ficando careca”, publicado pela Editora MG em 2005, “Tem alguma coisa errada comigo – Como entender, diagnosticar e tratar a Síndrome dos ovários Policísticos”, publicado pela Editora MG em 2004 e “É outono para meus cabelos – Histórias de mulheres que enfrentam a queda capilar” – Editado pela Editora Summus.
Dr Ademir Júnior – http://www.ademirjr.com.br/ – Tel (11)3864-3967

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